Corre nos bastidores do Supremo Tribunal Federal uma queda-de-braço que agora deságua no colo do ex-presidente Lula. De um lado, uma maioria na 2a Turma do STF que tendem a dar liberdade a presos em segunda instância. De outro, o grupo que não pretende soltar quem quer que seja, ainda que responder o processo em liberdade faça parte do arcabouço jurídico. No meio campo, há alguns, como o decano Celso de Mello.
Essa disputa sobre o que deve prevalecer para presos em segunda instância levou Edson Fachin a desistir de remeter os novos recursosLula à Segunda Turma. E com o caso seguindo direto para o plenário, o resultado não mudará. Nem tampouco a prisão domiciliar. E tudo só será pautado em agosto, quando a campanha oficial estiver nas ruas.
O PT agora vai refazer seu jogo. Com a certeza de que Lula solto é uma miragem no deserto. Enquanto os senhores do destino, os ministros do STF, não tiverem um rito único, será assim. Ora, plenário, ora Segunda Turma, que, aliás, mudará sua composição a partir de setembro: Sai Dias Toffoli, entra Carmen Lúcia. Aí, Fachin voltará a encaminhar os recursos para a Segunda Turma, com a certeza de que seus votos serão acolhidos. Até lá, o plenário quem cuidará de Lula. Se fosse outro, estava com tudo para ser analisado na Segunda Turma. É o vai-e-vem do Judiciário. Pior para Lula.
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