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Em ano eleitoral, governo tem desafio de cortar incentivos e acertar as contas

Coluna Brasília-DF

A Instituição Fiscal Independente (IFI) alerta para a necessidade de o governo prestar mais atenção nas suas contas. “Os resultados positivos obtidos no ajuste fiscal não derivam de medidas estruturais”, diz o texto. Os técnicos consideram que a folga se deu por arrecadação extraordinária e não por um ajuste na despesa. E, embora estejamos no início do ano, a análise dá a entender que 2020 não será muito diferente nesse quesito, apesar da reforma previdenciária. A Ifi menciona, inclusive, a alta renúncia fiscal por parte do poder público, algo que o governo ainda não conseguiu resolver.

Para completar, ainda não está claro como se dará o Orçamento impositivo determinado pelo Congresso. Os técnicos de Orçamento do Congresso têm dito que a temporada dos decretos de contingenciamento de recursos terminou. Porém, se não houver recursos para cumprimento da programação definida pelo Congresso, é por aí que o governo terá que ir, ou seja, cortar a despesa. Essa será, na avaliação dos técnicos, um dos maiores desafios para este ano. Maior até que a eleição municipal.

Missão impossível

Num ano eleitoral, vai ser difícil o governo conseguir reduzir os incentivos fiscais. É que, a cada projeto que o Ministério da Economia apresentar para reduzir incentivos, os congressistas vão encontrar mais alguns que “precisam” de um desconto nos impostos

Pressão total

A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de adiar a implantação do juiz de garantias por seis meses, permitirá que todos se adaptem a esse modelo ou derrubem a norma antes de sua implementação. O debate até lá não vai arrefecer. A sorte está lançada.

CURTIDAS

A largada de Huck/ O artigo do empresário e apresentador Luciano Huck publicado no site do Fórum Econômico Mundial de Davos é lido em Brasília como a sua inclusão no debate político nacional. Ele defende que o país coloque “a redução da desigualdade social no topo da sua agenda em 2020” e ainda critica o governo por causa do desmatamento.

Por falar em desmatamento…/ A ausência do presidente Jair Bolsonaro no Forum Econômico Mundial deixou o Brasil praticamente sem uma voz forte que o defenda em vários quesitos. Ontem, por exemplo, além do artigo de Huck, saiu o relatório do Forum sobre os riscos globais para 2020, que cita a necessidade de conter o desmatamento.

Simon, 90 anos/ O MDB do Rio Grande do Sul prepara uma megafesta 1º de fevereiro, para marcar o aniversário do eterno senador Pedro Simon, 31 de janeiro. No site do MDB gaúcho, é possível encontrar um resumo da trajetória de uma das figuras mais respeitadas da política nacional.

Bem na fita/ O futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, tem sido elogiado nas mais variadas rodas. E os comentários vêm sempre acompanhados de um “apesar de ter sido indicado por Olavo de Carvalho”. Como se vê, o tal guru do bolsonarismo não tem o troféu de mister simpatia nem mesmo entre os aliados do chanceler Ernesto Araújo.

Denise Rothenburg

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