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E o mercado entra no jogo eleitoral

O governo até que tenta reagir, mas, para acalmar de vez o mercado, que ontem elevou o dólar a quase R$ 4,00, só mesmo um candidato a presidente da República comprometido com as reformas estruturais capazes de dar tranquilidade ao país.

O cenário traçado nas reuniões mais reservadas de analistas econômicos é o de que, diante da alta dos juros nos Estados Unidos (fator externo), a impopularidade do atual governo e a inclinação do eleitor a candidatos mais “imprevisíveis” deixam o mundo das apostas econômicas sujeito a fuga de capitais e a dólar alto.

A previsão dos analistas é a de que o valor do dólar na eleição será o piso do futuro governo se o vencedor não for comprometido com as reformas estruturais. É o mercado mostrando do que é capaz de fazer, caso o eleitor continue apostando nos extremos.

Meirelles vai a Marun

Pré-candidato do MDB a presidente da República, Henrique Meirelles foi ao Planalto, ontem pela manhã conversar com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Tudo para tentar conquistar algum apoio dentro do partido, que, como já se sabe, movimenta-se para todos os lados. Buscou até mesmo o ex-ministro Nélson Jobim, que, até o momento, prefere ficar longe dessa confusão.

Por falar em Meirelles…

A avaliação interna do MDB é a de que o ex-ministro está errando muito ao não cortejar o partido. Afinal, a candidatura terá que ser submetida à convenção partidária de junho. Ou Meirelles começa a coletar os votos emedebistas desde já ou terá dificuldades.

Efeito Tocantins

Depois que a ex-ministra da Agricultura e presidente da CNA, Kátia Abreu (PDT), chegou em quarto lugar na eleição suplementar para o governo do Tocantins, começaram as apostas de que integrantes de outros partidos que contam com o apoio de Lula podem ter o mesmo fim.

E o Bolsonaro, hein?

O deputado Jair Bolsonaro ficou para lá de feliz depois da conversa com o Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. O encontro foi divulgado ontem com exclusividade pela coluna. A avaliação da equipe é a de que o pré-candidato do PSL começou a quebrar resistências na cúpula militar.

Ataque desnecessário/ O presidente Michel Temer acompanhou parte da sabatina do Correio Braziliense com os pré-candidatos ao Planalto. Não gostou nada dos arroubos de Ciro Gomes. Na sabatina, Ciro disse que o Congresso tinha o sido o pior momento da sua vida, com “(Eduardo) Cunha e (Michel) Temer batendo bola, “um já foi para a cadeia e o outro vai”.

Moral da sabatina/ A maratona de entrevistas do Correio Braziliense com os pré-candidatos a presidente na última quarta-feira foi considerada por muitos políticos e marqueteiros a largada da campanha. Ali, deu para perceber até quem vai bater em quem: Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) miram em Jair Bolsonaro (PSL); enquanto Marina Silva mira no PT.

Por falar em Ciro…/ Com Benjamin Steinbruch livre de seus compromissos na Fiesp e pronto para ser vice na chapa de Ciro Gomes ao Planalto, os políticos abriram a bolsa de apostas: Steinbruch já foi chefe de Ciro e é a única pessoa com quem o ex-ministro não brigou. Até quando isso vai durar é a grande aposta.

Chiquinho na roda/ Fiel escudeiro do ex-presidente José Sarney, o ex-senador Francisco Escórcio, era saudado essa semana no Palácio do Planalto como candidato a vice na chapa de Roseana Sarney ao governo do Maranhão.

Denise Rothenburg

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