A presidente comemora o aniversário de 68 anos a pedido dos amigos, naquela velha história “para não passar em branco”. Ela sabe que seus problemas estão longe de terminar. Esta semana a bola da política está nos pés do Supremo Tribunal Federal (STF). Espera-se que ainda hoje o ministro Luiz Edson Fachin apresente o rito de impeachment para conhecimento dos demais ministros, a fim de facilitar a apreciação na quarta-feira. Entretanto, ainda não dá para descartar um pedido de vistas.
Enquanto isso, no Congresso, as atenções se voltam mais um vez ao Conselho de Ética e a oitava tentativa de votar um parecer do caso Eduardo Cunha e as contas na Suíça. O novo relator, Marcos Rogério, foi escolhido na semana passada e apresentará seu voto amanhã, quando deve haver um novo pedido de vistas por parte da tropa de choque de Cunha no Conselho, um grupo que conseguiu adiar a votação por sete vezes, culminando com o ofício para substituição do relator Fausto Pinato, assinado por outro aliado de Cunha, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão.
Renan Calheiros versus Eduardo Cunha
Paralelamente a esses dois cenários __ STF e Conselho de Ética __ teremos ainda a decisão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do próprio Cunha sobre o recesso. Eduardo Cunha avisou a Renan que não há hipótese de ele assinar uma convocação extraordinária. Ou seja, vem aí mais uma queda de braço entre ele e Renan.
Mais uma, porque, na semana passada, Renan fez chegar ao STF um parecer do Senado, com a interpretação de que o presidente do Senado pode, numa canetada,decidir se acolha ou enterra o processo de impeachment. Foi a polêmica da sexta-feira.
O embate dos Leonardos
No PMDB, o ex-líder Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, tentará retomar o cargo das mãos do mineiro Leonardo Quintão. O movimento do grupo do Rio irritou o vice-presidente Michel Temer, por causa das declarações de Picciani a respeito da carta que o vice enviou à presidente Dilma na semana passada. SE Picciani insistir em tetar retomar o comando da bancada, corre o risco de expulsão da legenda.
A pauta de votações
No Senado, a tentativa é votar o projeto da repatriação, aprovado mês passado na Câmara. Fora isso, estão em pauta no Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento de 2016.
A guerra dos manifestantes
O público no domingo foi menor e vem diminuindo desde março. Ok, para um mês de confraternizações, preparativos natalinos e cansaço generalizado diante de um pesado como 2015, não poderia se esperar muito mesmo. Tanto é que o governo não comemorou efusivamente o tamanho das manifestações, mas acredita que ainda é possível barrar o processo.
O receio do governo é o início do ano, quando chegam as contas, a hora de comprar material escolar, uniformes e o dinheiro fica ainda mais curto para a maioria dos brasileiros. É aí que , dizem alguns, o governo saberá o tamanho do problema.
E a caixa de surpresas continua…
A boataria em Brasília no fim de semana mencionava novas prisões da Lava Jato, uma caixa de surpresas que todos os meses traz alguma novidade. E, ao que tudo indica, 2016 não será diferente.
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