O governo mal começou e os deputados se dizem cansados de serem atendidos por Leonardo Quintão, assessor especial da Casa Civil e ex-deputado pelo MDB de Minas Gerais. Os políticos querem falar é com quem resolve os problemas — leiam-se verbas e projetos para as bases eleitorais. Nos ministérios, salvo as áreas ocupadas por políticos — Agricultura, Cidadania e Saúde —, os demais ministros não têm “sensibilidade” para priorizar o atendimento aos políticos. Quintão, até aqui, tem sido educado, mas nada além de água e café. Já tem gente dizendo que, assim, vai ser difícil.
O discurso do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, ficou dentro do que ele podia dizer. A reforma previdenciária ainda está em discussão, a tributária ainda é desconhecida. Qualquer passo em falso poderia comprometer a negociação por aqui.
Tudo o que Bolsonaro não desejava era passar a ideia de que levou suas propostas primeiramente ao público externo para, depois, apresentá-las aos brasileiros. Afinal, lembram integrantes da comitiva, quando os temas precisam ser negociados com o parlamento, todo o cuidado é pouco.
A 10 dias da eleição para presidente da Câmara, três blocos se formam em busca de espaços na Casa, um com o PSL, outro com o PT e um terceiro, com MDB e PP.
O vídeo que o deputado eleito Daniel Silveira (PSL-RJ) gravou na China para defender a comitiva do partido que viajou àquele país está dando o que falar. Ele solta uma série de “pqp” e outros palavrões, diz que brasileiro só funciona na “porrada”. Vale lembrar que, na tribuna, esse linguajar pode resultar em advertência.
Políticos tarimbados são unânimes em afirmar que a grande prova de Flávio Bolsonaro será seu discurso no plenário da Casa, em fevereiro. Como filho do presidente e com explicações pendentes, terá a missão de convencer que é inocente, não se expor a contradições e evitar chorar na tribuna.
Pelo menos, dois choraram ao apresentar a defesa: Geddel Vieira Lima, na Câmara, e José Roberto Arruda, no Senado. Deu no que deu.
Bolsonaro, o econômico I/ Os ministros Paulo Guedes e Sergio Moro acompanharam o presidente Jair Bolsonaro a Davos, mas não ficaram no mesmo hotel que o presidente, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Pelos preços nos sites de cada hotel, a hospedagem dos ministros foi bem mais cara do que a do presidente.
Bolsonaro, o econômico II/ Bolsonaro, Araújo e o filho ficaram no Hotel Seehof, um dos mais antigos e tradicionais do resort suíço. Moro e Guedes se hospedaram no novíssimo Hard Rock Davos, inaugurado em dezembro de 2017. No Seehof, o quarto mais barato sai por 800 francos suíços, correspondentes a R$ 3,3 mil. No Hard Rock Davos, a única diária disponível era de 6 mil francos suíços, o equivalente a R$ 22,6 mil.
Bolsonaro, o econômico III/ Vale registrar que o filho do presidente viajou a convite, “sem custo para a Câmara e a Presidência”.
Enquanto isso, no passado…/ Integrantes do governo faziam questão de lembrar a polêmica viagem da então presidente Dilma Rousseff que, em 2014, saiu de Davos direto para Cuba, com uma “escala técnica” no fim de semana em Portugal, onde se hospedou no Hotel Ritz, à época, com diária de R$ 26 mil.
CB.Poder/ A deputada Joice Hasselmann (foto) é a entrevistada de hoje no CB.Poder da TV Brasília, às 13h.
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