Antes mesmo do julgamento do ex-presidente Lula no TRF-4, o mundo da política pesquisa os casos em que candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa terminaram competindo com base em mandados de segurança. Pelo menos dois casos chamam a atenção:
1) Osasco, 2012: O então candidato a prefeito Celso Giglio (PSDB) chegou em primeiro lugar. Foram 150 mil votos que terminaram não computados, porque Giglio estava sub-júdice. Jorge Lapas, à época no PT, segundo colocado, foi eleito porque o terceiro não obteve votos suficientes para provocar o segundo turno. Ainda assim, Lapas corria o risco de ser retirado do cargo, caso Giglio vencesse nas últimas instâncias. Giglio perdeu.
2) Taubaté, 2014: Ortiz Júnior (PSDB) incurso na Ficha Limpa foi candidato à reeleição. Concorreu sub-júdice. Terminou em primeiro lugar. A Justiça Eleitoral não computou os votos dele. Porém, não convocou nova eleição até que a situação de Ortiz fosse resolvida, o que só ocorreu em Novembro. Ortiz venceu nos tribunais e tomou posse em janeiro do ano seguinte.
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Esses cenários foram discutidos numa conversa da coluna com o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Ele não descarta que o Brasil viva uma situação parecida com Osasco ou Taubaté no caso de Lula ser condenado daqui a dez dias no TRF-4. Isso porque, dado o número de recursos, a tendência é o processo chegar ao dia da eleição sem um desfecho. Para completar, o PT até aqui descarta qualquer plano B. Portanto, na hipótese de condenação, vem por aí um candidato a presidente concorrendo sub-júdice, com a perspectiva de não ter seus votos computados. É problema para mais de metro que já ronda na mente dos cabeças de todos os partidos.
Maia que saia
O PSDB calcula que seu presidente, Geraldo Alckmin, segue como o mais bem posicionado dos candidatos de centro à Presidência da República. Dedicado ao governo de São Paulo e cuidando das prévias do partido para 4 de março, véspera da abertura da janela para troca de partido. Assim, terá tempo suficiente para segurar os deputados na sua órbita. A amigos, o governador paulista garante que não há força capaz de levá-lo a desistir da empreitada nacional.
Ele é quem tem a perder
Na visão tucana, Rodrigo Maia tem uma reeleição tranquila para deputado federal no Rio de Janeiro e montou uma rede perfeita para se reeleger presidente da Câmara. Ao que tudo indica, o PSDB vai querer amarrar um acordo para manter Maia no comando da Câmara em 2019. Assim, Maia fica fora da corrida presidencial e o DEM apoia Alckmin.
Já colou
Dentro do DEM há quem diga que esse acordo estaria de bom tamanho para o partido. Rodrigo é jovem e, no papel de presidente da Câmara, seria nome certo nesse novo ciclo político que se abre com a eleição de 2018. Falta, entretanto, combinar com o próprio Maia, que está adorando esse desfile presidencial.
CURTIDAS
Não brinquem com ele/ O governo fará tudo o que estiver ao alcance do presidente Michel Temer para tentar garantir a posse de Cristiane Brasil. Desde que Roberto Jefferson denunciou o mensalão desestabilizando o PT, todos o temem. Afinal, se ele partiu para a guerra contra José Dirceu nos idos de 2004, imagine o que fará com quem mexer com sua filha…
Por falar em Temer…/ Um exemplar do livro Elementos do Direito Constitucional, do presidente Michel Temer, editado em 1997, foi visto essa semana num ponto de ônibus de Planaltina próximo ao campus da UnB na cidade, junto com outras duas obras literárias. Se ajudar algum estudante, está valendo.
O circunspecto e o expansivo/ Os companheiros de cadeia de Eduardo Cunha têm reclamado que ele não é de muita conversa com os outros. Como dito aqui há alguns dias, está afundado na leitura dos processos. Já na Papuda quem parece bem enturmado é o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Afinal, se seus amigos têm uma certeza é a de que ele não sairá da cadeia nem tão cedo.
Muita calma nessa hora/ Janeiro e fevereiro serão gastos em especulações e desfiles de inúmeros pré-candidatos a presidente da República. Quem acompanha avisa que só levará a sério aqueles que permanecerem depois da Semana Santa, quando a coisa esquentará para valer.
Colaborou Renato Souza
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Denise Rothenburg
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