Categoria: Política
Dos prefeitos que tomam posse, Eduardo Paes é quem concentrará atenções dos atores políticos
Dos 26 prefeitos de capitais que tomam posse hoje, o do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é quem será mais acompanhado de perto por todos os atores da política. E são várias as razões. Primeiro, a cidade é berço político do presidente da República, Jair Bolsonaro — que, vale lembrar, apoiou o adversário de Paes, Marcelo Crivella.
Em segundo, a cidade do Rio de Janeiro é considerada a vitrine do Brasil pelo mundo afora. E, para completar, a cidade e o Estado foram massacrados por atores que hoje cumprem pena e outros afastados por ordens judiciais. Ou seja, dos municípios com problemas, o de Eduardo Paes certamente está no topo do ranking.
Paes tem plena consciência desse desafio e da chance de se consolidar no rol dos administradores que deram certo. Em seu discurso, citou que quer que “o Rio passe a ser paradigma na forma de fazer política e na forma de gerir a coisa pública”. Mencionou ainda que quer ver a cidade como “referência nacional em transparência, integridade e combate à corrupção”.
O novo prefeito começa com vontade, haja vista a quantidade de decretos, 74, editados logo no primeiro dia. Na área econômica, utilizará a experiência acumulada nos últimos anos pelo deputado Pedro Paulo, autor de um projeto que, embora tenha sido desprezado pelo governo de Jair Bolsonaro, serviu de base para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial.
O projeto de Pedro Paulo foi que delineou os gatilhos para ajuste fiscal. A PEC não foi aprovada até hoje, porque faltou mobilização por parte do Governo Bolsonaro e agora chega com prioridade para este ano. pelo andar da carruagem, porém, corre o risco de Eduardo Paes conseguir aprovar primeiro uma proposta desse tipo para o município do Rio de Janeiro. Afinal, experiência política e administrativa para essa turma que assume agora o Rio não falta.
Ao manter as medidas sanitárias e prazos para a aprovação de vacinas, o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski dá mais uma demonstração de um Poder que não faltou aos brasileiros nesse momento crucial que o país vive. O Congresso, em recesso, só pensa na eleição de seus presidentes e deve permanecer assim até fevereiro. O Poder Executivo federal, enroscado na ausência de um planejamento que garanta o básico para aplicação das vacinas. E o presidente, bem… Continua em campanha pelo Guarujá.
Nem todos estão satisfeitos com essa situação de protagonismo do STF em vários setores. Porém, provocado, precisava dar uma resposta à sociedade. Quem percebeu bem essa atuação do STF nessa reta final de 2020 foi o deputado Fábio Trad. “O ministro foi corajoso. usou a caneta para resguardar a vida e defender a saúde do povo brasileiro. Merece aplausos”, diz o deputado. Pessoas agoniando nos hospitais, festas e aglomerações sem precauções pipocando no país. Vírus mais agressivo, pandemia crescendo. Queriam o quê do STF? Que lavasse as mãos para não ser ativista?”, pergunta Trad.
O deputado reclama do recesso da Câmara, em janeiro. Não é o único. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, também não queria, mas sozinho não faz verão. Neste dia em que o país registrou 1.194 mortes pela Covid-19, o número mais alto desde agosto, feliz de um pais que tem ministros no STF para cumprir o papel de autoridades que não conseguem se agarrar no serviço.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou hoje à noite a lei que institui a terceira fase do Pronampe, o programa de socorro às micro e pequenas e empresas. Junto, saiu a Medida Provisória 1.020, que abre o crédito extraordinário para dar acesso aos recursos. Só tem um probleminha: Os empresários interessados terão que correr, porque, a legislação estabelece que essa ajuda só pode ser feita durante o período de calamidade pública, que termina na sexta-feira.
Isso significa que os empresários têm apenas hoje para ir aos bancos, em especial, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para conseguir o crédito. Não são todos que vão conseguir. A sorte está lançada.
A Frente Parlamentar da Micro e Pequena empresa presidida pelo senador Jorginho Mello (PSD-SC) aguardava desde o Natal a sanção do projeto, a fim dos empresários terem, ao menos, uma semana para poder buscar os créditos. Agora, com a sanção a 48 horas do prazo final, a correria será grande. Até aqui, o Pronampe representou R$ 32,76 bilhões em socorro aos empresários, em 475 mil contratos. Agora, veremos quanto será feito nos próximos dois dias. Certamente, avaliam alguns, será difícil a parte burocrática desancar essa ajuda de R$ 10 bilhões em tão pouco tempo.
Bancada evangélica considera que prisão de Crivella é ação contra a Igreja Universal
Coluna Brasília-DF – por Denise Rothenburg
A prisão do prefeito Marcelo Crivella e a citação de que pode ter havido indevida utilização da Igreja Universal na ocultação de renda de origem não declarada deixaram parte da bancada evangélica certa de que o alvo é a Igreja Universal e o bispo Edir Macedo, padrinho do prefeito afastado e preso. Um dos que foram à tribuna várias vezes, ontem, foi o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), integrante de outro partido, que, como o Republicanos, também concentra parte da bancada evangélica: “O alvo é a Universal”, disse ele, revoltado com a prisão de Crivella.
Enquanto isso, em sua pregação diária no site da Universal, o próprio bispo Edir Macedo dizia aos fiéis para que não ficassem impressionados com as provações, porque, “quanto maior a tribulação, maior será sua utilidade para o Espírito Santo aqui na Terra”. O bispo, agora, está dedicado a preservar o rebanho e tentar blindar a igreja.
O jogo do MDB
A candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) está praticamente definida nos bastidores do entorno de Davi Alcolumbre. Porém, no governo, aliados do Planalto garantem que convenceram o presidente Jair Bolsonaro de que esse jogo pode ser perigoso e que o mais seguro é um candidato do MDB, no Senado, e o do PP, Arthur Lira, na Câmara. A sorte está lançada.
Nem adianta embolar
Ainda que os senadores do MDB apresentem um nome para o Senado, e Baleia Rossi seja, hoje, anunciado candidato do bloco “Câmara Independente” entre os deputados, a eleição da Câmara e a do Senado seguirão, cada uma, no seu tapete, sem misturar as cores.
Por falar no Senado…
Ali, assim como na Câmara, começa a afunilar a candidatura do MDB, porque o fato de Eduardo Gomes e Fernando Bezerra Coelho serem líderes de governo não ajuda. Portanto, está entre o comandante da bancada, Eduardo Braga (AM), ou a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet (MS), com a vantagem interna para o líder.
Então, é Natal!/ A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP, foto) chegou, no fim da tarde, ao plenário da Câmara dos Deputados num vestido vermelho e, ao entrar, encontrou… Gleisi Hoffmann. Os cumprimentos à presidente do PT fizeram com que alguns deputados que viram a cena desconfiassem que se transformaram nas mais novas best friends forever.
Vacina reservada, hein??!!!????!!!!/
A notícia a respeito do pedido de reserva de vacinas para servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) causa revolta nas redes sociais. Embora o STJ tenha respondido que não se trata de “furar fila”, é essa a ideia que passa quando já se sabe que não haverá vacina para todos no curto prazo.
Por falar em redes…/ No meio da tarde, já circulava nos grupos de WhatsApp dos parlamentares a marchinha da prisão do prefeito do Rio de Janeiro. “Crivella, Crivella, pode entrar, já abençoamos sua cela”
… E em vacinas/ Em relação às vacinas, o Ministério da Saúde tem sido muito incisivo ao dizer que os imunizantes aprovados pela Anvisa serão distribuídos, primeiramente, aos profissionais da área da saúde, de segurança e grupos de risco — idosos e portadores de comorbidades. Quem pode trabalhar de casa que aguarde a sua vez na fila.
Por ser indicação dos filhos, Bolsonaro não deve afastar Ramagem
Coluna Brasília-DF
O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, é visto, no meio político, como uma indicação dos filhos do presidente e, diante dessa premissa, muitos estão com receio do que virá por aí. Em abril, quando foi escolhido, Jair Bolsonaro, perguntado sobre a amizade em suas redes sociais, soltou um “e daí?”. Disse que conhecera Ramagem antes dos seus filhos.
Nesse sentido, deputados fiéis ao governo acreditam que o presidente fará de tudo, menos afastar o diretor da Abin, alvo da investigação aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar se houve produção de relatórios para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro no processo das rachadinhas como mostrou a reportagem da revista Época.
Onde mora o perigo
O fato de Alexandre Ramagem ser ligado aos filhos do presidente da República deixa muitos deputados preocupados e desconfiados há tempos. Agora, essa questão voltou a incomodar. Afinal, se houve a produção de relatórios para ajudar Flávio Bolsonaro, nada impede, dizem alguns, que haja algo para constranger parlamentares, conforme começa, inclusive, a circular como um alerta nos grupos de WhatsApp das excelências. Por enquanto, é apenas uma preocupação.
Distanciamento, por favor
Quem primeiro defendeu o governo no episódio do 13º do Bolsa Família foi Arthur Lira (PP-AL). O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), só apareceu depois. Amigos do alagoano ficaram irados, porque, como candidato a presidente da Câmara, Lira precisa ficar distante do governo para atrair votos da oposição. Só tem um probleminha: a oposição já colocou na testa de Lira a tarja de candidato do governo e, agora, não dá mais para recuar, avisam alguns.
Nem vem
Se depender de Bolsonaro, a resposta do ofício dos governadores que pedem a prorrogação do estado de calamidade será “não”. É que essa extensão vai contra o discurso do presidente de que está tudo voltando ao normal. A realidade, entretanto, é outra, com número de casos e de mortes por covid-19 ainda muito altos.
Sarney e as vacinas
Do alto de quem já viu quase tudo na política, o ex-presidente José Sarney, em artigo em que elenca as guerras das vacinas do passado e vê, agora, contra a covid-19, diz: “Por trás, ontem e hoje, o egoísmo do homem, que tem algo, ou material ou intelectual, a defender em proveito pessoal. A guerra atual é entre laboratórios ingleses, americanos, chineses, alemães, e de todo lado, cada qual querendo chegar na frente e tirar proveitos comerciais. Já os governos e políticos desejam obter dividendos eleitorais”.
Chinelo voador??!!/ Bolsonaro ficou irado ao ver a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ao lado do PSL, presidido pelo deputado Luciano Bivar (PE), partido que ele ajudou a alavancar nas urnas em 2018. O presidente chegou a jogar um chinelo longe, segundo relatos.
Fica esperto/ Aliados de Arthur Lira têm dito que, quando dois partidos tão antagônicos aparecem na mesma foto, está na hora de o alagoano rever sua estratégia.
Candidato dos Bolsonaro/ O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP,) foi às redes pedir votos em favor de Josiel Alcolumbre (DEM) para prefeito de Macapá, na eleição de hoje. Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. “Do outro, Dr. Furlan, do Cidadania (dissidência do PCB), apoiado pelo “senador DPVAT” Randolfe Rodrigues, da Rede, mais o PSB, partido que, via STF, suspendeu a isenção de imposto de importação de armas”, disse Eduardo, fechando com um “Quem apoia Bolsonaro já sabe”.
Que não se repita/ A deputada Érika Kokay (PT-DF) cobra a aprovação de uma moção de solidariedade da Câmara à deputada estadual Isa Penna (PSol), vítima de assédio no plenário da Assembleia Legislativa paulista. A bancada feminina vai se revezar em pronunciamentos para deixar bem claro que o assédio é intolerável em todas as suas formas.
A decisão da maioria dos partidos de esquerda, de apoiar o bloco formatado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) para disputar a Presidência da Câmara, em oposição ao Centrão de Arthur Lira, não inclui o PSol. O partido, que teve Marcelo Freixo como candidato na última eleição __ e obteve 50 votos __ seguiu o seu grupo até a decisão de não apoiar o candidato de Jair Bolsonaro, no caso Arthur Lira. Mas prefere lançar um nome próprio. A esquerda, porém, não deixará isso solto.
A formação de dois grandes blocos indica que a sucessão para presidência da Casa promete ser decidida em turno único. E os votos do PSol podem ser cruciais para assegurar uma vitória contra o governo. É esse o discurso que os partidos de esquerda vão usar junto ao Partido Socialismo e Liberdade para agregá-lo ao grupo. É que, se lá na frente, faltarem poucos votos para eleger o candidato do bloco “Câmara Independente” e o PSOL ficar fora do grupo, o partido será acusado de ter jogado de forma ajudar o candidato de Bolsonaro. Algo que, obviamente, o PSol não quer.
Declaração de Bolsonaro sobre a eleição na Câmara é igual a R$ 3,00
A afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que não irá interferir na Presidência da Câmara dos Deputados “da mesma forma que não interferia na atuação de seus ministros” teve efeito zero entre os partidos. Foi feita para ver se conseguiria evitar que os partidos de oposição vetassem a formalização de apoio a Arthur Lira (PP_AL). Deu errado, porque os partidos de oposição, PT, PDT, PCdoB, Psol e PSB já definiram que não vão apoiar formalmente Arthur Lira. Note-se que a decisão, fechada hoje numa reunião dos líderes desses partidos, inclui o PSB, a tem Lira ainda tem esperança de conquistar mais à frente.
A temporada pré-Natal se encerra esta semana com a tarja de “candidato do governo” tatuada na testa de Arthur Lira e nada que o candidato do PP diga daqui para frente fará mudar essa visão. É que, entre as declarações e os gestos, os políticos dos partidos de esquerda avaliaram os gestos. Bolsonaro disse esta semana, numa solenidade em São Paulo, que mal pode esperar a troca de comando na Câmara para fazer a sua pauta ideológica e de costumes. Foi ao lado dele que o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira, foi comemorar o apoio a Arthur Lira. Portanto, avisam os congressistas, para o bem ou para o mal, é essa a posição que Lira ocupará na disputa.
Os partidos, porém, ainda não estão decididos a apoiar o candidato que vai sair do grupo de seis partidos capitaneados pelo atual presidente, Rodrigo Maia. Ali, muitos têm plena consciência de que o não-apoio ao bloco dos seis partidos e a busca de um candidato mais à esquerda pode levar a uma divisão de forças que resulte na eleição de Arthur Lira, que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro. Esses partidos também têm ciência de que o presidente não estaria comemorando apoios a Lira dentro do Planalto se não tivesse a certeza de que poderá contar com o papista para fazer valer a agenda que mais lhe interessa. Lira, porém, não deixará de trabalhar esses votos no varejo, como o leitor da coluna Brasília-Df e do blog já está cansado de saber. Numa eleição para presidência da Câmara 45 dias é longuíssimo prazo.
PT decide não apoiar Lira e tende a fechar com bloco de Rodrigo Maia
Terminou há pouco a reunião da bancada do Partido dos Trabalhadores sobre o destino dos petistas na eleição para presidente da Câmara. Nesse preliminar, o PT definiu que não apoiará o candidato que leva a chancela de Jair Bolsonaro, ou seja, não formalizará um bloco com Arthur Lira (PP-AL). A decisão final virá até sexta-feira e a tendência, conforme relatam os petistas, é seguir no bloco que Rodrigo Maia está formando com o DEM e mais cinco partidos.
O PT não sairá desse acordo com os partidos de centro de mãos abanando. A tendência é que leve ou a vice-presidência ou a primeira secretaria, cargos de ponta na correlação de forças da Câmara. A primeira secretaria é uma espécie de prefeitura da Casa e a primeira-vice, bem, é aquela que substitui não só o presidente da Câmara como o do Congresso Nacional. O PT só fechará o apoio depois que estiver com tudo amarrado no grupo dos seis partidos.
A decisão de não apoiar Lira não foi tão difícil quanto muitos pensavam. Em especial, no dia em que Marcos Pereira, do Republicanos, foi comemorar o apoio a Lira dentro do Palácio do Planalto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Apoio do Republicanos a Lira deixa Maia mais dependente da oposição
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, precisa agora, mais do que nunca, do apoio da oposição a fim formar um bloco capaz de superar a marca dos 202 já obtida por Arthur Lira em suas articulações. Nesse sentido, a expectativa é a de que o PT ajude essa construção, aprovando hoje a formação desse bloco com Maia e os outros seis partidos. Até aqui, Arthur Lira tem o apoio de nove partidos, que somam 191. Chegará a 202 quando o PTB de Roberto Jefferson anunciar formalmente seu ingresso nesse bloco.
A tendência da bancada do PT é fechar esse apoio em reunião da bancada marcada para daqui a pouco. Se o PT fechar essa composição, atrairá a maioria dos partidos de esquerda para essa construção, o que pode levar o bloco composto por DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PSL e PV a 290 deputados. A dúvida é o PSB, que, embora tenha recomendado à bancada não apoiar o candidato alinhado ao governo, uma parcela expressiva deseja seguir com Arthur Lira.
A união do PT ao bloco de Maia levará Arthur Lira a jogar no “varejo, ou seja, tentar buscar apoios individuais, nos bastidores. Como a eleição secreta, Lira esperar que as traições lhe permitam alcançar um número seguro para garantir a vitória em fevereiro. São 46 dias de muitas negociações, traições, acordos feitos e desfeitos. De tédio, não morreremos.
O samba doido da reeleição no Legislativo mais um vez no STF
A ação que o PSDB ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) deixou a reeleição de Rafael Prudente na Câmara Legislativa do Distrito Federal sub júdice e se transformou em uma ação a ser acompanhada com uma lupa na seara política. Afinal, se a reeleição não vale para o Congresso, não pode valer para as Assembleias Legislativas e há muitos ministros do STF que têm esse entendimento. Nesse sentido, ainda que o relator, ministro Kassio Nunes Marques, não tenha se pronunciado num prazo capaz de evitar a votação na Câmara, a aposta de muitos é a de quando o caso for levado ao plenário do Supremo, Rafael pode sofrer um revés, tal e qual sofreram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o da Câmara, Rodrigo Maia.
Alguns ministros consideram que esse tema está hoje uma lambança. Em alguns estados, os deputados podem ser reeleitos indefinidamente, em outros não. No amazonas, por exemplo, o atual presidente da Assembleia, Josué Neto, foi candidato a primeiro vice-presidente, indicou um nome para a Presidência e se saiu vitorioso. Agora, qualquer impedimento do titular, estará pronto para assumir. A Justiça não barrou essa “solução”, que nada mais é do que o velho “jeitinho” brasileiro dando o ar da graça. As ações que chegam ao STF indicam que já passou da hora de resolver essa questão: Ou se estabelece uma regra em que a reeleição seja uma opção para para todos, ou se estabelece a proibição para todos.