Página de Flordelis na Câmara a define como “titular” da Secretaria da Mulher, mas na condição de participante, igual a todas as deputadas

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A bancada feminina da Câmara amanheceu numa intensa troca de mensagens de WhatsApp ao ser alertada que, na página da deputada Flordelis na Câmara, acusada de ser mentora do assassinato do próprio marido, ela consta como “titular” da Secretaria da Mulher a partir de 02 de fevereiro deste ano. As deputadas sequer começaram a discutir a sucessão na Secretaria. “Isso não existe, a bancada feminina faz uma eleição, não sei de onde saiu isso”, diz a deputada Soraia Santos (PL-RJ).

Flordelis apoiou Arthur Lira, fez questão de postar fotos ao lado do novo presidente da Casa em suas redes sociais, como muitos outros, mas nem de longe será eleita pelas deputadas como titular da secretaria da Mulher, hoje presidida pela deputada Professora Dorinha (DEM-TO). Porém, como a única integrante da bancada feminina dentro do PSD, ela foi indicada para a comissão da mulher, outra instância da Casa, como “titular” para fazer parte do colegiado e não para comandá-lo. Afinal, enquanto não for julgada pelo Conselho de Ética da Casa, ela continua no exercício do mandato e participa como titular (e não apenas como suplente) de comissões técnicas.

Atualização

A secretária da Mulher, deputada Professora Dorinha, esclareceu que essa posição de ” titular” foi atribuída a todas as 79 deputadas para que elas possam interagir na secretaria, como se fosse uma comissão. A própria deputada Flordelis avisou que não pretende assumir postos na Casa. Aliás, conforme o blog apurou, a estratégia de Flordelis agora é ficar “mergulhada”, ou seja, não aparecer muito, a fim de tentar preservar o mandato.

Coquetel para Lira reúne 60 parlamentares da bancada do agro

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A bancada da Frente Parlamentar de Agricultura, que havia prometido reunir 130 deputados para homenagear e ouvir o deputado Arthur Lira (PP-AL) esta noite, no Lago Sul, teve 60 passando por lá. Porém, as presenças foram além dos partidos que estão formalmente ligados a Lira. passaram por lá Pedro Lupion (DEM-PR) e Domingos Sávio (PSDB-MG), filiados a partidos que estão hoje no bloco do candidato do MDB, Baleia Rossi. Lira falou por quase dez minutos e, além dos “compromissos básicos”, mencionou os temas caros ao setor, tais como, código ambiental e regularização fundiária, sendo aplaudido “Sei das pautas reprimidas, das não votadas. Muitas vezes se criam versões que travam as votações, como foi na regularição fundiária. Faremos uma Câmara de debate amplo, líquido e transparente, durante o dia”, disse ele, numa refer6encia velada à marcação da escolha do presidente para a noite de segunda-feira.

Lira foi direto ao dizer que colocará os temas em pauta, no estilo doa a quem doer. “Cabe a responsabilidade de cada um colocar o dedo a favor ou contra. Todos os atos têm consequência. Na base da versão, ninguém vai levar na garganta. Vamos botar para discutir. Quem votar contra, que vote e quem votar a favor, que vote. Não temos reserva de gaveta. A Câmara não será mais de um, será do nós”, disse ele, prometendo uma relação de “previsibilidade de pauta. Transparência de pauta, obedecendo a proporcionalidade partidária”.

As tardes de quinta-feira Lira promete transformar em período reservado à reunião de líderes. Assim, o colégio de líderes para publicar a pauta, para que, na terça-feira todos nós são colégio de líderes, “para que saibamos qual é a pauta, qual é o relator e qual é o relatório”.

O discurso de Lira foi música para os ouvidos dos parlamentares do agro. E sempre a nossa pauta será feita por maioria e por maioria o plenário decidirá. “Unanimidade não vamos conseguir nunca. O Brasil é um país plural”, diz ele. “Temos que respeitar as diferenças. Minoria sabe que não vai impor. Em qualquer assunto, quem for minoria, vai ter que se render à maioria do plenário”,promete. Lira saiu de lá por volta de 22h, para outra bateria de reuniões. Noite de descanso para candidatos a presidente da Câmara, só depois da eleição.

Lançado candidato, Baleia Rossi começa o jogo com o desafio de unir as esquerdas

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A candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) tem tudo para preocupar o deputado Arthur Lira (PP-AL). No papel de presidente do MDB e líder da bancada, Baleia terá o desafio de tentar unir as oposições e, ao mesmo tempo, evitar que o PT se disperse em outros nomes.Daí, a necessidade de muito jogo de cintura. O PT resistia ao nome de Baleia, por causa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Porém, diante da “necessidade” de impor uma derrota ao presidente Jair Bolsonaro, o PT não terá muita opção. Até porque não siará dessa construção de mãos abanando. Caberá aos petistas comandar a primeira Vice-Presidência ou a primeira secretaria, uma vez que é a maior bancada do bloco.

Apesar da resistência do PT, Baleia tem ainda um outro trunfo: o ex-presidente Michel Temer. Temer, que se reuniu com Rodrigo Maia há alguns dias, governou a Câmara por três vezes.Conhece a Casa e sabe como a banda toca nos partidos, em especial, no Centrão. Daí, a perspectiva de que o grupo do ex-presidente trabalhe dia e noite nos bastidores a fim de tirar votos de Arthur Lira (PP-AL).

Enquanto isso, Lira atuará para buscar votos nas esquerdas e tentar se colocar como mais independente do que Baleia Rossi. Difícil, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro anunciou seu apoio ao líder do PP com várias gestos. O jogo para presidente da Câmara só termina no dia 1 de fevereiro. Até lá, o estica-e-puxa nos bastidores e as incertezas prometem imperar. A pausa prevista é apenas para a noite de Natal. E olhe lá.