Categorias: Política

Bolsonaro não pretende afastar Milton; se for para sair, será em meio a reforma ministerial

Dedicado a percorrer o país em entregas de programas e obras governamentais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará contornar a denúncia de favorecimento na distribuição de verbas da educação ao grupo ligado a pastores evangélicos. Embora a ala política considere arriscado manter o ministro da Educação Milton Ribeiro, o presidente não cogita afastá-lo. Se for para sair, será em meio a reforma ministerial, daqui a nove dias, quando saem os ministros-candidatos. Assim, a saída fica diluída em meio aos pré-candidatos aos governos estaduais, Senado ou Câmara.
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No governo, prevalece a visão de que faz parte do jogo a oposição acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), pedir CPI e por aí vai. O governo cogita abrir uma investigação interna antes de qualquer medida mais drástica. O que vai pesar nesses nove dias até a saída dos ministros-candidatos é a posição da bancada evangélica que, até aqui, não pediu o afastamento de Milton Ribeiro.
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Bolsonaro, hoje, se manterá focado no que lhe interessa: irá a Quixadá, no Ceará, para uma solenidade de abastecimento de água a pequenos municípios. E em todas as oportunidades, ele tem dito que, no seu governo, não tem corrupção.

Bloco do eu sozinho

O ingresso de Geraldo Alckmin no PSB, hoje, em Brasília, não terá muitos ex-colaboradores do ex-governador paulista. Seus maiores aliados dentro do PSDB não devem acompanhá-lo na empreitada.

Deixa quieto

Lula, que deve ser representado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não está nem aí para a turma de Geraldo. O que o ex-presidente deseja mesmo é a imagem do ex-governador paulista ao seu lado. Considera que isso é suficiente para dizer que o PT ampliou seu alcance junto ao eleitorado.

Enquanto isso, no PSDB…

Embora uma ala do partido tente balançar sua pré-candidatura ao Planalto, o governador de São Paulo, João Doria, já tem até marqueteiro. O publicitário Eduardo Fischer tem colaborado com a pré-campanha da mesma forma que as economistas Zeina Latif, Ana Carla Abrão colaboram na formatação do programa econômico junto com Henrique Meirelles nesta fase inicial.

Limão e limonada

Deltan Dallagnol não vai baixar o tom. Condenado a pagar uma indenização R$ 75 mil a Lula por causa do PowerPoint em que colocava o ex-presidente como o grande chefe do Petrolão, ele irá para a campanha de deputado federal com o discurso de que o Brasil está indo no caminho errado ao punir quem combateu a corrupção de “poderosos”.

CURTIDAS

Horário político/ A tal indenização que Deltan terá que pagar a Lula vai virar discurso no PT. Já tem petista pensando em pedir um cheque assinado por ele para exibir no horário eleitoral.
Michele na pré-campanha/ A viagem a Porto Nacional para o lançamento do DNA Brasil no Tocantins marcou a estreia da primeira-dama, Michele Bolsonaro (foto), na pré-campanha pela reeleição do marido. Ela recebeu flores pelo aniversário, conversou com crianças e ainda pediu silêncio para ouvir a oração feita por um jovem portador de necessidades especiais.
As lembranças de Pedro/ Para quem garante que não é candidato, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, não perde a oportunidade de fazer os comerciais do governo. Em Porto Nacional, lembrou que, no passado, tinha gente na CEF com milhões escondidos em apartamento e até com a mãe. Referia-se ao ex-vice-presidente da Caixa e ex-ministro Geddel Vieira Lima, que serviu aos governos Lula, Dilma e Michel Temer e, agora, vive em prisão domiciliar.
Economia/ Hoje tem lançamento de livro no Instituto de Direito Público (IDP). A nova regulação econômica, trabalho da subsecretária de Defesa Comercial e Interesse Público da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Amanda Athayde Linhares Martins Rivera, do consultor legislativo do Senado Fernando Meneguin, do professor de Direito da FGV e do IDP, Luciano Timm, e da advogada Maria Carolina França, sócia do escritório CMT Advogados.
Denise Rothenburg

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