Nas rodas políticas ao longo do carnaval no Rio de Janeiro, aliados do presidente Jair Bolsonaro falaram em lançar o deputado Eduardo Bolsonaro para o comando da Câmara, de forma a evitar que os mais fiéis terminem ajudando a eleição de um candidato apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia. Nas esferas congressuais, entretanto, há quem diga que, se o presidente da República optar por esse caminho, estreitará ainda mais suas pontes com o Legislativo. Dilma Rousseff, por exemplo, seguiu nessa trilha e deu no que deu.
Em tempo: Eduardo, o 03, passa esta semana nos Estados Unidos, na CPAC (Conservative Political Action Conference), maior evento do pensamento conservador no mundo. E não pensa, no momento, em concorrer à Presidência da Câmara. Ele, aliás, falou, na sexta-feira, no CPAC, sobre os prejuízos do socialismo para a América Latina.
Os militares já perceberam que, com o Orçamento impositivo, dificilmente conseguirão aumentar suas verbas. Daí, a discordância com essa fórmula que conta com o apoio da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Guedes sempre defendeu que o Congresso tem que ser responsável na hora de lidar com a peça orçamentária.
Parlamentares da Comissão mista de Orçamento olham com descrédito para as redes bolsonaristas que tentam transformar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em vilão do Orçamento. Rezam as normas internas da Casa que as sessões do Congresso são presididas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Quem negociou a votação do texto que terminou vetado pelo presidente Jair Bolsonaro foram o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e os líderes no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, foi um ato com o apoio do governo.
A imagem de insegurança jurídica para negócios no Brasil tem crescido na região de Washington, nos Estados Unidos. A JVL International, transportadora marítima com sede em Baltimore, tem apresentado reclamações em seu país e no Brasil sobre a falta de efetividade de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nem mesmo a corte superior conseguiu que a Easylog, uma ex-sócia brasileira da JVL, pagasse uma dívida que, no fim do processo de 13 anos, foi fixada em mais de R$ 3 milhões pela ministra Nancy Andrighi. A execução, que ainda não ocorreu, está a cargo da juíza Ana Sganzerla Truccolo, em Itajaí.
Os americanos anexaram ao processo um parecer favorável a eles escrito pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Do outro lado, a Easylog também tem apoio importante, porque representa no Brasil a suíça Ceva Logistics, líder mundial do transporte oceânico. Em 2019, com a parceria, a Easylog exportou 11 mil contêineres.
Dele, não/ O pedido de impeachment que o deputado Alexandre Frota (PSL-SP) pretende apresentar contra o presidente Jair Bolsonaro ainda não é um dos hits da temporada. “Não tem o meu apoio. Isso é dor de cotovelo”, diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Por falar em impeachment…/ Os atos de 15 de março servirão para o presidente Jair Bolsonaro mostrar ao Parlamento e ao Judiciário que é melhor não dar vazão a essas propostas de apeá-lo do cargo. Afinal, ele tem apoio popular.
… o vento é pró-Bolsonaro/ Nem a oposição hoje deseja o afastamento do presidente. Ninguém se sente seguro de optar por esse caminho, em especial o PT. Afinal, depois de dizer que o impeachment de Dilma foi um golpe, um contra Bolsonaro não seria diferente.
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