Por Denise Rothenburg — As dificuldades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em definir um ministério para abrigar o Republicanos fizeram crescer os movimentos da oposição para que o deputado Sílvio Costa Filho (PE) não vá para o governo. Ainda que o presidente da legenda, Marcos Pereira, tenha definido que o parlamentar ficará afastado das funções partidárias, há uma pressão da ala mais ligada ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — o maior ativo eleitoral do partido atualmente. Por mais que uma parcela do Republicanos deseje ser governo, a ala que deseja ver Tarcísio candidato em 2026 tem crescido. Quer manter distância do PT de Lula e não pretende correr o risco de ver o governador trocar de partido, porque o Republicanos foi para o governo.
Em tempo: nas redes sociais, parte do eleitorado conservador começa a colocar no ar o discurso de que o Republicanos caminha para se aliar a um governo que apoia o aborto. Lula, até aqui, não encampou nenhuma proposta nesse sentido, mas na internet essa versão começa a se espalhar. Nesse ritmo, se o presidente demorar muito, vai ficar sem o ministro ou o futuro ministro ficará sem partido.
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Lula desistiu de reconduzir Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República. Estão em alta o sub-procurador geral Antônio Carlos Bigonha e o procurador junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo Gonet.
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Gonet é tido como da ala mais conservadora do MP e extremamente preparado. Bigonha é considerado um nome mais ligado ao setor progressista.
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Os petistas têm dito em conversas reservadas que, a preços de hoje, o atual advogado geral da União (AGU), Jorge Messias, seria o nome para o Supremo Tribunal Federal (STF) no lugar de Rosa Weber. Porém, Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), tem mais musculatura de liderança.
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Continua em alta para a Caixa Econômica Federal o nome da ex-deputada Margareth Coelho (PP-PI), ex-vice-governadora do Piauí, eleita junto com Wellington Dias (PT) — atual ministro do Desenvolvimento Social. A avaliação interna do governo é que a presidência da CEF vale mais que muitos ministérios. Falta convencer o líder do PP, André Fufuca (MA), que já é cumprimentado na Câmara como “ministro”.
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Fim da treta/ Os governistas fizeram cara de paisagem com a presença do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no Senado, esta semana. Desde que votou a favor da redução dos juros, deixou de ser o alvo preferencial dos lulistas. A maioria dos senadores aliados do governo sequer compareceu à sessão.
E as joias, hein?/ A avaliação entre antigos aliados de Jair Bolsonaro é de que quanto mais o tempo passa, mais enrolada essa história fica. Virou um subproduto da CPMI dos atos de 8 de janeiro.
Não é candidato, mas…/ Se Bolsonaro convocar o governador de São Paulo para ser candidato ao Planalto, em 2026, Tarcísio não terá como dizer não.
Apostas/ O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), apostou com amigos que o PT não elegerá nenhum prefeito de capital no país, repetindo a performance de 2020. Em várias capitais, o partido apoiará nomes de outras legendas. Afinal, a prioridade dos petistas é a Presidência, em 2026.
Dad Squarisi/ Professora Dad Squarisi, nossa editora de Opinião, uma das pessoas mais educadas, cultas e elegantes que conheci. À família, nossos sentimentos. Siga em paz, querida Dad. Obrigada por tudo.
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