Abin à própria sorte: servidores reclamam de falta de apoio à instituição

Em meio ao escândalo de monitoramento de adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro, os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão atônitos com a perspectiva de o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a divulgação da lista de todas as pessoas monitoradas pelos seus agentes. É que, entre os 30 mil logs feitos com os equipamentos comprados em 2018 pelo governo Michel Temer, há uma miscelânea de espionagem ilegal e outras feitas mediante autorização, inclusive, de agências de outros países, no combate ao terrorismo internacional.

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Há quem esteja com receio, inclusive, de que essa divulgação ampla e geral provoque constrangimentos diplomáticos, uma vez que esses monitoramentos envolvem pedidos estrangeiros. Para completar, servidores da Abin que fazem um trabalho de Estado, muito distante da espionagem “paralela” sob os holofotes agora, reclamam que, até o momento, não surgiu nenhuma voz do governo para defender a instituição. Tampouco o seu diretor-geral, Luiz Fernando Correa. Quando ninguém defende uma instituição é sinal de que ela está à deriva. Integrantes do governo Bolsonaro consideravam a Abin petista. A turma de Lula vê a agência como bolsonarista. Falta quem a veja como um órgão de Estado, que serve ao país, e não ao inquilino de plantão no Palácio do Planalto.

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Vai que é tua, Pacheco

Com tanta confusão na praça, o presidente da Câmara, Arthur Lira, adiou as reuniões previstas para esta semana. Afinal, quem tem que decidir sobre o destino da PEC da reoneração da folha é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Também está nas mãos do senador as decisões relativas ao Supremo Tribunal Federal.
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A live do “eu avisei”

Assim, os próprios bolsonaristas se referem às falas de Bolsonaro e seus três filhos na noite de domingo. E a frase que mais chamou a atenção foi “quando o Executivo tem o Judiciário na mão, ele, por antecedência, faz uma assepsia, tira da frente os candidatos que podem fazer sombra ao atual mandatário”.
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Sigam o chefe

A live, à véspera da operação da Polícia Federal sobre o vereador Carlos Bolsonaro, o 02, serve de roteiro para a defesa do ex-presidente e de seus filhos nas redes sociais.
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Põe na conta dele

Com o deficit de R$ 230 bilhões, o governo se afasta mais um pouquinho da meta de deficit zero proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Curtidas

Moretti em contagem regressiva/ No Palácio do Planalto, assessores já foram avisados de que Alessandro Moretti não será mantido no papel de número dois da Abin. Será o próximo a sair. A ideia, aliás, é mudar tudo na agência e deixá-la com o papel de Estado para que foi criada.

Grupo anti-Cappelli/ De saída da Secretaria Executiva do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli tem dificuldades de ser nomeado para comandar a Abin. É que tem muita gente no Planalto dizendo que ele não é servidor de carreira de Estado. Ali, lida-se com informações confidenciais, típicas de carreira de Estado.

Por falar em Justiça…/ Foi o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre, quem levou os recursos do Ministério da Justiça para emendas parlamentares. Só tem um probleminha: quem libera é o Executivo. Portanto, nesse caso, se o novo ministro, Ricardo Lewandowski, quiser liberar as verbas, basta combinar com o presidente Lula. O problema será se quiser mudar a destinação.

Carnaval animado/ A Polícia Federal não vai parar toda a semana de carnaval, nem na semana que antecede a festa. Logo, tem muita gente por lá apostando em novas operações dentro dos inquéritos da “Abin paralela”.

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