A fala de Jair Bolsonaro hoje em sua live a respeito do Proposta de Emenda Constitucional do voto impresso chamou atenção dos policias, não por causa das críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, dizer que ele “se acha o dono do mundo” e coisa e tal. O que deixou muitos políticos assustados foi o presidente da República dizer com todas as letras: “Se o parlamento brasileiro, por maioria qualificada, três quintos na Câmara e no Senado, aprovar o voto impresso, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. E não vou nem falar mais nada. Vai ter voto impresso, porque, se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição”.
Muitos ficaram desconfiados de que o presidente deseja usar essa PEC, apresentada pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Bia Kicis (PSL-DF), para ameaçar mudança no calendário eleitoral, uma vez, que se for aprovada, necessitará de mais recursos e estrutura para er implementado, dado o volume de impressoras e de papel que exigirá. Quem entende das coisas no Congresso considera que essa ameaça de Bolsonaro tem tudo para levar essa PEC a ser analisada bem devagar. Afinal, embora seja justo a existência de um mecanismo que permita a recontagem dos votos, não é possível cancelar as eleições do ano que vem por causa disso, ainda que a PEC esteja aprovada, haja vista a necessidade de o país se estruturar para isso.
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