Caixa comenta sobre possibilidade de novo concurso público

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Karolini Bandeira*- Com concurso público vigente para pessoas com deficiência, a Caixa Econômica Federal (CEF) não descarta a abertura de novo certame para ampla concorrência. Em resposta a um internauta nas redes, a estatal comentou sobre a possibilidade de realização do concurso “após o término da vigência do concurso de 2014”.

Sobrecarga em 2021

Estudo feito no final de julho de 2021 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa. Segundo o levantamento, entre 2018 e o primeiro trimestre de 2020, o número de clientes por servidor do banco subiu de 1.070 para 1.775, ou seja, um total de 65% de aumento.

“Os dados do Dieese comprovam a situação crítica do quadro de pessoal da Caixa Econômica, que, além de ser o ‘banco da habitação’, é também responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais a milhares de brasileiros, pela concessão de crédito à população mais necessitada e pelos investimentos em setores estratégicos do país, como infraestrutura, saúde e saneamento básico”, ressaltou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “De 2014 até o primeiro semestre deste ano, o banco público perdeu 19,7 mil empregados”.

1.100 vagas exclusivas para PcD

Em 2021, foi realizado um concurso na CEF com 1.100 vagas exclusivas para pessoas com deficiência, no cargo de técnico bancário. Para o cargo, o profissional deve ter nível médio completo e poderá atuar na rede de agências ou na área de Tecnologia da Informação (TI) — sendo, a última opção, para lotação no Distrito Federal.

A remuneração inicial é de R$ 3.000 para uma carga horária semanal de 30 horas. Se forem somados os benefícios, os ganhos podem chegar a R$ 4.486,03.

Concurso para ampla concorrência

O último concurso da Caixa para a ampla concorrência foi realizado em 2014 ofertando vagas exclusivamente para formação de cadastro reserva. Ao todo, 1.176.614 pessoas se candidataram às vagas. O cargo foi para técnico bancário novo, com remuneração de R$ 2.025. Para assumir é necessário possuir ensino médio completo. A seleção foi realizada por provas objetivas, discursivas e exames médicos admissionais. O concurso teve validade de um ano e foi prorrogado por igual período

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Sancionada, LOA 2022 prevê novas nomeações no Senado

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Karolini Bandeira*- Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 prevê a nomeação de 19 novos servidores no quadro efetivo do Senado Federal. A despesa total estimada para o ano é de R$ 4,7 trilhões e, segundo o Ministério da Economia, o Orçamento sancionado é compatível com o limite para as despesas primárias, conforme estabelece o teto de gastos.

Com o último concurso público lançado há nove anos, em 2021 o Senado conta com 1.473 cargos vagos, quase a metade de servidores totais, que é de 3.439.

Em agosto de 2020, quase um ano após a autorização de um novo certame e após cerca de seis meses da eclosão da pandemia, o concurso do Senado foi adiado por conta da covid-19. Antes do ano, o concurso autorizado já tinha muita coisa definida, o projeto básico havia sido divulgado, assim como a escolha da banca organizadora.

Só para relembrar, foram autorizadas 40 vagas para técnicos e analistas, com salários iniciais que variam de R$ 19 a R$ 33 mil. Saiba tudo aqui! 

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Apesar de previsto, auditores não tratam sobre concurso em reunião com Guedes

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Karolini Bandeira*- Para o presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Isac Falcão, a reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, “foi frustrante”. O encontro, realizado no fim da tarde desta quinta-feira (13/1), tinha como objetivo levar ao ministro os pleitos da categoria e detalhar a atual mobilização devido ao corte expressivo no orçamento da Receita para 2022 e a não regulamentação do bônus de eficiência dos profissionais. Ao que tudo indica, a possibilidade de abertura de um novo concurso — um dos temas que seriam tratados, segundo o sindicato — não foi sequer abordada.

De acordo com os auditores, o ministro não apresentou uma solução para a questão do orçamento, “o que faz com que o funcionamento da Receita Federal esteja ameaçado”. “Sobre a regulamentação do bônus, Guedes falou que, apesar de entender e considerar justo o pleito dos auditores-fiscais, ‘o momento não é adequado’ para a publicação do decreto”, escreveu o Sindifisco.

A auditora Natália Nobre, presente no encontro, enfatizou a indignação dos profissionais da categoria diante do que, para a profissional, é um acordo descumprido. “É importante destacar que o pleito dos auditores-fiscais é a regulamentação de uma verba a ser paga a partir do cumprimento de metas institucionais. Se o momento exige um esforço extra dos auditores-fiscais para garantir os recursos necessários para o Estado brasileiro enfrentar a crise, sem dúvida é o momento ideal para regulamentar o bônus de eficiência.”

Concurso Receita Federal: foram pedidas 699 vagas

Em 2021 um ofício foi publicado confirmando a abertura de 699 vagas, sendo 230 vagas para auditor-fiscal e 469 vagas para analista-tributário. Este ofício foi direcionado ao Ministério da Economia, mas ficou parado até agora.

Secretário espera nomear ainda em 2022

Em reunião com sindicalistas no dia 5 de janeiro, o secretário da Receita Federal, Júlio César, afirmou que também pretende se reunir com Guedes para falar sobre a realização de um novo certame, e que espera receber o aval do Ministério da Economia para a abertura do concurso em janeiro, já que deseja contar com estes servidores ainda em 2022.

O Sindifisco reforçou que, para que isso aconteça, o concurso precisaria ser autorizado, aberto e homologado até julho deste ano.

 

*Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader

Quer ser um dos 375 aprovados na CGU? Especialistas dão dicas de como alcançar o objetivo

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Faltam menos de três meses para a prova e os professores te dão dicas de ouro para a reta final

Karolini Bandeira*- A Controladoria-Geral da União (CGU) segue com inscrições abertas para 375 vagas efetivas! A oportunidade é única e não tem como ir despreparado. Por isso, conversamos com quem realmente entende do assunto para te ajudar a seguir com os estudos a todo vapor e conquistar a tão desejada aprovação.

O especialista em Controle Governamental e professor do Gran Cursos Online, Eduardo Cambuy, já foi direto ao ponto: para ele, é quase impossível começar a se preparar faltando pouco mais de dois meses para a prova de um concurso de grande porte, como o da CGU, e conseguir ser aprovado. O ideal, segundo o professor, é já ter uma boa jornada de estudos percorrida e, nesta altura, apenas reforçar e revisar o que já foi aprendido. “Em qualquer exame, já temos uma reta final a partir da publicação do edital — sobretudo para esses concursos com alta concorrência que são mais difíceis. Não é uma prova para começar os estudos e obter a aprovação em três meses. Na reta final, o que se espera do candidato é que ele tenha já materiais preparados e anotados para que possa aumentar o ciclo de revisão e exercícios, principalmente dos principais pontos que têm maior peso na prova.”

Em concordância a Cambuy, o auditor do TCU e especialista em regimentos e legislações específicas do IMP Concursos, Emerson Douglas, ressalta que o edital, além de ter saído na véspera de Natal, época em que acabamos flexibilizando nossas obrigações, tem um período de intervalo curto com relação à prova. A preparação “ideal”, para o professor, não é possível de ser feita em menos de três meses.

Foco nas específicas

Um conselho de Cambuy aos candidatos é “dar muita atenção às áreas especializadas. “Como temos muitas áreas especializadas, o candidato deve ficar atento a cada uma delas. Por exemplo, na área de auditoria e fiscalização, todas as matérias têm um peso igual, então não há uma que se sobrepõe à outra. Já na parte de combate à corrupção, temos uma matéria que tem o dobro do peso de todas as demais, que é direito administrativo sancionador. Nesses pontos, o candidato deve dar uma atenção maior”, aconselha.

Para o professor, a chave para uma boa pontuação é “manter o foco nas matérias básicas, garantir a pontuação nas matérias essenciais e fazer a diferença naquilo que é específico de cada área”.

“Quem vai enfrentar um concurso desse nível, dessa envergadura, tem que ter em mente as específicas. Uma atenção especial para Legislação Específica, porque realmente o que muda de um concurso para outro radicalmente é isso: a legislação específica. Ou seja, a legislação que trata da estrutura da CGU”, destaca Douglas. Isso, claro, “sem descuidar dos demais”.

O local escolhido faz diferença?

Como sabemos, as oportunidades estão distribuídas entre o Distrito Federal e os estados da região norte. Para o cargo de técnico, há 51 vagas para o Distrito Federal. As outras 24 são para estados da região norte. Já para auditor, são 174 vagas para o DF e 126 para a região norte.

Em um concurso grande, todo detalhe faz diferença. O dilema é: será que é melhor apostar em locais com menos concorrência? Ou seria melhor escolher o que tem mais vagas? Os candidatos com essa dúvida não precisam se preocupar muito, porque, para os especialistas, não há uma escolha certa.

“Muitas vezes, você faz a escolha do local pela concorrência e se arrepende, porque o pensamento que você teve, boa parte da concorrência também pode ter. O local acaba se tornando um local altamente concorrido”, diz o professor Eduardo Cambuy. Uma dica do profissional ao candidato: “Não focar no local, mas sim no objetivo e propósito de localização e qualidade de vida geográfica.”

“Historicamente falando de concursos em geral, Brasília vai sim ter muito mais inscritos. Mesmo tendo mais vagas, Brasília costuma ter uma concorrência maior e, por esse motivo, a tendência é que a nota de corte seja maior. Vai do feeling de cada um. Um concurso desse nível terá uma nota altíssima em todos os lugares, então não tem para onde correr”, comenta o especialista Emerson Douglas.

E se o especialista fosse um candidato? O que ele faria?

E se os professores estivessem no lugar dos alunos, o que eles fariam? Cambuy afirma que, se estivesse estudando para a CGU, neste momento, se dedicaria especificamente em rever as matérias que já teve contato. O foco do professor, segundo o mesmo, seria “em garantir uma pontuação mínima de 80 ou 90%, ou quem sabe, até gabaritar as matérias básicas” e, faltando pouco mais de dois meses para a prova, apostar em simulados, testes, mapas mentais e quadros, “Ou seja, tudo que facilitasse a memorização e o armazenamento de informações”.

O especialista enfatiza: “Em nenhum momento, nesse processo, eu começaria o estudo de uma matéria do zero porque estamos na reta final e, dificilmente, conseguiria ficar competitivo. Esse tipo de concurso é uma área de difícil acesso com muita concorrência. A estatística mostra que, dificilmente, uma pessoa que começa a estudar quando sai o edital é aprovada. A concorrência é preparada e já teve contato com as principais matérias.”

Mensagem dos professores aos candidatos

Para Cambuy, o candidato do concurso para a CGU tem que ter uma palavra em mente: paciência. “Um dos principais erros cometidos por quem começa a estudar para concursos é acelerar mentalmente o processo de aprovação, sendo que, na prática, não é assim. A gente precisa ter paciência porque muitas vezes quando isso acontece a gente fica frustrado, desmotivado e desiste dos nossos objetivos. Então, a palavra-chave para quem vai começar um processo de estudo para concurso de alto nível é paciência. Esses concursos têm menos incidência e saem esporadicamente e você tem que se preparar de médio a longo prazo (em torno de um ano de preparação) para ter alto rendimento nesse tipo de prova.”

“Vai valer cada gota do teu suor, cada gota de lágrima, cada gota de sangue que você investir nesse concurso. Você vai trabalhar numa casa maravilhosa e ter uma remuneração que você merece. Não esmoreça”, finaliza o professor Emerson Douglas.

 

Saiba tudo sobre o concurso aqui:

Saiu! CGU lança concurso com 375 vagas para técnicos e auditores

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

 

Concurso da Receita Federal: auditores debatem sobre certame com Guedes nesta quinta (13)

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Secretário do órgão quer nomear novos auditores neste ano

Karolini Bandeira*- Podemos, finalmente, ter uma resposta definitiva sobre a abertura de um novo concurso para a Receita Federal! O Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional) informou, em nota, que o presidente da entidade, Isac Falcão, está de encontro marcado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e ele deverá ser realizado na tarde desta quinta-feira (13/1).

O representante do sindicato também levará ao ministro outras demandas da categoria, como a regulamentação do bônus de eficiência, a necessidade de recomposição imediata das perdas inflacionárias acumuladas e a oposição aos cortes orçamentários aprovados no PLOA 2022, que, para o Sindifisco, “comprometem o funcionamento da Receita Federal”.

Secretário da Receita espera nomear ainda em 2022

Em reunião com sindicalistas no dia 5 de janeiro, o secretário da Receita Federal, Júlio César, afirmou que também pretende se reunir com Guedes para falar sobre a realização de um novo certame, e que espera receber o aval do Ministério da Economia para a abertura do concurso em janeiro, já que deseja contar com estes servidores ainda em 2022.

O Sindifisco reforçou que, para que isso aconteça, o concurso precisaria ser autorizado, aberto e homologado até julho deste ano.

Concurso Receita Federal: foram pedidas 699 vagas

Em 2021 um ofício foi publicado confirmando a abertura de 699 vagas, sendo 230 vagas para auditor-fiscal e 469 vagas para analista-tributário. Este ofício foi direcionado ao Ministério da Economia, mas ficou parado até agora.

Mais de 3 mil vagas solicitadas em 2020

Em 2020, a Receita Federal solicitou à Economia autorização para um novo certame. O pedido foi para 3.360 vagas distribuídas entre os cargos de auditor fiscal (nível superior), analista tributário (superior), analista técnico administrativo (superior), arquiteto (superior), contador (superior), engenheiro (superior) e assistente técnico-administrativo (nível médio). Os salários iniciais variam de R$ 4.137,97 a R$ 21.487,09, já com auxílio-alimentação de R$ 458.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Concurso do TCU tem quase 1.000 concorrentes por vaga

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O salário inicial é de R$ 21,9 mil

Karolini Bandeira*- O concurso público do Tribunal de Contas da União (TCU), com 20 vagas imediatas, registrou cerca de 19,9 mil, inscrições para o cargo de auditor de controle externo. O percentual foi publicado nesta quinta-feira (6/1) pela banca organizadora, FGV, e representa quase 1.000 concorrentes por vaga. Do total de vagas, 15 são para ampla concorrência, quatro para negros e negras e uma para pessoas com deficiência. As inscrições foram encerradas em 20 de dezembro.

As provas serão realizadas em todas as capitais do país, em 13 de março. O exame terá caráter eliminatório e classificatório e será composto por 100 questões, com cada questão valendo um ponto. Todas as questões serão de múltipla escolha, com cinco opções cada. Somente serão convocados para as provas discursivas os candidatos habilitados na objetiva.

A remuneração inicial do cargo é de R$ 21.947,82, para 40 horas semanais. Vale lembrar que o cargo de auditor de controle externo exige nível superior. Saiba mais aqui!

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Confira sete editais de concursos públicos previstos para janeiro

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Karolini Bandeira*- Janeiro promete várias oportunidades para quem está interessado em prestar concurso. Somente em janeiro, podemos citar sete concursos públicos iminentes com tudo pronto para lançar o edital de abertura. As oportunidades são previstas para profissionais de todos os níveis de escolaridade. Confira:

IBGE

Já é oficial! O edital de abertura da nova seleção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo de 2022 será publicado em 10 de janeiro. Desta vez, a oferta prevista é de 192 vagas temporárias, sendo 180 vagas para Agente Censitário de Pesquisa por Telefone (ACT) e 12 vagas para Supervisor censitário de pesquisas e codificação. As inscrições poderão ser feitas pelo site do Idecan. Saiba mais.

PMSP

O esperado é que o concurso da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) para soldados autorizado em setembro, seja publicado no início do ano (com chances, inclusive, para janeiro). O governo deu aval para 5.400 chances distribuídas em dois editais de 2.700 vagas para a carreira de soldado de 2ª classe. Conforme já publicado no Diário Oficial, um dos editais será para ingresso na corporação em junho de 2022 e o outro para janeiro de 2023.

TJDFT

O edital do concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) está previsto para ser lançado até o início de fevereiro de 2022. Serão 93 vagas imediatas e cadastro reserva distribuídas entre os cargos de analista judiciário e técnico judiciário. O edital e as inscrições ficarão disponíveis no site da FGV, banca organizadora. Confira!

PMMT

A Polícia Militar do Mato Grosso (PMMT) também tem previsão de edital no primeiro mês do ano. A Fundação Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) foi escolhida como banca organizadora. O número de vagas ainda não foi divulgado.

SME-SP

Previsto para janeiro, o concurso para professores da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP) vai prover 3.250 vagas efetivas. De acordo com a autorização, serão 1.270 professores de educação infantil e ensino fundamental I e 1.980 de ensino fundamental II e ensino médio. Os contratados iniciarão as atividades em 2022, a partir do primeiro dia do ano letivo.

PCBA

O concurso público previsto com 1.000 vagas para a Polícia Civil da Bahia (PCBA) terá edital de abertura em janeiro, conforme anunciado pelo governador Rui Costa (PT). Serão 800 vagas para agentes, 100 para delegados e 100 para escrivães. Os profissionais deverão possuir nível médio ou nível superior. Já os ganhos iniciais das carreiras variam de R$ 1.074 a R$ 4.374.

PCSP

A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) já tem banca organizadora e edital iminente. O certame irá abrir 2.939 vagas para provimento efetivo na corporação, nas carreiras de delegado (250), escrivão (1600), investigador (900) e médico legista (189). Os ganhos iniciais serão de R$ 3.931,18 a R$ 10.382,48.

Tchau, 2021! Para especialistas, concursos públicos devem bombar em 2022

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Karolini Bandeira* e Mariana Fernandes — É inegável que o cenário dos últimos anos não foi tão bom para a realização de concursos públicos. Com o pico da pandemia de covid-19 em 2020 e 2021 e os olhos do país voltados para a crise sanitária, o ingresso no serviço público passou longe de ser uma das prioridades. Agora, com a flexibilização de atividades presenciais, avanço na retomada econômica e a volta gradual do “antigo normal”, o que esperar de 2022? O cenário finalmente será bom para a abertura de concursos no ano que está prestes a entrar?

Para especialistas, os concurseiros que estão esperançosos podem manter a expectativa alta. “As expectativas em relação aos concursos em 2022 são muito mais animadoras do que em relação aos últimos dois anos”, afirma o professor de Direito Administrativo e Constitucional do IMP Concursos, José Trindade. O especialista destaca que, ao contrário de 2020 e 2021, em 2022 temos mais certas do que incertezas: “Hoje, a maior parte das incertezas já foi sanada. Existe uma forma de combater a pandemia, a gente já tem um cenário mais seguro. Inclusive, já temos até previsões mais seguras quanto ao futuro.”

Reconquistando a esperança

Difícil é achar um concurseiro que não tenha perdido o ritmo de estudo em algum momento de 2021 — com tanto adiamento e suspensão, é natural que o rendimento seja afetado. 2022, na visão de Trindade, chega para mudar esse ciclo. “Já temos órgãos públicos cada vez mais, de forma cada vez mais intensa, retomando o trabalho presencial. Já temos editais de concurso que saem com mais frequência. A gente viveu, em 2020 e 2021, num cenário em que até tínhamos editais. Não faltavam concursos. Mas as provas iam sendo adiadas indefinidamente e isso desanimava os candidatos e desanimava os próprios órgãos públicos a fazerem concurso, porque gerava muitas vezes um gasto adicional e uma incerteza nos próprios contratos com as bancas organizadoras. Esse cenário [de incertezas] está se dissipando. Você tem maiores certezas quanto à possibilidade e a viabilidade de aplicação de provas e quanto às datas das provas. Então já podemos nos programar com relativa segurança quanto à realização de provas no futuro”, ressalta.

O economista e professor de Finanças Públicas na Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli, evidencia que a urgência de contratação de servidores no cenário pós-pandêmico devido ao represamento de certames também é positivo e influencia na autorização e abertura de novas seleções públicas. Para Piscitelli, entretanto, é importante ressaltar também que a retomada de concursos é gradual e não imediato. “De algum modo, as perspectivas que existiam para 2021 se transferiram para 2022, em razão dos efeitos prolongados da pandemia e do ritmo do processo de vacinação. O lógico seria esperar que os concursos inicialmente programados para 2021 foram transferidos para 2022. Entretanto, esse ritmo de retomada ainda é lento, mesmo com a remoção de boa parte das dificuldades decorrentes da necessidade de maior dispersão dos candidatos nos locais de realização de provas. É bom levar em conta que as lacunas existentes em matéria de pessoal, já detectadas em 2021, se ampliaram e tornam mais urgente a contratação de novos servidores.”

Na opinião do especialista, a possibilidade de veto em 2022 à Reforma Administrativa (PEC 32), que já tramita há mais de um ano na Câmara, também é favorável para interessados no serviço público e pressiona a contratação de novos funcionários: “2021 foi marcado por restrições legais à realização de novos concursos. Acredito, inclusive, que a não aprovação da Reforma Administrativa, que — na minha opinião — seria nociva para o Serviço Público, aumenta as pressões para a contratação de servidores via concurso público, pois o projeto em tramitação, ‘flexibilizaria’ as condições de ingresso na Administração, e tornaria muito mais fáceis as contratações temporárias, as terceirizações, as nomeações por critérios políticos, partidários.”

Foco na Segurança

José Trindade ressalta concursos para a Segurança como uma das grandes promessas para 2022. De acordo com o professor, o novo cargo de policial penal, com carreira reestruturada em diversos estados em 2020 e 2021, deve ter vários editais no próximo ano. E não para por aí! “Nós temos polícias civis estaduais e polícias militares, como a própria Polícia Militar do Distrito Federal. Nós temos concurso, também no Distrito Federal, da Polícia Penal já com edital iminente. Nós temos o concurso de agente administrativo da Polícia Federal podendo sair também, temos o concurso de agente de custódia da Polícia Civil do Distrito Federal e temos, pelo Brasil afora, várias polícias civis e militares que, embora muitas delas tendo feito concursos relativamente recentes, continuam com defasagem de quadros.”

Leia mais em: Concursos 2022: novo ano começa com 16,1 mil vagas confirmadas para carreira policial

Concursos represados

Para Trindade, 2022 pode ser mais promissor até do que os anos pré-pandêmicos para concursos. A explicação é simples: além dos certames que são lançados todos os anos, o ano terá a abertura de seleções que foram acumuladas devido à covid: “Em 2017, 2018 e 2019 a gente tinha uma certa regularidade de certames, mas agora você tem uma série de concursos represados, além de tudo. Além dos concursos regulares que vão retomar o seu ritmo, temos o reinício da aplicação de provas e a demanda de concursos de órgãos públicos que não têm concurso em vigor.”

O profissional cita, por exemplo, grandes concursos de órgãos públicos importantes que já estavam previstos antes de 2020 e até hoje não foram lançados — como é o caso do Senado. “O último concurso [do Senado] foi realizado em 2012. Com a pandemia, nós tivemos dois anos a mais de atraso. A necessidade de contratação só se agravou. O concurso do Senado já estava na iminência de sair em 2019. Em novembro de 2019 ele foi autorizado e no início de 2020 ele já tinha um cronograma concreto de realização, com data prevista para realização de prova inclusive, mas a pandemia fez ocasionar a revogação do concurso”, explica. “A gente têm, nessa retomada, a possibilidade de o Senado realizar o concurso que ele já estava já tinha engatilhado em 2019.”

O grande número de concursos represados em órgãos que costumam chamar muitos servidores é um fator que, para o professor, contribui para um 2022 promissor para os concurseiros. “Existem inúmeros concursos e inúmeros órgãos públicos que estão não só com defasagem de servidor, mas sem possibilidade de convocar ninguém porque não têm concurso ativo. é o caso do INSS, é o caso do Senado e é o caso de vários tribunais, como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. É o caso da Justiça Federal também”, lembra.

Com tanto concurso previsto e com altas chances de sair no próximo ano, fica difícil decidir qual prestar. Por isso, Trindade ressalta que é ideal que o concurseiro foque em um setor e comece a preparação desde já. “Temos uma gama de concursos à disposição. É importante estudar e analisar as áreas disponíveis de atuação. Área fiscal, área de controle e área policial são alguns exemplos. Não precisa ser o foco em um concurso, mas é importante focar em uma área que quer seguir, ou em duas áreas próximas que se aproveitam e se completam.” E indica: “Se a pessoa não tem base ou já faz muito tempo que não vem estudando, vale a pena começar do zero, do básico. Começar leitura de lei, análise de conceitos fundamentais de cada disciplina e, acima de tudo, exercitar desde o início.”

Leia mais: Veja como manter o focos nos estudos durante as datas comemorativas

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Concursos para ficar de olho! Confira os maiores destaques previstos para este ano

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Karolini Bandeira* e Jéssica Andrade — 2022 começa com grandes oportunidades para quem planeja prestar concurso público. Depois de dois anos de abertura de seleções em ritmo lento, diversos órgãos públicos sofrem agora com um alto déficit de servidores — e, por isso, têm urgência em realizar novos concursos. Muitas instituições já possuem a autorização do Ministério da Economia e estão prestes a lançar mais um certame. Outras já enviaram uma solicitação e aguardam o aval para novos lançamentos. As movimentações não param e aqui você fica por dentro de todas: confira os principais concursos com altas chances de serem lançados neste ano!

Autorizados

Ministério da Economia

Vagas: 300
Banca: Idib
Cargos: técnico e analista
Salário: até R$ 6,1 mil
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PCDF

Vagas: 300
Banca: a definir
Cargo: delegado de polícia e agente de custódia
Salário: a definir
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AGU

Vagas: 300
Banca: a definir
Cargo: advogado da União, procurador federal e procurador da Fazenda Nacional
Salário: até R$ 27,3 mil
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PPDF

Vagas: 1.179
Banca: a definir
Cargo: policial penal
Salário: R$ 4.745
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TJDFT

Vagas: 93
Banca: FGV
Cargo: analista e técnico
Salário: a definir
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TCE-RJ

Vagas: 20
Banca: Cebraspe
Cargo: analista de TI e técnico
Salário: R$ 4.400 e R$ 10.300
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Procon DF

Vagas: 174
Banca: a definir
Cargos: técnico, analista e fiscal
Salário: a definir
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SES-DF

Vagas: 957
Banca: a definir
Cargos: técnico, analista e fiscal
Salário: a definir
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PGDF

Vagas: 130
Banca: Cebraspe
Cargos: procurador
Salário: R$ 22.589,59
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UnDF

Vagas: 3.500
Banca: a definir
Cargos: professor e tutor de magistério superior
Salário: de R$ 2.200 a R$ 8.363,87
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PMSP

Vagas: 5.400
Banca: Vunesp
Cargos: soldado
Salário: R$ 3.164,58
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Detran-DF

Vagas: a definir
Banca: a definir
Cargos: técnico, analista, agente e especialista
Salário: a definir
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PCSP

Vagas: 2.939
Banca: Vunesp
Cargos: delegado, escrivão, investigador e médico legista
Salário: R$ 3.931,18 a R$ 10.382,48
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Senado

Vagas: 40
Banca: a definir
Cargos: técnico e analista
Salário: a definir
Saiba mais!

Iprev-DF

Vagas: 65
Banca: a definir
Cargos: analista previdenciário
Salário: R$ 6.760
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PMGO

Vagas: 870
Banca: a definir
Cargos: soldados e oficiais
Salário: a definir
Saiba mais!

EPE

Vagas: 17
Banca: FGV
Cargos: analista
Salário: R$ 11.505,45
Saiba mais!

Embasa

Vagas: 930
Banca: Instituto AOCP
Cargos: a definir
Salário: a definir
Saiba mais!

PPGG-DF

Vagas: 1.400
Banca: a definir
Cargos: gestor e analista
Salário: R$ 4.480 a R$ 6.760
Saiba mais!

SLU-DF

Vagas: 100
Banca: a definir
Cargos: analista de resíduos sólidos
Salário: R$ 5.070
Saiba mais!

PMES

Vagas: 1.111
Banca: a definir
Cargos: analista previdenciário
Salário: a definir
Saiba mais!

SME-SP

Vagas: 3.250
Banca: a definir
Cargos: professor efetivo
Salário: R$ 2.379,56 a R$ 2.874,48
Saiba mais!

Sefaz-BA

Vagas: 49
Banca: FGV
Cargos: agente de tributos
Salário: a definir
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PMAP

Vagas: 600
Banca: a definir
Cargos: soldado combatente
Salário: a definir
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Sead-GO

Vagas: 329
Banca: a definir
Cargos: a definir
Salário: R$ 5.338
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PCAM

Vagas: 362
Banca: FGV
Cargos: delegado, escrivão, investigador e perito
Salário: R$ 11.281,26 A R$ 20.449,05
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Expectativa

PMDF

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a realização de um novo concurso para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em 2022. “A partir do momento que chamarmos a última turma, o concurso será aberto imediatamente”, afirmou. Outras informações ainda não foram divulgadas.

SEDF

A Secretaria de Educação do DF (SEDF) também tem previsão de concurso. De acordo com Ibaneis, um novo certame será encaminhado após zerar o cadastro de reserva do concurso vigente.

CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encaminhou à Economia uma solicitação de concurso. O pedido, com autorização projetada para 2022, são para 121 vagas. Do total, 24 foram para inspetores, 48 para analistas e 49 para agentes executivos. Saiba mais.

INSS

Há altas chances de próximo concurso público do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) ser realizado em 2022. Em reunião com o Sindsprev em julho, o presidente do INSS, Leonardo Rolim, informou que prevê o certame para antes das eleições de 2022, realizadas em outubro.

Câmara

O governo federal divulgou o Projeto de Lei Orçamentária de 2022 (PLOA), que prevê 70 vagas para a Câmara dos Deputados, embora o último balanço da casa tenha indicado 523 cargos vagos. Contudo, conforme a assessoria de imprensa do órgão, o novo certame não tem uma nova data para a publicação deste edital. Veja.

Receita Federal

O concurso público da Receita Federal segue em análise. Após 6 meses parado, o processo de pedido de autorização do certame voltou a tramitar em de dezembro de 2021. O pedido foi para 3.360 vagas distribuídas entre diversos cargos. Saiba mais!

PF Administrativo

O Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal se manifestou sobre a expectativa de realização do concurso da PF para a área administrativa. “Seguimos lutando pela realização do concurso já que nossa categoria se encontra com uma grande defasagem em seu quadro.”

Banco Central

O Banco Central confirmou ao Correio que solicitou autorização do Ministério da Fazenda para a realização de concurso público para 245 novos servidores. As chances pleiteadas são para analistas, técnicos e procuradores. As remunerações atuais destes cargos variam entre R$ 7.283 a R$ 21.014,49. Apesar da necessidade e do déficit, até o momento não há previsão de quando será lançado um novo certame. Confira mais informações.

Funai

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou, ao Correio, que já foram iniciadas tratativas para um novo pedido de concurso para efetivos em 2022. No entanto, não houve manifestação da Economia até o momento.

Anvisa

Sem concurso desde 2016, a Anvisa aguarda autorização do Ministério da Economia para realizar um certame com 100 vagas em carreiras de níveis médio e superior. Com o possível aval do pedido feito, a nova seleção será para especialista em regulação e vigilância sanitária (39), analista administrativo (14), técnico em regulação e vigilância sanitária (4) e  técnico administrativo (43).

ANA

A Agência Nacional de Águas (ANA) confirmou ao Correio que reiterou ao Ministério da Economia (ME), em 24 de fevereiro, a solicitação de aval para um novo concurso público com 62 vagas. O último concurso foi realizado em 2012 e ofertou 45 vagas, com remuneração inicial de R$ 4.760,18. A ANA teve pedido de concurso negado em 2019. Na ocasião, foram solicitadas 93 vagas para os cargos de especialista em recursos hídricos (47), analista administrativo (37) e técnico administrativo (9). Veja!

Inmetro

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) confirmou a solicitação de 430 vagas para chances de nível médio e superior. As vagas são distribuídas entre carreiras de nível médio e nível superior, com remuneração de R$2.403,28 a R$9.562,42. Atualmente, o déficit no órgão já ultrapassa os 1.100 cargos vagos e o último concurso aconteceu há seis anos, em 2015, o que aumenta a necessidade de recomposição do quadro de pessoal.

ANTT

Em março de 2021 o gerente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Cleber Dias, anunciou que a agência pretendia encaminhar solicitação de concurso público ao Ministério da Economia. Segundo o gerente, “o concurso é urgente”. A ANTT sofre com mais de 700 cargos em vacância. Ainda de acordo com Dias, apesar de o quantitativo de cargos que serão pedidos não ter sido confirmado, a estimativa é que a solicitação seja para mais de 300 vagas para os níveis médio e superior. Saiba mais.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Concursos 2022: especialista comenta o cenário e as expectativas para o próximo ano

Publicado em Deixe um comentárioautorização, Concursos, Concursos Públicos, Coronavírus, Dicas de estudo, Governo federal

O ano da retomada dos concursos? Para especialista, 2022 promete! Leia a entrevista:

Karolini Bandeira* e Mariana Fernandes — Haja expectativa! Depois de praticamente dois anos com várias suspensões, atrasos de etapas e contenção de gastos, 2022 tem tudo para ser um grande ano para o mundo dos concursos e para quem deseja ingressar no serviço público. Para matar sua ansiedade, o Papo de Concurseiro conversou com o servidor público e professor de Direito Administrativo e Redação com especialidade em concursos públicos, João Coelhjo, que comenta o cenário, expectativas e percalços do ‘ano de retomada’.

Quais são as previsões de concurso para 2022?

O ano de 2022 promete ser um ano de retomada dos concursos públicos. Apesar do teto constitucional que limita os gastos públicos, há um grande número de cargos vagos em todas as esferas federativas e em todos os ramos dos Poderes. Em razão da reforma da previdência, muitos servidores em condições de requerer a aposentadoria têm buscado passar à inatividade, o que aumenta esse quadro de postos à disposição dos candidatos às vagas nos concursos públicos.

Até mesmo para conter os efeitos do aumento dos gastos públicos, é necessário, por um lado, aumentar a arrecadação e, por outro, reduzir a má-aplicação dos recursos públicos e, sobretudo, combater a corrupção. Por isso mesmo, é forte a previsão para que ocorram concursos para os níveis médio e superior da Receita Federal do Brasil (previsão de 699 vagas), da Controladoria-Geral da União (cujo concurso já tem até banca organizadora escolhida: a Fundação Getúlio Vargas) e do Tribunal de Contas da União (que já tem edital aberto e provas marcadas para 13 de março). No mesmo objetivo de aumentar a arrecadação, evitar a corrupção e melhorar a gestão pública, os concursos para as Agências Reguladoras federais precisam ocorrer em breve, ante o quadro deficitário de servidores, em contraste às atribuições legais e aumento da demanda por regulação dos serviços públicos.

Além da ANTT e da ANTAQ, no setor de transportes, a Agência Nacional de Mineração – ANM tem buscado realizar um concurso público para fortalecer a área finalística, especialmente para cuidar de segurança de barragens, tema que está em maior foco após a tragédia de Brumadinho. A ANEEL, por sua vez, fez o último concurso para a área-fim em 2010. A Anvisa já tinha planos para um concurso grande antes mesmo da pandemia, que só reforçou a relevância e a essencialidade do papel daquela autoridade.

A Agência Nacional de Águas – ANA é, provavelmente, a entidade que mais demande um novo concurso público, considerando que recebeu novas atribuições regulatórias no âmbito dos serviços de saneamento básico. Tanto é assim que a ANA, embora tenha preservado a sigla, agora se chama Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, graças à série de inovações trazidas pela Lei nº 14.026/2020.

Ainda no plano federal, o INSS deve realizar um amplo concurso para os níveis médio e superior, considerando a demanda por aposentadorias e demais benefícios sociais que dependem da análise da autarquia previdenciária. Já no âmbito do Distrito Federal, há firme convicção de que devem ser publicados os concursos públicos para a carreira de Políticas Públicas e Gestão Governamental (PPGG), para a Controladoria-Geral do Distrito Federal, além do Procon.

Na área de Segurança Pública, há previsão realista de concursos para o Detran e, ainda, para a Polícia Civil do DF, que, além dos atuais concursos para Agente e Escrivão, deve realizar provas para Delegado de Polícia, Agente Policial de Custódia e, ainda, para a Área Administrativa do órgão. Outra previsão iminente para 2022 é o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT, conhecido por ser um grande nomeador na capital federal.

O fato de haver eleições em 2022 não interfere na realização de concursos públicos. Apenas aqueles concursos do Poder Executivo que não tenham seu resultado final homologado em até seis meses antes das eleições é que não podem realizar nomeações. Nada obsta, contudo, que provas sejam aplicadas para os concursos do Poder Executivo. Os demais Poderes podem fazer concursos e nomear, sem impedimentos, no ano que logo chega. É importante manter-se atualizado e aproveitar a existência de perfis de informação de qualidade especializados em matéria de concursos públicos.

Como os concurseiros devem se preparar para os próximos certames?

É importante observar o perfil de cada banca examinadora, sobretudo fazendo muitas provas anteriores. A principal forma de preparo é a resolução de questões. A base teórica será mais bem assimilada quanto mais experimentada, isto é, literalmente, quanto mais for posta à prova (ou exposta às provas). Aulas teóricas são importantes para aquisição, ampliação e manutenção de conhecimento. Contudo, a realização de questões é uma etapa fundamental da preparação.

Mesmo para concursos não-jurídicos, a cobrança da legislação e da jurisprudência nas matérias de Direito dos conhecimentos comuns exige preparação adequada, que dê ênfase ao conhecimento dos institutos jurídicos, privilegiando, no mais das vezes, o conhecimento do texto legal. Muito embora as questões não se restrinjam à transcrição da literalidade do texto da “lei seca”, é fundamental conhecer bem a redação das
normas constantes do edital, visto que a banca costuma fazer releituras, paráfrases, sínteses e aplicações da norma às situações concretas que pressupõem, para o acerto, o conhecimento do que está disposto na própria lei. Nesse sentido, é fundamental que o candidato não deixe de ler os textos legais e, na medida do possível, sistematizar os conceitos-chave de cada assunto e ver de que maneira eles estão dispostos e relacionados na lei.

Quais as dicas que você deixa para o concurseiro neste ano que se inicia?

Além de estar em dia com língua portuguesa, que é base para o conhecimento e compreensão das demais matérias, no que diz respeito às disciplinas jurídicas, recomendam-se algumas formas de preparação: ler algumas vezes o texto,  destacar os pontos principais, resolver questões de provas anteriores e (fazer anotações sequenciadas – fazendo um rol dos principais artigos (principalmente os que foram cobrados com maior frequência) para leitura rápida no momento de revisão e antes da prova – são estratégias indispensáveis para fixação e assimilação da disciplina legal e, na grande parte dos casos, o suficiente para a resolução das questões objetivas.

Além disso, tal método, que é simples e pode ser feito pelo candidato sem necessidade de materiais de apoio (mas apenas com a atenção dirigida à própria lei), ajuda sobremaneira na hora de compor textos dissertativos, visto que a menção desses termos e institutos, quanto mais fiel à lei, confere menor margem à interpretações dúbias e, de quebra, maior possibilidade de sucesso na pontuação do avaliador (além de facilitar a composição de eventuais recursos).

Os concursos estarão mais fáceis por haver muita disponibilidade de vaga, e em consequência, muitos concursos? Ou essa não é uma realidade?

A crise econômica reforça a máxima segundo a qual “a necessidade é que faz o sapo pular”. Portanto, a concorrência está mais que motivada para ocupar as vagas que estão disponíveis e aquelas que surgirão.

O aumento da qualidade da concorrência é uma evidência, pelo acirramento da disputa e das notas de corte que se tem verificado. Contudo, esse contexto não deve desmotivar quem está começando: com a devida preparação, o bom candidato pode, em espaço relativamente curto de tempo, estar bastante competitivo.

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes