De um vinho bom costuma-se dizer que ele “captura a fruta”. No caso do Malbec, pode-se acrescentar que “captura a elegância”, já que a uva nasceu na França. Foi no século 19 que a Auxerrois ou Côt da região do Cahors foi levada à Argentina pelo francês Miguel Pouget. Lá a tinta francesa batizada de Malbec encontrou sua melhor expressão em Mendoza.
No início, o vinho de Malbec era empregado para corte misturado com Bonarda, então preferido dos argentinos. Com o tempo, porém, alcançou o respeito e o reconhecimento internacional. Bons resultados na vinificação deram-lhe complexidade de aromas, boa persistência, tanicidade nítida, equilíbrio e textura suave. E hoje é uma unanimidade a ponto de ter um dia para chamar de seu.

O Dia Mundial do Malbec (DMM) teve sua primeira edição realizada em 17 de abril de 2011. De lá para cá, todos os anos a data é comemorada em um evento de repercussão global. “Graças à contribuição de winemakers e produtores argentinos, a celebração se aprimorou ao longo dos anos levando a Argentina a produzir os melhores Malbecs de sua história”, ressalta o setor de divulgação da embaixada do país vizinho, que há um ano é comandada pelo embaixador Daniel Raimondi.

O Brasil é um dos principais mercados para o vinho argentino, cuja exportação em 2024 ultrapassou 100 milhões de dólares, com um crescimento de 61% nos últimos dez anos. Pelo menos oito vinícolas argentinas participaram da comemoração do DMO realizada no dia 30 de abril na embaixada argentina, a saber: Bodegas Lopez (fundada em 1898, a mais antiga de Mendoza, agora no portfólio da Del Maipo) Casarena, Alambrado (cliente da importadora Porto a Porto), Pascual Toso, Penedo Borges (destaque para o Malbec branco trazido pela Rota do Vinho), Susana Balbo, Trapiche e Trivento.

