Pela segunda vez, a capital se transforma em praia ao receber até areia branca semelhante à da orla do mar. Isto acontece na época de temperaturas mais baixas – inverno brasiliense – com noites mais longas e secas, o que permite curtir a atraente programação, como shows variados e o melhor da gastronomia. Até o dia 28 de agosto, o evento Na Praia rola à beira do Paranoá, atrás da Concha Acústica, cujo acesso é vizinho ao Bar do Alemão.
Lá, você não terá dificuldade de encontrar lugar na réplica do quase sempre lotado Bloco C, da 211 Sul. Porque o bonito espaço, montado numa estrutura flutuante sobre o lago (a mesma balsa que outrora suportou o I Maestri) e decorado com móveis rústicos e planejamento de juta que tem capacidade para atender 300 pessoas, mas só nos fins de semana. O chef Marcelo Petrarca comanda pessoalmente as caçarolas numa apresentação de cozinha contemporânea, que nada perde para a de samba de Diogo Nogueira; a de axé, da Banda Eva; ou a de funk carioca de Anitta, que sobe sábado ao palco.
Inspiração do mar
De Santa Catarina vêm as ostras, que podem ser consumidas frescas ou gratinadas (R$ 72, a dúzia e R$ 36, meia porção) na abertura do menu. Outras entradas são o ceviche de peixe branco com redução de suco de tangerina, pimenta-dedo-de-moça e quinoa crocante (R$ 46) e wok de frutos do mar com burrata de limão (R$ 56).
A parte consistente do cardápio mantém a pegada praiana com peixes e mariscos frescos nos pratos principais, como a moqueca de polvo com farofa panko na manteiga de avelã, banana caramelada e arroz branco (R$ 81), ou o ravióli de camarão ao molho bisque e couve crocante (R$ 72). Tem ainda um rigatoni de salmão gratinado com tangerina e agrião baby (R$ 72).
O chef gaúcho não abre mão da inspiração caseira e regional presente no churros de banana com doce de leite, por R$ 28 — mesmo preço da cocada mole de leite condensado enquanto a musse de chocolate e o casadinho de colher saem, respectivamente, por R$ 26 e R$ 27.
Açaí e caranguejo
Petrarca ainda assina os petiscos servidos no bar, que vão de pasteizinhos a sanduíches variados; do bolinho de bacalhau às saladas e do camarão ao alho e óleo ao caranguejo, que vem na patinha empanada por R$ 36, a dúzia.
Numa vila de madeira, que lembra cenário de filme — onde tem até uma igrejinha —, funcionam mais 11 operações gastronômicas: Açaí artesanal, Acarajé da Sônia, DNA Natural, Kafta da Mama, Mercado 153 do Brasília Shopping, Mr Brownie, Nazô, Parrilla Madrid, Pizzaria Baco, Tapiocaria Raízes e Vai Bem. As sextas, o acesso é livre até as 15h; à noite são cobrados R$ 70, revertidos no consumo. Sábado, só tem almoço; e domingo, o ingresso sai por R$ 70, podendo ser consumidos R$ 50. Mais informações no site www.tevejonapraia.com.br