Os produtos podem ser comprados em uma das quatro unidades da loja
“A fim de facilitar o preparo da ceia natalina, nós já temperamos, inclusive marinando com 24 horas de antecedência, todos os cortes, alguns recheados, deixando prontos para o cliente que só precisa levá-los ao forno”, informa o especialista holandês em carnes Raymond Graumans, que fez de seu nome uma grife.
Catorze anos depois de fincar os pés calçados no icônico tamanco colorido de madeira – um dos símbolos da terra natal – Raymond deu início à salumeria no Distrito Federal, na companhia da brasileira Wanessa Oliveira, sua única sócia que conheceu numa visita dela à Holanda.
Dono de técnicas modernas e até ancestrais, apreendidas ainda com o avô, Raymond conseguiu abastecer suas quatro lojas para o Natal (305 Norte, SIA e banca na Ceasa) e a mais recente, aberta há duas semanas na 306 Sul, Bloco A, onde funcionava um pet shop. Os freezers estão abarrotados de sugestões natalinas, entre as quais não podem faltar o carro chefe da marca: Eisbein, famoso corte alemão de joelho de porco (R$ 35,90/kg) e a costela suína marinada ao molho barbecue (R$ 48,90/kg).
Tender artesanal
Tem várias sugestões de lombo, mas o mais tradicional é a copa lombo recheada com carne suína moída, queijo, azeitona e bacon (R$ 41,90/kg) e o italiano que ainda leva tomate seco, manjericão e presunto Royale (R$ 38,90/kg). Nesse item também se inclui outra iguaria alemã, que é o Kassler. O chef tempera com alho, cebola e salsa (R$ 33,90/kg).
Nada mais que meia dúzia de pernis está contemplada no cardápio Natal do Holandês, começando pela peça que recebe uma injeção de uísque e vem temperada com mostarda (R$ 36,40/kg). Também pode vir com vinho tinto e balsâmico; temperado com ervas finas e limão ou com alho, cebola e salsa, enquanto o pernil inteiro defumado sai por R$ 53,90/kg. Já o tender é um destaque da grife por ser feito inteiramente de pernil e defumado na madeira de laranjeira, diferente do produto processado na indústria. O chef calcula uma hora de forno a 150º C para cada quilo da carne.
“Meia hora antes de retirar o assado, remova o papel de alumínio ou o saco de celofane para dourar a peça em foto baixo”, recomenda Raymond, que comanda uma equipe de 30 pessoas nas lojas e no preparo das carnes – cerca de 10 toneladas por semana – na propriedade Graumans, que fica no núcleo rural Nova Betânia, próxima a São Sebastião e distante 40 quilômetros da Esplanada.
Origem local
Ainda no reino suíno há uma porchetta temperada no vinho branco e recheada com a própria carne moída, ervas finas, uva passa, ameixa, castanha-do-pará e queijo coalho (R$ 42,90/kg). Todas as carnes, até mesmo as aves, tem DNA brasiliense. São produzidas pela Hartos, agropecuária distante 70 quilômetros da rodoviária de Brasília, de propriedade do zootecnista Alexandre Cenci, que importou matrizes americanas e foi pioneiro na criação da raça Duroc, o porco sustentável do DF.
Se você preferir frango, há defumado ou recheado com queijo coalho, uva passa, ameixa, castanha-do-pará e ervas finas, os mesmos ingredientes que recheiam também o chester desossado (R$ 39,90/kg). Amanhã as lojas funcionam das 8h30 às 14h e domingo, 24 excepcionalmente, das 8h30 às 14h. Na 306 Sul, Fernanda Reis e Francisca Maria ajudam o cliente na escolha dos cortes, enquanto o chef viajou para Holanda para passar as festas com Marga Graumans, a mãe, a mulher Wanessa e o filho Lucca, que estuda em Zundert, berço da família e cidade onde nasceu Vincent Van Gogh, maior gênio da pintura expressionista. Telefone: 3253-5080 (306 Sul).