O pai é filho de espanhóis, a mãe, de japoneses. Diego Yamazaki saiu branquinho, como europeu, e de olhos verdes no formato amendoado, como oriental. “Quando pequeno, eu tinha mais semelhança com a ascendência japonesa”, diz o chef de 28 anos, cujo objetivo desde muito tempo foi o de aprender a fazer sushi. E isso ele conseguiu ao trabalhar com o mestre Takeo, primeiro sushiman de Brasília, num restaurante em São Paulo.
Quando completou 19 anos, o paulista Diego se mudou para a capital e passou a trabalhar em telemarketing, mas queria “fazer alguma coisa mais criativa, como sushi”, por isso ingressou no curso de gastronomia do Iesb, interrompido mais tarde. Depois de algumas experiências esparsas no Plano Piloto e em Águas Claras, Diego assumiu a vocação e, em fevereiro deste ano, envergando um dólmã oriental com o nome Yamazaki San bordado no peito, abriu o Zaki Sushi, na 408 Norte, numa alusão ao seu sobrenome, cujo significado em japonês é subida (zaki) da montanha (yama).
ONU gourmet
O restô é muito pequeno — apenas 25 lugares —, mas cheio de propostas. A cozinha ocupa uma lojinha no subsolo do Bloco E e as mesas se espalham pelo corredor da galeria e numa espécie de praça colorida e alegre (o Oinc também fica lá), que parece a Vila Chaves. De segunda a sábado, a partir das 18h30 você encontra um bufê montado com diversas opções, metade tradicional, metade vegana por R$ 79, o quilo.
“É o japonês mais versátil de Brasília”, declara o jovem chef, sem ser presunçoso. Ele se refere às diversas influências no menu, inspirado nas cozinhas do Peru, como o ceviche; da Coréia, como o kimchi (nabo e acelga) e do Vietnã, como o rolinho de papel de arroz com legumes e molho de amendoim.
Barca vegana
De longe, o prato mais vistoso é a barca. Ela pode ser vegana, quando transporta sushis e rolls com cogumelos shitake e shimeji, brócolis, berinjela, tofu, tomate seco e frutas (25 peças por R$ 49,90) ou tradicional, quando leva salmão, tilápia, anchova defumada, polvo e kani, além de verduras (25 peças por R$ 59,90). Qualquer que seja a opção, a casa sugere harmonizar com a cerveja gaúcha, de Campo Bom, chamada Tokai, que saíu em três versões: casca de limão e wasabi; gengibre e pilsen.
Seis meses depois de aberto, o restô lança hoje duas novidades no cardápio. Uma delas deve ser degustada com garfo e faca: é o delicioso hambúrguer de “pão” feito de arroz empanado com farinha panko bem crocante e recheado de salmão, cream cheese, abacate e cebolinha por R$ 19,90.
A outra é o poke de origem havaiana. São cubos de peixe cru (branco ou salmão) e cogumelos marinados em um molho à base de shoyu, óleo de gergelim, gergelim, gengibre, pimenta dedo-de-moça e cebolinha servidos numa tigela com arroz no fundo. Além do havaiano, bastante picante, há mais dois molhos para o poke: tataki com shoyo, limão, azeite, ajinomoto e hondashi e o molho de ostra. Custa entre R$ 22,90 e R$ 35,90. Telefone: 3347-8108.