Depois das últimas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli a favor da liberdade de José Dirceu, o ex-presidente Lula está com esperanças de conseguir uma oportunidade para sair da prisão. É que, neste mês de recesso do Judiciário, Toffoli assumirá a presidência do STF por três ocasiões. O período mais longo será o de 23 a 27 de julho, quando o presidente Michel Temer irá, primeiramente, à reunião da Aliança do pacífico, em Puerto Vallarta, México, 23 e 24. De lá, seguirá direto para a cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Johannesburg, de 25 a 27. A Presidência da República ficará com Cármen Lúcia, a atual comandante do Supremo, e a do STF, com Toffoli.
As viagens de Temer ao México e à África ocorrerão em plena temporada de convenções partidárias para escolha dos candidatos a presidente da República. É quando o PT formalizará a candidatura de Lula e dobrará a pressão e as apostas para ver se consegue a liberdade do ex-presidente. Toffoli estará no comando do STF nesse período e, ainda, em 17 e 18 de julho, quando Temer irá a Cabo Verde. Fortes emoções muito perto de agosto, o mês da bruxa solta na política.
Se a moda pega, lascou
O que mais assustou o governo no caso do afastamento de Helton Yomura, do Ministério do Trabalho, foi, mais uma vez, a Justiça tirar de campo um funcionário de alto escalão do Poder Executivo. Há uma avaliação de que, se a moda pega, qualquer ministro sob investigação está arriscado em ter o mesmo destino.
Tá sobrando
Há quem se lembre que, hoje, tanto o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, quanto o de Minas e Energia, Moreira Franco, têm ações judiciais em curso. E o presidente vive em uma situação em que não pode prescindir deles, considerados do núcleo de poder do Planalto. Padilha, inclusive, assumiu o Ministério do Trabalho, como publicou o Blog da Denise em primeira mão ontem.
Esgotou
A nomeação de Padilha dá ao governo algum fôlego para tentar nomear um substituto até que resolva o problema de vez. O governo cansou de desgastes no Ministério do Trabalho. Há quem diga que a pasta tem problemas há tempos. Carlos Lupi, presidente do PDT, chegou a ser afastado pela então presidente Dilma Rousseff por suspeita de irregularidades.
Técnico, mas nem tanto
O presidente Michel Temer será aconselhado a oferecer o cargo do ministro do Trabalho a alguém de Minas Gerais. Se a bancada recusar, pelo menos, o presidente terá o discurso de que ofereceu. Em tempo: o deputado Saraiva Felipe (foto), que esteve cotado para ministro da Saúde, disse certa vez que, se fosse nomeado ministro,
não seria candidato a um novo mandato.
Marun defende Lula/ Sim é isso mesmo! Em entrevista ao programa Frente a Frente, da Rede Vida, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que é advogado, foi direto: “A lei é clara. No meu modo de ver, o presidente Lula ainda estaria respondendo o processo em liberdade”.
Marun acusa Lula/ Antes que o PT comemore, é bom saber que o ministro foi ainda mais incisivo quando perguntado se essa defesa incluía a candidatura: “Ele é condenado em segunda instância, e a Lei da Ficha Limpa é clara: não pode (ser candidato)”.
Imagina o Temer!/ Se Marun defende Lula, quem dirá o próprio chefe. “Tenho convicção de que não haverá terceira denúncia (contra Michel Temer)”, disse o ministro no mesmo programa, repetindo diversas vezes que Temer é um homem sério e honrado.
É hoje!/ Na Rússia, o Brasil tem time, tem técnico, tem craques e garra. Que os nossos bravos jogadores nos ajudem a acreditar que temos, realmente, a primazia nesse campo. Braasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilllllll!!!!!
Colaborou Luiz
Carlos Azedo
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