Categorias: coluna Brasília-DF

Tensão impera no PP

Os ex-diretores de logística do Ministério da Saúde se tornaram os grandes fios desencapados do governo; em especial, Davidson Tolentino, alvo da operação da Polícia Federal que investiga pagamentos suspeitos dessa área em contratos de 2016 a 2018, durante o governo Michel Temer. Naquela época, o Partido Progressista do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, comandava a pasta. Davidson saiu de lá e foi para a Codevasf, uma indicação atribuída a Ciro Nogueira. Já não está mais no cargo, justamente por causa das denúncias relativas ao Ministério da Saúde. Tolentino já fez chegar aos padrinhos que não pretende carregar tudo nas costas.

Administrativa

Os adiamentos da votação da reforma administrativa na Câmara indicam que o governo terá dificuldades em aprovar o texto. A avaliação geral dos partidos é a de que essa reforma não terá votos suficientes para aprovação no plenário da Câmara.

Te cuida, Ciro
Aliados do PT começam a espalhar aos sete ventos que o presidente do PDT, Carlos Lupi, vai puxar o tapete eleitoral do ex-ministro, ex-governador do Ceará e ex-deputado Ciro Gomes para apoiar Lula. Lupi tem sido procurado  insistentemente para fechar com o petista.

Tabata fará o que o partido determinar
O PSB tende a apoiar Lula na eleição do ano que vem, a depender ainda de certos estaduais. Os socialistas querem apoio em Pernambuco, no Espírito Santo e pretendem ainda angariar o respaldo do PT para Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, Tabata Amaral pode terminar no mesmo palanque que Lula em São Paulo.

Apostas tucanas
As contas tucanas apontam que, tecnicamente, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, teria hoje mais votos que o de São Paulo, João Doria. Só tem um probleminha: Doria tem muito mais volume de campanha hoje para tentar virar o jogo.

E o Pacheco, hein?
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem estendido o tapete vermelho para os pedessistas na Casa. Por exemplo, concedeu ao PSD a relatoria da reforma do Imposto de Renda. Quem queria o cargo era o líder do MDB, o senador Eduardo Braba, que fez questão de participar da solenidade de comemoração dos 10 anos do PSD.

Curtidas

Um novo capitão Rodrigo/ Os congressistas identificam em Rodrigo Pacheco hoje o que Rodrigo Maia representou nos tempos em que era presidente da Câmara. Naquela época, Maia ouvia todo mundo, mas fazia o que queria. Pacheco segue no mesmo caminho.

Federação sob risco/ O líder do PCdoB, Renildo Calheiros, busca aliados na Câmara e no Senado a fim de dar quórum a uma sessão do Congresso que possa derrubar o veto à federação de partidos. É que, se esse veto não for derrubado até 2 de outubro, acabou.

Freud explica/ Depois do discurso em que Jair Bolsonaro pintou um Brasil cor-de-rosa na ONU, os bolsonaristas tentaram defender a fala presidencial levando às redes sociais trecho de uma entrevista que a então presidente Dilma Rousseff concedeu em 2015, nas Nações Unidas, mencionando que o mundo se beneficiaria de uma tecnologia para estocar vento. Pelo visto, faltaram argumentos para defender a “credibilidade” do Brasil lá fora e as maravilhas ditas pelo atual presidente a respeito da economia nacional.

À flor da pele/ Considerado um dos mais cordatos e educados ministros do governo, Wagner Rosário, da CGU, reconheceu que errou ao chamar a senadora Simone Tebet de “descontrolada”. Menos de 24 horas antes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desfilava numa van em Nova York distribuindo gestos obscenos a manifestantes brasileiros. Sinal de que a vida dos ministros não está nada cor-de-rosa.

E o Luís Miranda, hein?/ Ele buscou socorro entre os senadores para que o ajudem no Conselho de Ética da Câmara.

Denise Rothenburg

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