Responsabilizado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, de causar o atraso na análise do Orçamento de 2021, o ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia, foi se defender no twitter, acusando Maia de defender um “orçamento criativo” ao propor uma emenda que tira do teto o Pronampe, ou seja o crédito às empresas de R$ 16 bilhões para sancionar a emenda de relator no mesmo valor. É nesses acréscimos do relator, Márcio Bittar (MDB-AC) é que estão as emendas extras, acertadas, segundo parlamentares, para a eleição de Lira. Os tuítes de Maia foram uma resposta aos de Arthur Lira, que, mais cedo, num recado ao governo, deveu o cumprimento do acordo para sanção do Orçamento, dizendo que as críticas ao texto aprovado pelos deputados e senadores “são injustas e oportunistas”.
A briga entre os dois indica que o clima na Câmara não é nada ameno e que Maia, queira Lira ou não, está hoje alinhado com Paulo Guedes, na defesa de vetos à proposta aprovada. Resta saber se Maia conseguirá levar alguns aliados de Lira para o seu lado, a fim de dar mais lastro à equipe econômica. A contar pelas apostas de Lira, o interesse do Centrão agora é derrubar o ministro Paulo Guedes. Resta saber se o presidente Jair Bolsonaro cederá a mais essa pressão sobre seu governo.
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