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Protejam a rainha!

Protejam a dama!

Em conversas reservadas, ministros do governo têm dito que o procurador Rodrigo Janot forçou a mão ao inserir nos pedidos de inquéritos trechos que citavam a presidente Dilma Rousseff (aquele em que Paulo Roberto Costa afirma ter enviado recursos para a campanha dela de 2010, via Alberto Youssef, que nega. E, em segundo, aquele em que Youssef, sem apresentar qualquer elemento de prova, diz que ela sabia do esquema). Coube a Teori Zavascki colocar os pingos nos “is” ao dizer que não há o menor indício contra a presidente da República.

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Em tempo: a crítica do governo ao procurador está diretamente relacionada ao período delicado da política. 

Em conversas reservadíssimas, ainda que preliminares, oposicionistas têm colocado como condição para o fim da crise o afastamento da presidente Dilma Rousseff. E, embora não haja nada contra ela, a simples menção nesse momento pode ser avassaladora.

O peão e o bispo

Os peemedebistas reclamam do estrago a que foram submetidos, mas no público interno há quem diga que poderia ter sido pior, caso Fernando Soares, o Fernando Baiano, aceitasse a delação premiada. No caso do PT, o nome que pode promover mais estragos é o do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ou seja, nem tudo está dito no que se refere à corrupção no governo e no parlamento, e tampouco todos os listados até agora podem ser desde já incluídos na lista de “culpados”. A crise está apenas começando.

Era praxe

Os advogados que agora vão ganhar muito dinheiro defendendo os políticos na Lava-Jato contam que “normalmente”, o Ministério Público ouvia os políticos antes de partir para os pedidos de abertura de inquérito, prática que muitas vezes evitava a exposição em casos sem comprovação ou com indícios frágeis para justificar uma investigação. Desta vez, não houve essa chance.

Vida de Pepe

Os líderes notaram: na reunião essa semana no Planalto, a presidente fez uma exposição, e passou a palavra a Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Depois, foi a vez de Aloizio Mercadante, da Casa Civil, falar da política. Pepe Vargas, de Relações Institucionais, não foi nem sequer citado pela presidente Dilma. A condução política está a cargo de Mercadante e do líder do governo, José Guimarães.

Sem defesa

Com o mandato cassado essa semana no TRE de Rondônia, o ex-governador Confúcio Moura (PMDB) terá dificuldades em obter uma ajudinha dos peemedebistas de Brasília em seu recurso para retomar o cargo. É que estão todos tão focados na Lava-Jato que ninguém tem tempo para mais nada.

Agora vai

Apesar do tumulto, a CPI da Petrobras tende a ser diferente das outras. Além das sub-relatorias, algo criado na CPI do Orçamento, a contratação da Kroll dará um ar de “não colocaremos nada para debaixo do tapete”, como tem repetido o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB).

CURTIDAS    

Insones…/ O presidente do Senado, Renan Calheiros (foto), tem dormido cerca de quatro horas por noite, assim como o da Câmara, Eduardo Cunha.

…e Furiosos/ O que Calheiros diz sobre o governo Dilma ruborizaria os mais afeitos ao palavreado chulo. Cunha, por sua vez, é direto: “Vou partir para cima”.

Joaquim na roda/ O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi destaque na festa de lançamento do site Fato Online essa semana em Brasília. Em sua mesa, houve filas para fotos e cumprimentos. Parecia até candidato a presidente da República. “Não sou filiado a partido político, eu não sei por que ninguém acredita, mas eu não sou candidato”, afirmou.

Mudança de hábito/ O ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP), hoje suplente de José Serra no Senado, surpreendeu suas visitas essa semana, ao servir água e café em copos descartáveis. O que até bem pouco tempo era considerado meio grosseiro pelas elites paulistanas, hoje é praxe. Sabe como é, gasta-se litros e litros de água para lavar copos e xícaras.

Denise Rothenburg

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