É bom o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, ficar mais esperto, porque muita coisa vai passar por baixo da ponte que ele montou com o mantra “Previdência, Previdência e Previdência”. Na última terça-feira, durante conversa reservada das autoridades, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, quis saber dele se havia alguma preocupação com o Orçamento de 2019. Guedes respondeu que sua preocupação era a Previdência.
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Nesses termos, os senadores presentes se sentiram à vontade para cumprir a parte deles no acordo que havia sido selado entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o presidente Michel Temer em agosto, quando da elaboração do Orçamento do próximo ano. Agora, Temer vai esperar a decisão do Supremo a respeito do auxílio-moradia, que deve ser restrito a casos específicos, mediante apresentação de nota fiscal de pagamento do aluguel.
Numa conversa, dia desses, em Brasília, Renan Calheiros comentou com políticos que está “contando votos”. Se ele sentir que tem espaço para conquistar a Presidência da Casa agora, não abrirá a vaga para a atual líder do MDB, Simone Tebet (MS).
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi recebida entre os políticos como “mais um golaço” do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ela já chegou em busca de uma pacificação com o presidente da UDR, Nabhan Garcia, que pretendia indicar o futuro ministro e perdeu espaço para a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), presidida pela deputada.
Filiada ao DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Tereza será fundamental, ainda, no suporte à articulação política, a cargo de Onyx Lorenzoni. Ela tem o mapa da bancada do agronegócio e pontes com outros partidos essenciais para aprovação de reformas, em especial, a da Previdência.
Como a coluna adiantou logo depois da eleição, os senadores começaram a se movimentar para ver se aprovam a lei do abuso de autoridade ainda neste ano. Tem muita gente achando que, depois da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e, por tabela, do ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai ficar mais difícil.
Melhor assim I/ O adiamento da viagem do deputado Eduardo Bolsonaro (foto) foi visto como uma das medidas mais acertadas do parlamentar até aqui. Quem deve ter o primeiro contato oficial com o governo dos Estados Unidos deve ser o próprio presidente eleito ou os futuros ministros de Relações Exteriores e da Economia. Filho de presidente eleito não é posto para missão oficial.
Melhor assim II/ A outra decisão acertada de Eduardo foi aproveitar a reunião reservada das autoridades no gabinete de Eunício Oliveira, na terça-feira, para pedir desculpas ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, sobre exageros verbais no calor da campanha. Toffoli, relatam senadores, disse que esse assunto estava encerrado.
Melhor assim III/ Por esses dias, aliás, Eduardo vem sendo nominado entre os colegas como “Eduardinho paz e amor”. Que Deus conserve!
Fabinho liderança em ação/ O novo ano não começou, mas o primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), já está em plena movimentação, com um grupo de moças encarregado de receber os parlamentares que prontamente ganham um convite para os fartos almoços de comida mineira que o deputado costuma oferecer em sua residência.
Rodrigo Maia não fica atrás/ Na Presidência da Câmara não tem sido diferente. Deputados que chegam têm sido recebidos com tapete vermelho na residência oficial.
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