Por Carlos Alexandre de Souza — O aumento de 2,9% no PIB em 2023, graças ao desempenho extraordinário do agro, reforçou a vocação do Brasil como uma potência global na produção de alimentos. Essa posição revela-se estratégica para a política comercial do país, particularmente em um contexto que inclui mudanças climáticas, negociações complexas entre o Mercosul e a União Europeia e conflitos localizados, com efeitos econômicos de maior ou menor alcance.
Como era de se esperar, o governo Lula comemorou o resultado da atividade econômica. Mas os índices registrados nos serviços e particularmente na indústria tornam ainda mais relevante a missão do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Equilíbrio fiscal, melhores condições de investimento e reabilitação da indústria serão fatores críticos para o país obter um crescimento econômico de maior qualidade e menos dependente do agronegócio.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, tem agenda em Brasília na próxima semana. Na quarta-feira, ele se encontrará com o colega Lula da Silva. É certo que os dois chefes de governo tratarão das negociações entre Mercosul e União Europeia, que se encontram em estágio delicado. O governo de Sánchez é favorável ao acordo, mas enfrenta protestos dos produtores rurais espanhóis.
Ainda na quarta-feira, Sánchez se encontra com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Em Manaus, o presidente em exercício Geraldo Alckmin retomou o ofício de médico. Ele acudiu um integrante da equipe da Empresa Brasil de Comunicação que passou mal durante evento sobre a Zona Franca de Manaus. Alckmin mediu a pulsação do paciente e, após fazer um sinal de “ok”, ajudou o homem a se levantar.
Em mais um protesto contra a ação militar de Israel em Gaza, a primeira-dama Janja da Silva comentou o drama dos civis palestinos. “A população não tem nem 1% da comida que precisa e, no meio da guerra, morre com tiros enquanto luta para não morrer de fome. A alimentação é um direito básico, assim como o direito à vida”, escreveu.
O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes , foi às redes sociais para render homenagem ao servidor Jacob Barreto, que se aposentou após 32 anos dedicados ao STF. “Jacob exerceu cargos importantes na Secretaria de Controle Interno e encerrou sua trajetória como servidor em meu gabinete, tendo sempre prestado um trabalho diligente e irretocável. Registro meus sinceros agradecimentos e desejo que essa nova etapa seja repleta de alegria, saúde e vida”, escreveu o ministro.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima quarta-feira a continuidade do julgamento sobre a ação que trata da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Até agora, há cinco votos para afastar a criminalização, com a fixação de parâmetros para diferenciar usuários de possíveis traficantes.
Os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Romeu Zema (Novo), de Minas; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, demonstraram apoio à proposta discutida no Senado que prevê acabar com a reeleição para cargos de presidente, governador e prefeito e ampliar o mandato para cinco anos. Todos os três foram reeleitos em 2022. A medida é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Há 30 anos, em 1º de março, o Brasil iniciava um ciclo virtuoso na economia. A adoção da Unidade Real de Valor (URV) foi o primeiro passo para a adoção do Plano Real, em julho de 1994. Graças ao empenho de homens públicos como Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, além de uma geração excepcional de economistas, o país se libertou da hiperinflação e encontrou a estabilidade monetária. Que esse episódio histórico inspire os rumos econômicos do país em 2024.
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