Por Denise Rothenburg — Os últimos movimentos do PT nestas eleições municipais têm sido na direção de amarrar apoios para 2026. Seja em Maceió, seja no Rio de Janeiro, onde o partido de Lula abriu mão de concorrer para se aliar a parceiros no plano nacional, o olhar é rumo à disputa presidencial. No Rio, a ideia é deixar Eduardo Paes no papel de devedor mais à frente. Na capital alagoana, o PT apoiará Rafael Brito (MDB), de forma a reforçar os laços com Renan Calheiros, apesar de Arthur Lira, o presidente da Câmara que tem sido leal ao governo.
O PT não acredita que terá o apoio de Arthur Lira em 2026. Afinal, o presidente da Câmara tem mais laços com o PL do que com o PT. E Ciro Nogueira, presidente do PP, partido de Lira, tem sido oposição ao governo, embora mantenha uma relação
amistosa com muitos petistas.
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O fato de Colômbia, México e Brasil lançarem uma nota conjunta vai muito além da simples cobrança pelas atas eleitorais. O que mais preocupa os três países com governos de esquerda é a escalada da violência nesse período pós-eleitoral. Não vai dar para aplaudir uma eleição com tantas mortes, nem abrir mão da defesa da democracia.
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Enquanto a área econômica do governo trabalha os cortes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, anuncia mais obras do PAC, desta vez, no Rio Grande do Sul, estado que passou pela tragédia das enchentes. O valor é quase igual aos R$ 8 bilhões previstos em cortes do Programa de Aceleração do Crescimento.
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O comandante do Instituto Fiscal Independente, Marcus Pestana, considera que, num orçamento de R$ 2,3 trilhões, um corte de R$ 15 bilhões, como prometeu o governo, é acessório. Afinal, em pleno ano eleitoral, o governo terá dificuldades em promover cortes na folha de salários e nos benefícios previdenciários ou tributários.
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As dificuldades do governo em negociar a desoneração da folha indicam que não será fácil promover cortes em outros setores, sejam de salários, sejam de benefícios. Este ano, avisam alguns, é a reforma tributária e acabou.
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Nem vem…/ Os deputados não querem saber de cortes nas emendas, de liberação obrigatória, conforme a determinação constitucional. Ainda mais em se tratando de ano eleitoral. Ou seja, o governo que se resolva.
… que não tem/ O governo, porém, não pretende arcar com os problemas sozinho. A ideia central é culpar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), e a herança que recebeu de Jair Bolsonaro. Aliás, essa narrativa já está em curso, usada no pronunciamento de Lula no
último domingo.
Enquanto isso, nas Alagoas…/ Com a chegada do PT à campanha de Rafael Brito em Maceió, o MDB de Renan Calheiros pretende reproduzir a polarização nacional num estado onde Lula foi vencedor em 2022. Só tem um probleminha: em Maceió, quem venceu foi o ex-presidente Jair Bolsonaro, partido do prefeito JHC,
candidato à reeleição.
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