Coluna publicada em 28 de setembro, por Carlos Alexandre
Após reiterar suas convicções sobre a agenda internacional no plenário das Nações Unidas, o presidente Lula retorna ao Brasil com alguns embaraços e ao menos duas missões complicadas na bagagem. As declarações sobre o acordo da Ucrânia e a acusação de que o governo de Israel comete genocídio no conflito contra o Hamas e o Hezbollah, além de não serem novas, tiveram efeito nulo sobre esses conflitos.
A ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu contra Beirute e outras localidades nos últimos dias mostrou que os apelos da comunidade internacional caíram no vazio. Mais do que gastar saliva em fóruns internacionais, o governo Lula precisa correr para retirar os brasileiros que estão na linha de fogo de Israel no Líbano.
Há ainda questões internas e regionais que precisam ir além do discurso. Como não se ouviu nenhuma palavra sobre a escandalosa manobra de Nicolás Maduro para se manter no poder em um simulacro de eleição, prossegue o constrangimento, para o Brasil, de ter como vizinho um regime que agride a democracia sem qualquer escrúpulo, instituindo um regime de exceção na América do Sul.
Por fim, o governo Lula precisa ter uma ação mais efetiva no problema ambiental, agravado pela onda de queimadas. Há muito a se fazer para o Brasil chegar à COP 30 em Belém com um repertório de medidas concretas que tratem de desmatamento, licenciamento ambiental, regularização de terras indígenas e outras urgências.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli anulou as decisões contrárias ao Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, investigada na Operação Lava-Jato. Toffoli entendeu que a conduta do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da força tarefa corroeu “as bases do processo penal democrático”. Com a decisão, Léo Pinheiro obteve o mesmo benefício concedido a Marcelo Odebrecht, personagem central do escândalo do petrolão.
Homenageado durante o seminário Lide de governança corporativa, o chairman do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, alertou para a distância entre a prática empresarial e a política. “A capacidade empresarial do brasileiro é indiscutível. Temos exemplos de grandes competências. Por que falhamos tanto no campo político?”, questionou em discurso. Elie Horn, sócio-fundador da Cyrela, também recebeu homenagem do grupo Lide.
A Justiça paulista concedeu medida protetiva a Duda Lima, marqueteiro do candidato à prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes, contra Nahuel Medina. No início da semana, o assessor de Pablo Marçal deu um soco em Duda Lima. O juiz Mens de Mello determinou que o agressor e a vítima fiquem a uma distância de no mínimo dez metros. Há uma expectativa do que pode acontecer nos próximos debates entre os candidatos.
Os efeitos econômicos da crise climática continuam. A conta de luz vai ficar mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira vermelha, patamar 2, a partir de outubro. Um dos motivos é falta de chuvas e o encarecimento da energia elétrica. Com o reajuste, serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O Ministério Público Federal será o anfitrião do primeiro encontro entre os procuradores-gerais dos países membros do G20. A reunião terá, entre outros objetivos, estreitar a cooperação para o combate ao crime organizado. Estão na mira ilícitos transnacionais como tráfico de pessoas, crimes cibernéticos e ambientais. A Cúpula ocorrerá no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de outubro.
Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, “tratase de uma iniciativa pioneira, que proporcionará um foro global de diálogo entre os chefes do Ministério Público dos países integrantes do grupo, fomentando o intercâmbio de conhecimento entre os órgãos de investigação e persecução penal sobre temas jurídicos estratégicos na atualidade.”
Quarta-feira, 14h, Rodoviária do Plano Piloto. Localizado entre o Palácio do Planalto e o Palácio do Buriti, o terminal que ocupa lugar central na história de Brasília está em estado de lástima. Apenas uma escada rolante funcionava no local. Em vários pontos, ambulantes vendiam o que podiam – frutas, camisetas, bermudas, fones de ouvido e toda sorte de produtos – em tabuleiros improvisados ou em cima de panos esticados ao chão. Tão perto do poder, tão longe da cidadania, a Rodoviária está esquecida.
Personagem histórico de Ceilândia, o ex-senador e ex-deputado distrital Eurípedes Camargo recebe homenagem hoje. Além de fundador da Associação dos Incansáveis Moradores de Ceilândia, grupo fundamental para a valorização dos direitos dos moradores da cidade, Camargo participou ainda da elaboração da Lei Orgânica do Distrito Federal. A homenagem será às 15h, na Escola Parque Anísio Teixeira (EPAT), em Ceilândia Sul.
Coluna publicada em 27 de setembro, por Carlos Alexandre Eleição só se define com a…
Coluna publicada em 26 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre Em resposta à calamidade…
Coluna Brasília/DF, publicada em 25 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre O Brasil está…
Coluna publicada em 24 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre A preços de…
POR LUANA PATRIOLINO — A disputa para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência…
Coluna publicada em 21 de setembro de 2024, por Luana Patriolino Os recentes jantares do…