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No jantar, o esforço para reaproximar Bolsonaro e Olavo de Carvalho

O jantar na residência da Embaixada do Brasil em Washington foi o local perfeito para que o presidente Jair Bolsonaro diluísse a irritação, depois de ter lido que o escritor e professor Olavo de Carvalho no último Sábado, tratara seu governo como algo que, a continuar como está, seriam mais seis meses e acabou. Foi toda uma operação para que os dois conversassem e se acertassem depois das declarações polêmicas, que o presidente não gostou e manifestou seu descontentamento ao ponto de muita gente apostar que haveria um distanciamento entre Bolsonaro e Olavo de Carvalho. Porém, quem fez essas apostas dentro do governo, perdeu horas depois.

Como os mais próximos do presidente costumam dizer, Olavo de Carvalho só quer o bem de Bolsonaro, a quem considera um homem bom e interessado em servir o país. Nesse sentido, o professor foi colocado estrategicamente ao lado direito do presidente, para que os dois pudessem trocar ideias. Steve Bannon, o ex-conselheiro da Casa Branca, ficou do lado esquerdo de Bolsonaro. O presidente fez inclusive um brinde ao professor Olavo, a quem Paulo Guedes chamou de “líder da revolução liberal no Brasil”.

Antes da fala do presidente, agradecendo a recepção do Embaixador Sérgio Amaral, que será substituído em breve, o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou o projeto do governo para a sua área e demonstrou otimismo com o crescimento. Guedes disse, por exemplo, que o país pode mudar de patamar depois de aprovada a Nova Previdência. Eles saíram da embaixada depois das 22h. (23h, hora de Brasília)

Há toda uma preocupação dos mais próximos de Bolsonaro para que ele nãos e distancie daqueles que, apesar de tecerem críticas, estão preocupados e defendem o sucesso do governo. Não por acaso, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, colocou em seu Twitter que havia sido sensacional o encontro entre Olavo e o presidente Jair Bolsonaro e se referiu ao jantar como “grande noite na embaixada do Brasil nos Estados Unidos”. Sabe como é, não dá para afastar quem torce a favor. É de gente “do contra”  que o presidente precisa manter distância.

Denise Rothenburg

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