Não mexam com quem está quieto

Da coluna Brasília-DF publicado em 21 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg

Revelado o plano para matar o presidente Lula; o vice, Geraldo Alckmin; e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, petistas da mais alta cúpula discutiram várias ações, de um pronunciamento do presidente em cadeia nacional de rádio e tevê à convocação de manifestações de rua em defesa da democracia e “não à anistia”. Essas ações, no entanto, foram prontamente rechaçadas pelos mais centrados no governo e no PT. Não é hora de tentar tirar proveito nem de medir a popularidade em função dessas prisões de militares. O momento é de sobriedade e de trabalho no governo. E de aguardar o desfecho das investigações sobre aqueles que planejaram assassinar as autoridades.

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Os petistas há tempos perderam a hegemonia das manifestações de rua. Um chamamento agora, se não fosse amplamente atendido pela população, só animaria os oposicionistas ávidos por ver Lula fora do poder. E ainda deixaria o presidente exposto. A Polícia Federal não descarta a existência de outros terroristas por aí, esperando uma brecha na segurança para atacar, tal e qual o homem-bomba que se explodiu no último 13 de novembro. Nesse sentido, todo o cuidado é pouco.

Apostas sobre o “Juca”

Em conversas reservadas, políticos especulam dois nomes a respeito de quem teria o codinome “Juca” capitado nas conversas daqueles que planejaram um golpe de Estado em 2022. Os investigadores não arriscam dizer, mas os políticos põem dois nomes na roda. O principal é o do ex-ministro José Dirceu, que continua orientando parte dos petistas nos bastidores. O outro é o do ex-ministro da Justiça e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.

E o Mauro Cid, hein?

Hoje é a última chance para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro contar tudo o que sabe. Se houver uma omissão ou mentira, adeus benefícios da delação premiada.

Avaliação de quem conhece

Os bolsonaristas mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro acreditam que Mauro Cid não irá comprometer o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele se manterá firme na tese que o ex-presidente jogou o tempo todo dentro das quatro linhas da Constituição.

Termina logo, vai

Os parlamentares não veem a hora de acabar com as sessões plenárias de 2024. Se o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino liberar as emendas, eles votam a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento de 2025 e, talvez, a reforma tributária. Se não liberar, nem isso.

Entre China e Estados Unidos…

O Brasil negocia cada vez mais com a China, hoje seu principal parceiro comercial. Seja na indústria, seja no agro

CURTIDAS

A onda de Tarcísio/ O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), volta os olhos totalmente a um projeto reeleitoral. Com o presidente Jair Bolsonaro ocupando a cadeira de pré-candidato, ele jamais se apresentará para uma empreitada ao Planalto.

Segurança reforçada I/ Jornalistas de emissora de tevê que tentaram chegar ao Palácio da Alvorada por transporte de aplicativo durante a visita de XI Jinping a Lula, não puderam passar. Só passava pelas barreiras quem estivesse com o carro da emissora e credencial especial emitida apenas para aquele evento. Não teve choro nem vela, nem para quem estava com credencial especialmente emitida para o evento.

Segurança reforçada II/ Na entrada da garagem do Palácio do Planalto, os ocupantes de todos os carros tinham que desembarcar na porta, enquanto o carro era submetido à revista antibombas.

80 anos de José Jorge/ O ex-senador pernambucano reuniu amigos e antigos colaboradores numa festa junina no Iate Clube de Brasília nesta quarta-feira, para comemorar seus 80 anos. Candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin em 2006, José Jorge (foto) conseguiu arrastar vários amigos para Brasília em pleno feriado. Alguns dispensaram o jantar com XI Jinping para abraçar o aniversariante e sua esposa, Socorro, que também comemorou mais uma primavera. Coisa rara.

Denise Rothenburg

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