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Na roda das privatizações

As empresas do setor elétrico que tiveram o controle acionário repassado dos estados para a Eletrobrás serão as primeiras na fila da privatização. A Celg (Centrais Elétricas de Goiás) abrirá a porteira. É que, diante da situação da Eletrobrás, o governo não tem como manter tudo. A ideia é reorganizar o setor elétrico, de forma a aliviar as empresas públicas. Afinal, é voz corrente na gestão de Michel Temer que o sistema só não entrou em colapso porque o país não cresceu e o consumo de energia

Ginástica olímpica I
Descoberto por que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, partiu como um leão para dizer que não manteria o antecessor, Ricardo Leiser, na equipe. Assim que assumiu, ele descobriu que as secretarias da pasta tinham sido esvaziadas e as funções repassadas para a Secretaria de Alto Rendimento.

Ginástica olímpica II
Inicialmente, o governo de Michel Temer planejava alocar Leiser na Secretaria de Alto Rendimento. Ontem, porém, a Casa Civil informou que sai hoje um novo decreto para redistribuir as funções dentro do Ministério do Esporte.

Foco
O governo já tem uma radiografia da situação da base. O maior problema é o Nordeste, onde a presidente afastada, Dilma Rousseff, ainda tem algum poder de fogo. Não por acaso, é ali que Michel Temer se concentrará nos próximos dias.

Sérgio e Marcelo
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o empresário Marcelo Odebrecht são hoje os homens mais temidos. Um por parte da cúpula do PMDB no Senado e o outro pelo PT.

Pior sem ele
O governo de Michel Temer vai continuar apostando no voto do senador Cristovam Buarque a favor do impeachment. É que o suplente do ex-governador é Vilmar Lacerda, que presidiu o PT no DF. Esse sim, voto certo em prol do retorno de Dilma Rousseff. Em compensação, com a saída de Walter Pinheiro (sem partido-BA), assume Roberto Muniz, do PP, hoje aliado a Michel.

Cálculos palacianos
Os assessores do presidente em exercício calculam que o tiroteio sobre o governo Michel Temer prosseguirá pelo menos até a votação do impeachment em agosto. Todos os líderes responsáveis por ajudar na articulação política já foram acionados para ficarem em alerta máximo até lá, especialmente, no Senado.

Ausente/ O presidente do Senado, Renan Calheiros, não compareceu à solenidade de posse dos presidentes dos bancos públicos ontem no Planalto. Os políticos registraram a falta.

Presente!/ Renan, o papa dos gestos dúbios, reuniu os líderes no fim da tarde e avisou que o Senado não será fator de instabilidade no país. Ele trabalhará daqui para frente no sentido de separar as estações Lava-Jato e pauta do Senado. O contribuinte agradece.

O tour de Maranhão/ O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, também não foi, mas o segundo-vice, Fernando Giacobo, e o primeiro-secretário, Beto Mansur, compareceram. Eles hoje comandam a Câmara. Maranhão, que não consegue presidir uma só sessão da Casa, vai passar mais de uma semana fora. Além do Chile, ele vai também à Espanha.

A lista do Alvorada/ Circula nos gabinetes palacianos a lista de 37 pessoas (32 civis e cinco militares) que a presidente afastada, Dilma Rousseff, levou para assessorá-la nesse período até a votação do impeachment. Só de assessores especiais, são 14. Isso sem contar os lotados no Alvorada.

Denise Rothenburg

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