Com a terceira via praticamente travada, os times dos “polarizados”, Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, preparam, cada um, o discurso para pedir aos eleitores que evitem dar sobrevida ao adversário e tentem resolver a eleição ainda no primeiro turno. Para o PT, o desafio é grande, porque embora lidere as pesquisas de intenção de voto com certa folga, o partido jamais levou uma eleição no primeiro turno, nem mesmo no tempo em que o ex-presidente Lula venceu, em 2002, ou foi reeleito, em 2006. Até aqui, o único a conseguir essa façanha foi Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
No PT, a esperança de vitória do primeiro turno vem pelo fato de Geraldo Alckmin, adversário em 2006, ter se juntado ao ex-presidente como companheiro de chapa. Só tem um probleminha: Alckmin até aqui não mostrou a que veio e o time que seguiu com ele para o PSB é modesto. Falta combinar com o eleitor.
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Da parte ds bolsonaristas, a ideia de pregar o voto útil virá bem mais à frente, repisando dia e noite o que consideram o “perigo” da volta daqueles que foram alvos da Operação Lava Jato. Nesse sentido, vão entrar em cena todas as gafes de Lula nos últimos tempos, como o caso do discurso em que o petista declarou que “Bolsonaro não gosta de gente, só de policiais”.
Socializaram o vírus
O Congresso do PSB em Brasília há uma semana teve como saldo, pelo menos, 34 casos de testes positivos de covid-19 contabilizados por alguns integrantes do PSB paulista. Entre eles, o ex-governador Geraldo Alckmin. Pelos salões de conferência do hotel Golden Tulip circularam quase mil pessoas, a maioria sem o uso de máscara.
Hora da verdade I
O comando do MDB tem reunião marcada para discutir, política e administrativamente, a pré-campanha da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República. Será o momento para os senadores que torcem pelo apoio a Lula exporem suas opiniões.
Hora da verdade II
A avaliação interna é a de que a maioria da legenda está com a senadora, até porque as qualitativas do partido, como o leitor do Correio já sabem, têm sido favoráveis a candidaturas alternativas à polarização.
CURTIDAS
Prevenção política/ O mal-estar do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin por causa da covid-19 era tanto que ele preferiu gravar o discurso de hoje no evento de pré-lançamento da candidatura de Lula. Inicialmente, ele pretendia falar de improviso, ao vivo, como tem feito.
Minha turma vai/ O ex-governador, disposto a prevenir maledicências sobre sua ausência, pediu ao deputado Floriano Pesaro que o representasse no ato de hoje em São Paulo.
Começou cedo/ O deputado Sanderson (PL_RS) entrou com um pedido de investigação da escolta armada do ex-presidente Lula sobre a legalidade do uso ostensivo do que “parecia ser”, segundo o parlamentar, uma submetralhadora UMP45, de uso exclusivo das forças de segurança. O caso ocorreu na visita de Lula a um condomínio de alto padrão em Campinas.
Em tempo/ Vale lembrar que, enquanto ex-presidente da República, Lula tem direito a escolta. Porém, o pedido feito por Sanderson cita que os seguranças do ex-presidente recolheram faixas contrárias ao petista no condomínio. O pré-candidato do PT estava lá para uma visita ao físico Rogério Cerqueira Leite.
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