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A oposição passa esses dias de janeiro juntando as falas do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a uma rádio de Salvador e comparando com aquelas feitas em meados de dezembro, quando da saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Lá atrás, Wagner disse que quem comandava a política econômica é a presidente Dilma Rousseff. Agora, menciona que erros foram cometidos em 2013 e 2014, os dois últimos anos do primeiro mandato da presidente. Para a oposição, está claro que os erros foram de Dilma e até seu ministro reconhece.

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É por aí que a banda vai tocar daqui para frente entre os oposicionistas interessados no impeachment. O enredo será no sentido de tentar provar que Dilma deixou de adotar as medidas corretas lá atrás para garantir a reeleição.

A nova arma…
Os peemedebistas que apoiam Leonardo Quintão para líder vão tirar da gaveta um documento aprovado por aclamação na reunião da bancada de fevereiro do ano passado, quando Leonardo Picciani venceu a disputa por um voto. Dizem os aliados de Quintão que o tal documento prevê que a recondução de um líder do PMDB deve ser feita apenas se houver o apoio de dois terços da bancada.

…Contra Picciani
Hoje, ninguém no PMDB reúne dois terços dos votos. Nessa abertura da temporada de 2016, continua a diferença entre um e dois votos. Tal e qual em fevereiro de 2015. Logo, muitos consideram que, se o documento valer, Picciani estará impedido de buscar a recondução. Ainda que seja por meio de uma votação secreta da bancada.

Avançou o sinal
Aliados da presidente Dilma Rousseff ficaram preocupados com a declaração do ministro Jaques Wagner sobre um placar amplamente favorável ao governo no processo de impeachment que tramita na Câmara. Sabe como é, não se pode contar com o ovo dentro da galinha. Ainda mais nesse período em que as coisas estão no aquecimento.

Barbosa, a incógnita
A classe política está oficialmente em férias, mas não tira o foco das notícias sobre o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e as medidas econômicas que o governo pretende adotar. Ninguém consegue entender como o ministro deixará de cortar despesas sem pedalar, uma vez que, em termos de votos, a disposição política para novos impostos, leia-se a CPMF, continua abaixo do que o governo precisa.

Divisão em casa/ O deputado Newton Cardoso Júnior esteve ontem na sede do PMDB de Minas Gerais. Foi conversar com Antônio Andrade sobre a disputa para líder do partido na Câmara e também sobre o fato de Leonardo Quintão querer ser líder e, ao mesmo tempo, candidato a prefeito.

“Lava-Jato on vacarion”/ É assim que um dos principais personagens da operação de combate à corrupção descansa em merecidas férias. Na manhã de ontem, fazia troça com ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso por corrupção, trocando o “T” da palavra férias em inglês, vacation, pelo “R” de Vaccari.

Nem tudo está parado/ Quem está a pleno vapor é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (foto), estudando tudo sobre recursos cabíveis para apresentar ao Supremo Tribunal Federal em breve contra o fim das candidaturas avulsas para formação da comissão especial do impeachment.

Nem tudo está perdido/ A presidente Dilma comemorou o anúncio da Nissan, de produzir o SUV Kicks no Brasil, um investimento de R$ 750 milhões e 600 novos empregos. Foi uma das melhores notícias que ela recebeu ontem.

Por falar em comemorar…/ Quem é só alegria nesse início de ano é o ex-governador do Espírito Santo Renato Casagrande. A unidade da Federação ocupou o primeiro lugar no quesito sustentabilidade fiscal, dentro do ranking da competitividade dos estados brasileiros, produzido pelo Centro de Lideranças Públicas em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Unit. Casagrande tem dito que essa é a prova de que deixou uma excelente herança para o sucessor, Paulo Hartung.

Denise Rothenburg

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