Paralelamente às punições pelos atos de vandalismo e terror em 8 de janeiro, as autoridades começam a buscar quem ocupará a Secretaria de Segurança do Distrito Federal. A tendência, hoje, é nomear Claudio Tusco, delegado da Polícia Federal. Tusco esteve cotado para dirigir a corporação, mas o escolhido foi Andrei Rodrigues. Ele é ligado ao PT, tem a confiança do partido e, por tabela, do presidente Lula, e já atuou na Secretaria de Segurança Pública do DF como assessor, no governo Agnelo Queiroz. É o nome mais forte hoje.
A governadora em exercício, Celina Leão, já avisou ao governo federal que a escolha será feita em comum acordo e que não vai se opor a sugestões. O momento, aliás, é de pacificação. Ninguém hoje tem interesse em queda de braço, sabendo que ainda há risco de ataques em Brasília e no Brasil como um todo. Afinal, há muitos radicais à solta.
No governo federal, a avaliação é que a poeira da crise de confiança entre o Planalto e parte dos militares, gerada a partir dos ataques de 8 de janeiro, vai custar a baixar. A exoneração de 40 integrantes das Forças Armadas que serviam no Alvorada é citada nos bastidores como mais uma prova de que o clima não está bom.
E o Anderson, hein?
Não deve entregar ninguém. Vai manter a linha da defesa de que estava fora do país. O problema é que, sem entregar o celular, vai ficar difícil. Há quem diga que há, inclusive, vídeos em que ele aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. Só tem um probleminha: Bolsonaro viajou várias vezes aos EUA em seu governo. Portanto, a gravação pode ser antiga.
A briga por protagonismo
Em campanha para a reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o da Câmara, Arthur Lira, já têm contratado o primeiro embate para fevereiro. Lira fez chegar ao Planalto que a reforma tributária deve ser votada, primeiramente, pelos deputados.
Cheguei primeiro
Pacheco, por sua vez, tem dito a aliados que a proposta está mais adiantada no Senado. Mas, o presidente do MDB, Baleia Rossi, já começou a conversar com a equipe do Ministério da Fazenda. Segundo aliados, é no sentido de fortalecer a posição da Câmara.
Arthur em campanha/ Embora seja favorito para mais dois anos no comando da Câmara, Arthur Lira pedirá votos para todos os deputados que puder. Começou com um café com a bancada do Acre, em que nenhum deputado foi reeleito. Depois, foi a vez de Roraima, terra de Jhonatas de Jesus, candidato à vaga para o Tribunal de Contas da União.
O relógio “causou”/ Ao reparar que o relógio destruído no Palácio do Planalto marcava 1h30, grupos bolsonaristas no WhatsApp tentaram passar a ideia de que a depredação teria ocorrido antes da invasão. As câmeras de segurança, porém, registraram a quebradeira às 15h43. No Planalto, explica-se por que o relógio marcava horário diverso do real. É que estava faltando uma peça para que ele pudesse funcionar a contento.
Veja bem/ Ainda no governo Bolsonaro, houve planos de levar o relógio para a França, para conserto, mas o pessoal do Planalto ficou com medo de que aquela preciosidade fosse trocada. E, de todo o modo, sairia muito caro.
Janja pesquisa/ A primeira-dama andou pelo CasaPark nesta semana, olhando móveis. Entrou, inclusive, nas lojas mais caras, como as que o senador Flávio Bolsonaro visitou para comprar peças da casa dele, no Jardim Botânico.
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