Empenhados em deixar o presidente Jair Bolsonaro contra a parede neste ano eleitoral, os petistas vão mirar toda a sua artilharia para dois pontos que consideram hoje os de maior fragilidade do capitão: a CPI das Fake News e o escândalo das rachadinhas que tem o senador Flávio Bolsonaro como personagem.
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No caso da CPI das Fakes, os petistas acreditam que têm a faca e o queijo na mão, uma vez que o presidente da comissão, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), e a relatora, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), têm uma boa relação política com o ex-presidente Lula. Coronel, embora seja do PSD, é aliado ao governador da Bahia, Rui Costa (PT).
A aposta da maioria dos políticos é a de que, a preços de hoje, Bolsonaro só perde a reeleição se a população não sentir efeitos de recuperação da economia. Até aqui, por mais que se diga que a economia está bem, o aumento nos preços dos alimentos registrado ao longo de 2019 e o das passagens de ônibus na largada de 2020 não vão ajudar a melhorar a percepção.
O passeio de Bolsonaro em Praia Grande (SP) deixou aos políticos uma certeza: o atual presidente está em plena campanha desde já. Sempre que pode, está no meio da população. Até quando está curtindo o fim de semana, ele dá um jeito de testar a popularidade. Em conversas reservadas, até os petistas reconhecem que nem Lula fez melhor.
Até aqui, Bolsonaro considera que tem como principal adversário o governador de São Paulo, João Dória, a quem marca de perto. Daí, inclusive, a escolha do Guarujá para o descanso desse fim de semana e algumas visitas. Hoje o presidente pretende visitar a sede da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), em Santos, mas não sabe até agora se estará em terreno firme ou pantanoso.
O atual presidente da Codesp, Casemiro Tércio de Souza, é um tucano histórico. Recentemente, bateu no peito e se afirmou como liderado pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que desapareceu do cenário político. E muito embora a empresa portuária seja federal, não se sabe até quanto Casemiro migrou para as asas protetoras de Doria. É o que Bolsonaro pretende descobrir.
Que Davi Alcolumbre, que nada. Vão entrar na disputa para a Presidência do Senado a senadora Simone Tebet, pelo MDB, e há ainda alguns interessados em convencer a senadora Kátia Abreu a entrar no páreo.
Campanha antecipada/ Por todo o país, políticos aparecem em outdoors desejando boas festas a seus conterrâneos. Em Alagoas, por exemplo, no caminho de Barra de São Miguel, a mais badalada do litoral Sul, havia um, do deputado JHC,
pré-candidato a prefeito de Maceió.
Qualquer um, menos ela/ O presidente Jair Bolsonaro ainda não sabe quem apoiará para prefeito de São Paulo. Sabe apenas contra quem ficará: Joice Hasselmann. Virou inimiga mesmo.
Neto na vitrine I/ O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), abre 2020 agitando a política. Além da tradicional lavagem do Bonfim, que serve de termômetro para a popularidade dos políticos, ele inaugura o novo Centro de Convenções este mês, com a presença de toda a cúpula do partido.
Neto na vitrine II/ De quebra, o prefeito vai alertar que seus antecessores e também os gestores estaduais nada fizeram desde 2012, quando o centro de convenções da cidade foi fechado. Salvador perdeu uma série de seminários e feiras internacionais pela falta de um centro com capacidade para abrigar eventos de grande porte. Há quem diga que essa inauguração é quase um esquenta da pré-campanha de ACM Neto ao governo estadual.
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