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Expectativa de muitos ataques no debate dos presidenciáveis

A contar pela preparação de cada uma das campanhas para o debate desta noite (16/10) entre os dois finalistas da eleição presidencial será mais uma saraivada de impropérios do que propriamente uma colocação de ideias. Cada um está se aprontando para fazer o papel de bom moço e, por tabela, tirar o outro do sério, a fim de qualificar o adversário como despreparado. No último debate do primeiro turno, Padre Kelmon (PTB) deixou Lula bastante irritado. Quanto a Bolsonaro, saiu do prumo ao ter direito de resposta negado. Agora, faltam 14 dias para a eleição, e os candidatos a presidente deste segundo turno não disseram com todas as letras o que farão com o teto de gastos, com a tabela do Imposto de Renda e nem com a reforma administrativa, a tributária, a fiscal e como pretendem conviver com a realidade das emendas de relator.

A pedra no sapato do Executivo

Cresce a pressão da máquina pública para que o futuro presidente da República, seja quem for, trate de negociar limites às emendas de relator. Como o leitor da coluna já sabe, o Congresso não pretende acabar com essas emendas. Se puder e tiver clima para isso, vai torná-las impositivas.

Crise à vista
Até aqui, o ex-presidente Lula tem dito que acabará com essa farra. Só tem um probleminha: se quiser cumprir a promessa de exterminar essas emendas apenas não liberando um centavo sequer, vai chegar comprando briga com o Parlamento.

Enquanto isso, no Planalto…
O presidente Jair Bolsonaro planeja ver o que é possível fazer em termos de acordo com o seu próprio partido, o PL, e o PP, legenda do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para tentar sobrar algum dim-dim para o Poder Executivo realizar seus projetos. Hoje, os ministros têm que ir ao Parlamento pedir recursos para as grandes obras.

Noves fora…
Nada será feito sem o aval do Centrão, que hoje tem a força e os votos no Congresso. E seus caciques dizem que, seja quem for o presidente, terá que se adequar a esta realidade. Obviamente, eles consideram mais fácil negociar com Bolsonaro, que já está no cargo e é do PL, detentor da bancada.

D’Ávila versus Amoêdo/ Ao tomar conhecimento da declaração de voto do ex-candidato Amoêdo a Lula, o presidenciável do partido Novo, Felipe D’Ávila, reagiu assim: “É uma traição aos valores liberais, ao Partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil. Amoêdo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais”.

Por falar em boné…/ Tem gente no PT disposta a pedir que se dê uma “segurada” nos recursos para Fernando Haddad nesta reta final. Consideram melhor investir em Lula, que está com a “eleição praticamente ganha”, dada a vantagem que obteve sobre o presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno.

Seguro morreu de velho/ O maior receio do PT hoje é em relação à abstenção no Nordeste. E é aí que o partido está pedindo maior empenho de seus militantes.

Enquanto os candidatos fazem campanha…/ A turma do Congresso trabalha a pauta para novembro, mais precisamente de 7 a 11, a primeira semana cheia no pós-eleição. Até lá, será o tempo para os aliados de Arthur Lira reforçarem as amarras para manter o orçamento secreto. Para este domingo, estão todos de olho é no primeiro confronto direto entre Lula e Bolsonaro.

Denise Rothenburg

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