Categorias: coluna Brasília-DF

Eletrobras, a próxima fronteira

Depois da Petrobras, os olhos dos procuradores se voltam para o setor elétrico. Especialmente, para a notícia de privatização da Eletrobras. Há quem esteja desconfiado de que um seleto grupo soube antes do anúncio oficial e ganhou muito dinheiro no mercado, uma vez que as ações da empresa deram um salto de quase 50% na semana em que foi anunciada a venda da companhia, cujo modelo ainda será definido. Caberá agora à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esclarecer esse mistério. Tem gente dizendo, à boca pequena no mercado, que virá desse setor mais uma dor de cabeça para o governo federal, em especial, para os responsáveis pelas privatizações. Tem muita gente de olho.

A bola está
com o TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) é quem vai dizer ao governo se o modelo de privatização da Eletrobras terá ou não “golden share”, ação que dá poder de veto à União nas empresas privatizadas. O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, é a favor desse tipo de ação. O da Fazenda, Henrique Meirelles, discorda.

A estreia de
Marlon Reis

O juiz da Lei da Ficha Limpa, Marlon Reis, vai mesmo concorrer ao governo do Tocantins no ano que vem. A festa de pré-lançamento para os filiados da Rede está marcada para 24 de novembro com a presença de Marina Silva. “Vou colocar em prática o que sempre preguei. Dar o exemplo e fazer o convite para que as pessoas participem e sejam candidatas. Não dá para demonizar a política. É preciso participar”, diz.

Enquanto isso, no PMDB…

Não duvide da vontade dos peemedebistas. A um ano da eleição, os maiores caciques sonham em voltar aos salões azuis vitoriosos. Estão no páreo em busca de mais um mandato, pelo menos, oito senadores: Valdir Raupp (RO), Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Jader Barbalho (PA), Waldemir Moka (MT) e Marta Suplicy (SP).

…o céu é o limite

Contados os sete que em 2018 ainda terão mais quatro anos de mandato, o PMDB tem chances reais de permanecer como a maior força do Senado. É nisso que o partido jogará a maior parte de sua energia.

Quem tem a força

Qualquer um que for perguntar a Renan Calheiros se ele se aproximou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para facilitar a vida eleitoral, o senador logo responde: “Lá atrás, com o Serra (José Serra, candidato a presidente da República), derrotamos o Lula. Serra só ganhou em Alagoas”.

Quem manda I // A escolha do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) para relatar a denúncia contra Michel Temer foi considerada por parlamentares mineiros um “golaço” do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco, do PMDB-MG. “Bonifácio não é nem Aécio, nem governo. É Andrada e jurista”, dizem, referindo-se à tradicional família do congressista, professor de direito.

Quem manda II // Pacheco, da mesma forma que não atendeu o PMDB, quando da primeira denúncia, e nomeou quem quis, fez o mesmo agora com o PSDB. Na CCJ, dizem os parlamentares, ninguém tem dúvidas de que hoje há comando.

Quem manda III // Se depender de Gabriela, neta do senador José Serra (PSDB-SP), ele vai concorrer ao governo do Estado. Ela tem 10 anos, quer o avô por perto e gostava dos espaços do Palácio dos Bandeirantes.

Só bola de cristal // Um parente de Joesley Batista esteve com o vidente Carlinhos na semana passada em Brasília. Foi saber o que será da família depois da prisão dos donos da JBS. Faz sentido. Como disse Joesley na gravação, “nunca mais vamos ganhar a vida fazendo rolo. Acabou”.

Colaboraram Júlia Campos e Natália Lambert

Denise Rothenburg

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Denise Rothenburg

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