Coluna Brasília-DF
Enquanto os líderes do governo cuidam de criar um ambiente favorável à aprovação do crédito suplementar de R$ 248 bilhões ao Orçamento da União, as cúpulas da Câmara e do Senado se dedicam aos preparativos para instalar rapidamente a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cyberbullying. Desta vez, diferentemente de CPI dos Crimes Cibernéticos de 2015/2016, a Comissão vai mirar nos impulsionamentos e nos grupos montados especificamente para destruir reputações de adversários políticos. Depois de uma campanha eleitoral marcada por mensagens falsas transmitidas, especialmente, via grupos de WhatsApp, material não falta para aumentar a temperatura política.
E, como se sabe, a maioria das CPIs dá trabalho para governo, seja qual for. Por isso, já tem gente preocupada. Embora o Executivo ainda não tenha calculado o grau de instabilidade e o ponto de ebulição, a hora é de ficar de olho, a fim de influir na escolha dos comandantes do colegiado. Só tem um probleminha aí: os partidos de centro não descartam indicar alguém da oposição para essa tarefa.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir a venda de subsidiárias de estatais sem precisar de autorização legislativa foi comemorada pela equipe econômica. A aposta é de que vai se acelerar a venda de participação de empresas penduradas na Petrobras. Hoje, são mais de 20.
A pressa dos congressistas para aprovar o pacote de mudanças no marco regulatório da mineração assustou o governo. A votação foi adiada, e não há prazo fechado para deliberação. Tudo o que os defensores dos projetos desejam é que eles vão a voto. “É simples: quem estiver contra que vote e deixe claro que está a favor das mineradoras”, comentou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
O fato de o governador da Bahia, Rui Costa (PT), ter se recusado a assinar a carta pedindo para incluir os estados na reforma previdenciária tem um jogo político: se diferenciar do partido do prefeito de Salvador, ACM Neto, que defende a reforma.
“Vamos votar o que for importante para o país, mas não seremos subservientes ao ponto de fazer tudo o que o governo manda”
Do líder do PL, Wellington Roberto, que, na próxima semana, se dedicará a buscar votos para o projeto do partido de reforma da Previdência
FHC no TCU/ A série de diálogos dos servidores do Tribunal de Contas da União recebeu esta semana o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Democrata até o último fio de cabelo, o ex-presidente considera que a sociedade está participando mais da vida do país e isso é positivo. Muitos saíram de lá com a sensação de que há luz no fim do túnel.
Amigos, amigos…/ … partidos à parte. O senador Reguffe (DF), que continua sem partido, aproveitou o dia da votação dos vetos para conversar com o deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ). Reguffe, porém, jura que não tem qualquer relação com seu futuro político. Discutiam as pautas das duas Casas. Ahã.
Vai mudar/ Pelo jeitão dos discursos dos parlamentares, o projeto de lei que muda parte do Código Nacional de Trânsito será alterado. Ontem, foi a vez do deputado Alexandre Frota (PSL-SP) usar a tribuna para dizer que discorda do fim do exame toxicológico. “Tinha que ser a cada três meses”, afirmou.
Olho na cor/ Os deputados não perdem uma. Mal saiu a notícia sobre o interesse da ministra Damares Alves em se casar novamente, eles brincavam com os colegas: “Se quiser ir lá, nada de camisa rosa!”.
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