Crédito: Walter Folador
Por Eduarda Esposito — O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, recebeu a comitiva da Embaixada do Japão no Brasil na última quinta-feira para tratar da exploração de Terras Raras no estado. Após o encontro, o embaixador Teiji Hayashi falou otimista sobre um avanço de uma parceria do estado goiano com o Japão.
O objetivo da reunião foi discutir uma parceria estratégica para exploração de óxidos de terras raras (OTR) em Goiás. As reservas goianas representam cerca de 25% da disponibilidade mundial deste tipo de minério — insumo imprescindível para o desenvolvimento tecnológico. Ao final da agenda, ficou definido que a interlocução entre o Estado e o governo japonês será conduzida pela Embaixada do Japão em Brasília.
O governador Caiado também ressaltou que a formação da parceria parece estar caminhando bem. “Chegamos a um entendimento para avançar na cooperação entre Goiás e o governo japonês, não apenas na exploração, mas também no processamento das terras raras”, afirmou.
Já o Embaixador Teji Hayashi destacou que a visita explora a possibilidade de ampliar laços econômicos. “Veio a equipe completa do governo japonês para discutir e para aprofundar nossos laços, colaborações na área de terras raras”, destacou.
As tratativas tiveram início durante uma missão comercial do Governo de Goiás ao Japão, de 11 a 21 de julho deste ano. Em Tóquio, Caiado esteve com o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ogushi Masaki, que manifestou interesse em parcerias estratégicas com o estado de Goiás para a exploração de minérios de terras raras.
Os 17 elementos de terras raras são aplicados em tecnologias de ponta e transição energética global, como na utilização em turbinas eólicas, veículos elétricos, baterias, equipamentos militares e data centers. A atividade mineral em Goiás detém as duas primeiras etapas para a comercialização do minério, sendo o único ponto fora da Ásia a realizar a produção em larga escala.
Ronaldo Caiado também defendeu que a parceria com o Japão avance para as fases de separação e refino do minério, que hoje são dominadas pela China. “Goiás não quer ser apenas exportador de matéria-prima. Precisamos da sensibilidade para que essas etapas seguintes sejam implantadas aqui”, ressaltou a janela de oportunidades para atração de tecnologia e investimentos. O governador frisou ainda que o licenciamento no Estado é ágil: “Posso garantir que, no máximo em três meses, nós autorizamos o início de qualquer pesquisa ou instalação em Goiás”.
Goiás sancionou ainda esta semana a Lei nº 23.597 que institui a Autoridade Estadual de Minerais Críticos. A medida estabelece governança para todas as etapas da mineração e cria a possibilidade de um fundo de pesquisa. “O governo japonês poderá, com a tecnologia que tem, implantar aqui conosco o refino, a separação dos produtos ou contribuir para esse fundo, ampliando nossa capacidade de pesquisa”, explicou o governador.
A iniciativa fortalece operações já existentes em Minaçu, Nova Roma e Iporá. Em Minaçu, a Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM) produz em escala comercial disprósio (Dy) e térbio (Tb), além de neodímio (Nd) e praseodímio (Pr). Em Nova Roma, o investimento no processamento de argilas iônicas deve alcançar R$ 2,8 bilhões, com geração estimada de 5,7 mil empregos em Goiás. Já em Aparecida de Goiânia, a multinacional chilena Aclara Resources inaugurou em abril deste ano uma planta fabril com aporte inicial de R$ 30 milhões.
A agenda da comitiva da embaixada também tem uma visita à mineradora Serra Verde, em Minaçu, hoje (29). O grupo vai conhecer a planta fabril da Aclara Resources, em Aparecida de Goiânia, e participar de reuniões institucionais.
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