Blog da Denise publicado em 17 de dezembro de 2024, por Carlos Alexandre de Souza com Eduarda Esposito
A prisão do general Walter Braga Netto, mais de dois anos após as eleições de 2022, mostra a extensão dos efeitos maléficos causado pela atuação política de militares em tempos democráticos, largamente incentivada por Jair Bolsonaro enquanto ocupou o Palácio do Planalto. Ministro da Defesa do ex-presidente e candidato a vice na tentativa de reeleição, o quatro estrelas avançou em muito as quatro linhas da Constituição ao atentar contra a democracia e o papel das Forças Armadas como instituições de Estado.
É insuficiente dizer que Braga Netto faz parte de um “golpe de militares” e não de um “golpe militar”. A tentativa de obstruir a investigação da Polícia Federal, a investida contra os termos sigilosos da delação de Mauro Cid e os indícios cada vez mais evidentes de uma ação golpista indicam uma ampla e contínua mobilização, na alta esfera do governo Bolsonaro, para romper os alicerces do Estado Democrático de Direito. Não é coisa trivial. Trata-se de um investida para restaurar um dos mais sombrios períodos da história brasileira.
Convém lembrar que mais de 20 fardados foram indiciados por envolvimento com a trama golpista. Faziam parte do plano o assassinato de altas autoridades da República, a formação de um Estado Maior para manter a ordem pública e o financiamento de grupos golpistas. No depoimento que dará à Polícia Federal, Braga Netto terá muito a explicar se quiser obter algum benefício semelhante ao do ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.
Não era repouso?
O país tem muitas urgências, mas chama a atenção o presidente Lula, um dia depois de receber alta hospitalar após seis dias internação e cirurgia de emergência, retomar o ritmo de trabalho em São Paulo. Se no domingo o chefe do Executivo disse que iria se cuidar, na segunda-feira se reuniu com três ministros para tratar da pesada agenda pendente do governo com o Congresso Nacional.
Não bate
De toda a história relativa ao estado de saúde do presidente, das duas uma: ou o presidente desconsiderou as recomendações dos médicos, ou a equipe médica não deixou expressas as recomendações ao paciente. “Achei que já podia fazer de tudo: voltei a fazer esteira, musculação”, contou Lula, que inclui na rotina viagens internacionais.
Juntos pelo FCDF
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) está confiante com mobilização para manter inalterado o Fundo Constitucional do Distrito Federal. À coluna, ela afirmou que a estratégia de pedir o apoio de líderes de bancadas tem sido eficiente. “Pelo que estou percebendo, os líderes do Senado vão fazer eco aos líderes da Câmara. Inclusive, presidentes nacionais de partido estão se manifestando também. Então acredito que a gente vai conseguir manter as regras atuais”, disse a parlamentar.
“Eles são malvados”
Damares também está atenta à permanência das regras atuais do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Na avaliação da senadora, a proposta marcará negativamente o governo Lula. “O governo deu um tiro no pé. E não tem mais volta, porque já mostrou para as pessoas com deficiência e idosos que eles são malvados. Mesmo que o Lula retire, a marca já ficou. Os deficientes estão se sentindo traídos por esse governo”, comentou.
Lula não leu?
No plenário do Senado, Damares Alves disse acreditar na “inocência” de Lula sobre o BPC. “Eles (equipe econômica) queriam é matar o presidente Lula? Porque eu tenho certeza que o presidente Lula não sabe disso. Certeza de que o presidente não concordaria. Eu tenho todas as minhas divergências com o presidente Lula, mas de uma coisa a gente sabe: ele tem uma paixão pelos pobres”, falou. Para a senadora de oposição, o presidente não leu o pacote antes de aprová-lo.
Visão neopetista
O senador Paulo Paim (PT-RS) defende que o novo presidente da legenda precisa ter uma visão “de frente ampla”. “Eu sempre defendi a ideia de frente ampla, muito diálogo para construir o melhor para o país. E o ‘Edinho’ (Edinho Silva, prefeito de Araraquara-SP) me parece ter essa posição. Ele disse que ‘todos nós precisamos deixar a vaidade de lado e sermos mais humildes’”, afirmou.
Haddad não é Lula
Paim (PT-RS) comentou que o PT está se organizando para as eleições presidenciais. “Sem sombra de dúvida, o Haddad é um grande nome e ele tem postado muito firme, defendendo as teses do presidente Lula, mas com uma visão clara no horizonte. Ele é um grande nome, mas o nome que unanimidade em todo país, não é só nosso, é o presidente Lula”, disse.
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