Categorias: Política

Área blindada

O presidente Michel Temer já fez circular entre os principais aliados que a Casa Civil, joia da coroa capitaneada pelo ministro Eliseu Padilha, não está aberta a indicações externas, ainda que o atual titular da pasta se veja na situação de ter que deixar o governo. Ali é terreno do presidente da República, destinada a detentores da mais absoluta e estrita confiança de Temer. É daí que virá um eventual substituto do atual ministro.
O recado se justifica. Às vésperas da apresentação dos pedidos de abertura de inquérito contra políticos mencionados na delação da Odebrecht, os partidos se assanham em busca dos cargos que podem ficar vagos na Esplanada. Em especial, miram os ministros “da Casa”, ou seja, aqueles acomodados no Palácio do Planalto.

Negociação
nas alturas

Os três senadores da Paraíba — Cássio Cunha Lima, do PSDB, José Maranhão e Raimundo Lira, ambos do PMDB — aproveitaram a viagem ontem com o presidente Michel Temer para tratar da reforma da Previdência. Cássio foi logo avisando que terá dificuldades em votar o aumento da idade da aposentadoria rural. “Fui autor da emenda que reduziu essa idade e também do dispositivo que fixou um salário mínimo para o produtor rural.”

Terra chamando

Embora o presidente
tenha se mostrado sensível aos argumentos dos senadores, Temer foi enfático ao dizer
que tudo tem que passar pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e equipe.

Oi, mais prazo

A aposta do governo é de que vem por aí uma prorrogação do prazo de recuperação da Oi. Ainda que seja, pelo menos, metade dos 180 dias que vencem ainda este mês.

São Francisco, fase 2

Ok, o governo comemora o fim de parte das obras da transposição, faz festa e lá vai.
Só tem um probleminha: quem entende do Rio São Francisco calcula que se não houver um investimento pesado em recuperação do curso d’água
e da mata ciliar, a alegria vai durar pouco.

Reza forte/ O presidente dos Correios, Guilherme Campos, passou a sexta-feira em Trindade (GO), onde está a Basílica do Verbo Divino, ponto de romaria de católicos. Diante das dificuldades dos Correios, fez o “milagre” de inaugurar ali uma agência da empresa.

Morde…/ O que o líder do PMDB, Renan Calheiros, quer do governo de Michel Temer é “carinho e cuidado com os interesses dele, especialmente, em Alagoas”, define um ministro. Afinal, Renan, apesar do desgaste político provocado pela Lava-Jato, planeja concorrer a mais um mandato de senador por lá e, ao mesmo tempo, reeleger Renan Filho (foto) como governador.

…Não assopra…/ A entrevista de Renan Calheiros ao Jornal Nacional foi lida no meio político como um sinal de que o jantar entre Temer e o senador ajudou a desanuviar o ambiente, mas não resolveu os problemas do parlamentar com o governo.

…E nem vai assoprar/ Há quem diga que, enquanto a Casa Civil estiver em período de interinidade, Renan manterá a corda esticada.
O movimento é no sentido de afastar qualquer chance de indicação do grupo de Eduardo Cunha ao governo.

Denise Rothenburg

Posts recentes

Deputados federais e governador do Piauí se reúnem com Hugo Motta em Teresina

Por Eduarda Esposito — O deputado federal e candidato à presidência da Câmara dos Deputados Hugo Motta…

2 horas atrás

Não mexam com quem está quieto

Da coluna Brasília-DF publicado em 21 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg Revelado o…

1 dia atrás

Tentativa de golpe provoca racha entre partidos conservadores

Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à…

2 dias atrás

De legados e fracassos

Da coluna Brasília-DF publicado em 19 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

3 dias atrás

Galípolo baixa expectativas de juros do PT

  Da coluna Brasília-DF publicado em 17 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com…

5 dias atrás

Anistia é problema de Lira e vai para o fim da fila

Da coluna Brasília-DF publicado em 15 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

1 semana atrás