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A Petrobras, a base e o Planalto

A Petrobras, a base e o Planalto

A decisão da Petrobras de cancelar os investimentos previstos para as refinarias do Ceará e do Maranhão deixaram os políticos dos dois estados em pé de guerra com a empresa e a presidente Dilma Rousseff. No Ceará, onde Dilma prometeu concluir a refinaria ainda no primeiro mandato e chegou a lançar a pedra fundamental da obra com ares de festa e palanque, há quem defenda, inclusive, que o ministro da Educação, Cid Gomes, entregue o cargo. “O ministro agora está desmoralizado. Por duas campanhas, a presidente prometeu e, agora, cancelam a refinaria, alegando que daria prejuízo. Prejuízo é o desmantelo que impera na Petrobras e que ninguém assume a responsabilidade”, diz o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).

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O deputado José Nobre Guimarães, do PT, foi ontem ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, pedir que a refinaria cearense seja retomada. Na semana que vem, será a vez da bancada do Nordeste ir em peso pedir a continuidade das obras. Mercadante prometeu recebê-los.

Renan e os ministros

O presidente do Senado, Renan Calheiros, busca os ministros políticos do governo Dilma Rousseff para dar aquela força na campanha pela reeleição. Ontem, por exemplo, conversou com Gilberto Kassab, das Cidades, por telefone. O PSD tem três senadores: Omar Aziz (AM), Otto Alencar (BA) e Sérgio Petecão (AC).

Renan e os peemedebistas

Os cálculos dos renanzistas indicam que o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), adversário de Renan, tem na bancada do partido apenas quatro votos. Jader Barbalho, que se recupera de uma cirurgia no Sírio-Libanês, mandou uma declaração de voto por escrito em favor de Renan. A certeza da decisão da bancada hoje é que fortalece a pressão para que o catarinense aceite o resultado.

Renan e os petistas

O grupo que ajuda na campanha de bastidores de Renan levou o seguinte recado ao PT: “Vocês precisam entender que o foco em 2015 chama-se Dilma Rousseff. Se quiserem eleger o Luiz Henrique como candidato do PSDB, vão pagar a conta ali na frente”, ou seja, o PMDB não vê céu de brigadeiro para a presidente em termos políticos e acena com a rede para ajudá-la, se preciso for.

Deu errado

Os petistas do governo Dilma Rousseff esperavam contar com um empurrãozinho dos governadores para levar os partidos a apoiarem Arlindo Chinaglia para presidente da Câmara. Não rolou. Na Bahia, por exemplo, Rui Costa, que é do PT, não abriu espaço ao PR no primeiro escalão.

CURTIDAS 2 em 1/ O ex-deputado Paulo Delgado se diverte acompanhando a distância a disputa pela presidência da Câmara: “Para um governo que não gosta de reunião com políticos, o melhor candidato é Eduardo Cunha: governo e oposição num cara só”.

A visão deles/ Os aliados de Arlindo Chinaglia estão conversando com os tucanos dentro do seguinte raciocínio: “O Eduardo Cunha, derrotado, é o melhor dos mundos para vocês. Votem no Chinaglia!”. Os tucanos não acreditam. Querem tudo, menos o PT na Presidência da Casa.

666, a MP/ Parece macabro, mas as refinarias que a Petrobras cancelou tinham recursos previstos na Medida Provisória 

nº 666, de 30 de dezembro. Com o cancelamento, vem sendo chamada de MP da “besta”. Xô, satanás!

Enquanto isso, no Maranhão…/ O novo governador Flávio Dino contava com as obras para alavancar a economia estadual. Agora, terá de se virar sozinho. Os sarneyzistas, que perderam o poder, vão se solidarizar aos protestos. Foi-se mais uma promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff. 

Denise Rothenburg

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