A estratégia do PMDB oposicionista de deixar o processo de impeachment no freezer foi combinada com setores de partidos adversários ao governo Dilma. É que, em política, a ordem dos fatores, se invertida, vai alterar e muito o produto. Se tratar do impeachment antes de definido o líder do PMDB para este ano, os oposicionistas do partido acreditam que o movimento não surtirá efeito. O assunto só voltará à cena depois de publicado o acórdão do Supremo Tribunal Federal sobre as regras de tramitação do processo e, principalmente, se houver uma parte expressiva da população nas ruas pedindo o afastamento de Dilma. Antes disso, nada será feito.
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Será o tempo da Lava-Jato decantar as denúncias que surgem agora, envolvendo ministros e o ex-presidente Lula. No momento, até declarações sobre o impeachment têm sido evitadas propositalmente para não avançar o sinal antes que as investigações avancem. O foco agora é tentar tirar Leonardo Picciani do comando da bancada e, depois, se houver sucesso, mudar a pauta para a oposição ao Planalto.
Desidratado
Aos poucos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai perdendo musculatura na Casa. Entre seus fiéis escudeiros, já existe quem diga que “se Eduardo Cunha ajudava os deputados no ano passado, neste, ele atrapalha”.
Hidratação
A forma que Eduardo Cunha encontrou de tentar se recompor politicamente é colocando a Casa para votar. A ordem é, já na primeira semana de fevereiro, antes do carnaval, colocar medidas provisórias e temas polêmicos em pauta para forçar os deputados a comparecerem a Brasília terça, quarta e quinta-feira pela manhã. A folga será apenas na semana carnavalesca. Tudo para ver se o desgaste diminui.
Cálculo base
Deputados consideram que o fato de o Senado poder decidir previamente se aceita ou não um processo de impeachment contra a presidente da República jogou um balde de água fria sobre aqueles que pretendiam afastar Dilma. Ninguém vai arriscar ficar contra o governo no momento em que a abertura ou não de processo terá que passar pela Casa onde Dilma tem mais apoios.
Sai daí rapidinho
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) aproveita o período de pausa no Legislativo para cuidar da política estadual. Esta semana, aconselhou o governador do Ceará, Camilo Santana, a deixar o PT. Depois que o ex-governador Cid Gomes disse que Dilma Rousseff deveria deixar o partido, nada mais natural.
Dialogar para liderar/ Os Diários Associados e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial promovem na próxima quarta-feira um seminário sobre a importância do diálogo nas relações da era digital, com a participação de jornalistas, professores, filósofos e especialistas em comunicação. A abertura será às 9h, no auditório do Correio Braziliense. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail dialogarparaliderar.cb@gmail.com ou pelo telefone (61) 3214-1554.
É guerra!/ O ministro da Defesa, Aldo Rebelo (foto), passou ontem por Pernambuco para conhecer a equipe militar de combate ao Aedes aegypti. Isso mesmo. São, pelo menos, 800 militares dedicados a essa tarefa no estado. Cada um cuida da guerra que tem. No Brasil, a do momento é
contra o mosquito.
Serviço não falta/ O combate ao mosquito não é a única tarefa a cargo dos militares país afora. No Nordeste, eles trabalham ainda na distribuição de água por meio carros-pipa e ainda tem a turma de engenharia de infantaria dedicada a parte das obras de transposição do Rio São Francisco.
Pós carnaval/ O primeiro partido que pegará “semana cheia” para apresentar seu programa partidário na tevê será o minúsculo PHS, em 18 de fevereiro. Logo depois, virão aos grandes, PT e PMDB.
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