A forma como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) conduz a sessão nesse momento, forçando a votação aberta para presidente do Senado, levou a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) a subir as escadas e tirar todos os papéis da frente de Alcolumbre. A confusão está grande. “Me devolve os papéis”. “Não. Você não pode presidir essa sessão. Você é candidato!”. “Eu posso! me dá os papéis para eu decidir as questões de ordem!”.
Davi está passando o trator no maior estilo da velha política. Respondeu as questões de ordem e, na hora, abriu a votação para que os senadores decidissem se a votação para escolha do presidente seria decidida mediante voto aberto ou secreto. Não quis ouvir ninguém. A gritaria começou. Dos 81 presentes, 52 votaram, dois contra e 50 a favor do voto aberto. Ocorre que, pelo artigo 412 do regimento, inciso III, a votação deveria ser unânime para alterar o regimento. Aí, começou a guerra. Kátia Abreu subiu nas tamancas. De dedo em riste, disse que Alcolumbre não poderia presidir a sessão. Alcolumbre tenta seguir a sessão de qualquer jeito. Alguns pedem que se suspenda a sessão para retomada do diálogo.
Comentário do blog: A noite será longa. E o fim de semana também. Cego pela perspectiva de vitória no voto aberto, Alcolumbre extrapola. E toda essa confusão vai sobrar para o governo. Podem apostar. A boa convivência ali? Difícil. Vai demorar para o Senado engrenar. Pior para o Brasil.
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