Categoria: Concursos
Da Agência Estado – Ao comentar a possível mobilização do funcionalismo por aumentos salariais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a iniciativa e disse que ela poderá se voltar contra o movimento. “Qualquer onda do funcionalismo para pedir aumento de salário agora, mais privilégios, seria uma demonstração colossal de insensatez,” afirmou. “Com 40 milhões de brasileiros sem carteira assinada, acredito que, se isso ocorrer, poderá levar a opinião pública a exigir medidas muito mais duras do que as que nós vamos propor para os funcionários atuais na reforma administrativa. Estamos poupando o funcionalismo na questão da estabilidade e não estamos falando nada de salários atuais.”
Nos últimos 15 anos, segundo Guedes, o funcionalismo federal teve mais de 50% de aumento real (acima da inflação) nos salários, enquanto o Brasil mergulhou no desemprego em massa. “São pessoas que têm estabilidade no emprego, privilégios na aposentadoria. Acho que seria do interesse do funcionalismo não criar muita onda agora.”
Em resposta a pergunta sobre um possível amolecimento de Bolsonaro com a pressão dos servidores, Guedes disse acreditar que “ele sabe a diferença entre um presidente forte e popular, como Ronald Reagan (ex-presidente americano) e a ex-primeira ministra (britânica) Margaret Thatcher, e um populista e fraco, como João Goulart”.
O que mais cai em concursos? Confira os conteúdos mais cobrados e saiba como estudar
Confira as matérias que mais são cobradas em concursos públicos e processos seletivos, com dicas de especialista sobre cada uma delas
Uma das maiores dúvidas dos concurseiros, principalmente dos iniciantes, é sobre o que mais cai em concursos públicos. Afinal, os conteúdos programáticos costumam ser extensos e, muitas vezes, o candidato se perde. Para ajudar os candidatos nesta organização, o Papo de Concurseiro conversou com Fernando Mesquista, que é diretor do coaching do Gran Cursos Online. E, segundo ele, os assuntos mais importantes dependem, primeiro, da área de estudos escolhida.
De acordo com o especialista, boa parte dos concursos federais, por exemplo, cobra um núcleo de disciplinas padrão: Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Informática, Raciocínio Lógico. Assim, um comportamento comum dos candidatos é começar estudando essas disciplinas – e não há nada de errado nisso. “Entretanto, para aumentar suas chances de aprovação, é interessante adicionar também aquelas específicas de sua área de preferência”, diz.
Candidatos da área policial em geral terão de estudar, por exemplo, Direito Penal, Direito Processual Penal e Legislação Penal Extravagante (leis penais que não estão no Código Penal).
Enquanto isso, candidatos da área administrativa (por exemplo, que queiram trabalhar em tribunais ou nos órgãos do Poder Executivo), poderão ter de estudar, além das matérias básicas, outras como Administração Geral e Pública, Contabilidade Pública, Contabilidade Geral, Administração de Recursos Humanos, Arquivologia.
A cobrança também depende da banca que está organizando o concurso. Há bancas que pedem mais interpretação de texto (no caso do Cebraspe) e bancas que exigem mais dos aspectos gramaticais (no caso da FGV).
Segundo Mesquita, em linhas gerais, tomando por base concursos de nível médio, podem ser traçadas as seguintes orientações. Confira:
Língua portuguesa
Especialmente em provas do Cebraspe, por exemplo, interpretação de texto e substituição de termos são estratégias de cobrança muito comuns. A banca quer saber não só se o candidato efetivamente entende o que lê, como também se será capaz de compreender e se utilizar da estrutura dessa compreensão.
Para o estudo de Língua Portuguesa, a leitura constante e frequente dos mais diversos tipos de texto é fundamental, bem como um esforço interpretativo (que será exigido em prova). O que cada frase significa? Qual significado que não está expresso ali? Quais outras palavras poderão ser utilizadas sem prejuízo ao sentido original?
Principalmente no início dos estudos, o apoio de bons professores será um diferencial.
Direito constitucional
Os tópicos mais cobrados são:
- Direitos e Garantias fundamentais (artigo 5o ao 17 da Constituição Federal)
- Organização político-administrativa (arts. 18 a 33)
- Administração Pública (arts. 37 a 41)
- Judiciário (arts. 93 a 105)
Direito Constitucional depende de uma boa base e de explicações (seja por meio de uma boa doutrina ou um bom professor) para que o candidato possa entender a lógica da disciplina e desvendar o linguajar, que pode ser complexo no início. Ademais, a leitura e o conhecimento do texto da Constituição são indispensáveis.
Direito administrativo
O conhecimento de Direito Administrativo virá em boa parte da doutrina (estudiosos do Direito), já que uma parte da disciplina não está nas leis. Para fins de concursos de nível médio, os tópicos mais cobrados em ordem decrescente são:
- Licitações e Pregão
- Agentes, públicos: cargo, emprego e função públicos; Lei 8.112/90
- Organização administrativa: administração direta e indireta, centralizada e descentralizada
- Atos Administrativos
- Poderes administrativos
Como em todas as disciplina do Direito, o conhecimento do texto legal será indispensável. Quando o conhecimento for doutrinário, será necessário um período de estudos dedicado a não só entender o Direito Administrativo como também sua vinculação a outros ramos, como o Direito Constitucional.
Informática
Estatisticamente os assuntos mais cobrados são:
- Redes (Internet, protocolos, ameaças virtuais, navegadores, antivírus, firewall)
- Sistemas operacionais (Windows – bem mais cobrado – e Linux)
- Pacote Office (Word, e Excel e PowerPoint)
- Segurança da informação (criptografia, assinatura digital, certificação digital)
Informática é uma disciplina essencialmente prática. É muito importante que o candidato vivencie tanto quanto possível os conteúdos, seja por meio de testes práticos (usando um computador para fixar o aprendizado), seja por meio de pesquisas na internet para expandir os horizontes e consolidar as informações.
Raciocínio Lógico
São estes os conhecimentos mais exigidos por ordem de incidência nas provas:
- Análise combinatória
- Probabilidade
- Negações
- Equivalências Lógicas
Raciocínio Lógico, ao contrário de disciplinas da área de humanas, depende de treino exaustivo. A repetição dos exercícios e a resolução maciça de questões vai ajudar o candidato a aprender e a aplicar as soluções propostas pelo professor.
Direito penal
A cobrança em Direito Penal em geral vem bem distribuída quanto aos tópicos do edital. Para um estudo mais tranquilo, é importante ter uma base sólida nos princípios do Direito Penal e na aplicação da lei penal no tempo e no espaço, sem se descuidar do restante dos tópicos cobrados.
Direito processual penal
Já em Direito Processual Penal, os tópicos mais cobrados são:
- Ação penal
- Prisões
- Inquérito policial
Tanto Direito Penal quanto Direito Processual Penal dependem de uma sólida base teórica e resolução de muitas questões de concursos anteriores.
Redação
Cada vez mais tem sido importante que os candidatos saibam se expressar pela escrita. Na esfera federal, são poucas as provas que não têm cobrado pelo menos uma prova discursiva.
A escrita depende de técnica. Tanto a estrutura de um texto quanto suas partes individuais (frases, períodos, parágrafos) devem seguir uma lógica para que o texto seja coerente, coeso e transmita as informações que o candidato desejar.
Concurso PCDF: eventos gratuitos vão preparar candidatos para a prova discursiva
Quem se prepara para a prova do concurso de escrivão da Polícia Civil do Distrito Federal sabe a importância de estar bem preparado para todas as fases do certame, afinal de contas, qualquer décimo de pontuação pode ser decisivo para o resultado final do concurso. Para ajudar na preparação, principalmente das provas discursivas, o Gran Cursos Online preparou quatro aulões com especialistas em redação e atualidades do país. Os eventos são gratuitos e serão realizados nos dias 14 e 28 de janeiro e 3 e 17 de fevereiro, à partir das 19h, horário de Brasília, no canal do YouTube da instituição. As inscrições podem ser confirmadas aqui. Não é necessário ser aluno para assistir aos eventos.
Aprova discursiva, que não será mais composta por três questões e agora será uma redação com até 30 linhas, de caráter eliminatório e classificatório, sobre temas da atualidade.
Material gratuito
O cursinho também disponibilizou um e-book gratuito com quase 700 páginas. O material engloba os principais assuntos que serão cobrados nas provas objetiva e discursiva do certame, que tem data provável para aplicação das provas prevista para o mês de março de 2020.
O material foi organizado após a publicação do edital e conta com as principais leis secas indicadas para os estudos. São elas: Legislações específicas, Conhecimentos sobre o Distrito Federal, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direitos Humanos, Noções de Direito Penal e Noções de Processo Penal. Clique aqui e acesse o material.
O concurso
O tão esperado concurso já está com o edital publicado e oferta 300 vagas para escrivães, cargo que exige graduação em qualquer área de formação. O salário inicial é de R$ 8.698,78 e o certame está sendo organizado pelo Cebraspe. As inscrições podem ser realizadas a partir das 10h de 22 de janeiro de 2020, até as 18h de 10 de fevereiro de 2020, pelo site. O valor da taxa de participação é de R$ 199. Saiba mais!
Concurseiro iniciante: especialista explica passo a passo para começar os estudos
A preparação para concursos público não é tarefa fácil, especialmente para concurseiros de primeira viagem. Possivelmente muitas dúvidas surgirão nesta etapa, como por onde começar, quais materiais providenciar, qual concurso escolher e como organizar uma rotina eficaz que garanta uma boa absorção dos conteúdos. Afinal, como começar a estudar para um concurso do zero? Para auxiliar os que anseiam entrar neste mundo, o Papo de concurseiro conversou com Leandro Souza, fundador da LS Concursos. Veja abaixo e aproveite as dicas!
Quero estudar para concursos. Por onde começar?
O primeiro passo não é comprar livros e apostilas, mas fazer um exercício de “autoconhecimento”. Pensar na sua real disponibilidade de tempo para os estudos, seu nível em cada matéria, quais estratégias funcionam melhor para você e estabelecer qual área é o seu foco. Tente planejar uma rotina com certa constância, evitando estudar muito em um dia e pouco ou nada nos seguintes. Isso ajuda a criar um hábito.
Mesmo sem um edital, o concurseiro já deve começar a estudar com determinação. O foco começa quando você decide prestar um concurso, e ele só deve aumentar. Muita gente pensa que enquanto edital não sai, está tudo bem “pegar leve” nos estudos, mas isso é um erro. É impossível estudar todo o conteúdo em profundidade em poucas semanas.
Recupere editais anteriores para avaliar as matérias que costumam ser cobradas, pesquise sobre o perfil da banca e procure os melhores materiais para estudar. Se você achar válido, passeie por videoaulas, livros e apostilas, não precisa ficar “preso” em apenas um tipo de plataforma. Avalie o que funciona melhor para você.
Como escolher o concurso ou área de interesse?
Quem entra no mundo dos concursos pode se assustar, pois há de fato muita informação. Por isso o ideal é ter um mentor, alguém com experiência e conhecimento prévio que possa ajudar você a navegar nesse mar de informações. Também é fundamental acompanhar veículos de comunicação especializados em concursos. Procurar uma rede de concurseiros e seguir perfis no Instagram dedicados a estudos pode complementar, mas é preciso ter cuidado para que esses canais não se tornem uma distração a mais. Recomendamos acessar essas redes durante o tempo de descanso ou lazer.
Dicas de organização para começar
Como preparar o ambiente?
É importante que a pessoa se conheça primeiro para saber como se organizar e como montar o seu espaço de estudos. Por exemplo: algumas pessoas não se importam de ler apostilas pelo computador, enquanto outras só leem com atenção se o material for impresso. A maioria das pessoas prefere estudar no silêncio, mas também há aqueles que se concentram melhor quando há algum ruído ou música de fundo.
No geral, é importante que haja um espaço organizado e bem iluminado. É fundamental cuidar da postura, com mesa e cadeira na altura certa. Quem estuda muitas horas pelo computador também deve, de preferência, usar um filtro na tela, para que a luz do computador não comprometa o sono à noite.
Quem estuda em casa pode organizar o seu ambiente de estudos já na noite anterior. Se for possível baixar as apostilas e videoaulas com antecedência, melhor ainda – sabemos que navegar na internet pode ser problemático por causa das distrações, redes sociais etc.
Caso não tenha um espaço tranquilo dentro de casa, há muitas bibliotecas que acolhem concurseiros. Apostar em salas de estudo (a LS tem parceria com algumas), com baias individuais, também é uma boa para se manter concentrado. Às vezes, sair de casa é importante para te distanciar das tarefas domésticas e te dá a oportunidade de olhar os materiais de estudo com maior atenção. Lance mão de todos os artifícios que puder: imprima PDFs, escute podcasts, faça mapas mentais. Faça com que estudar não se torne uma atividade pesada para você.
Como criar um hábito de estudos?
O autoconhecimento e uma autoavaliação honesta são fundamentais. Avalie a sua real disponibilidade de tempo para estudar, o seu nível em cada matéria e a sua aptidão para cada uma. Sua área de formação influencia muito: o plano de estudos de um bacharel em direito não deve ser o mesmo de alguém formado em estatística, por exemplo. Não se intimide com isso, mas seja realista sobre seu conhecimento prévio. Também é importante estudar os editais anteriores: que matérias têm mais peso? Qual é seu conhecimento em cada uma delas?
A partir dessas informações, trace o seu cronograma de estudos. Sugerimos fazer um rodízio entre as matérias e entre atividades como leitura, exercícios e simulados. Siga o cronograma, estude todos os dias estabelecidos no seu planejamento, com horário para começar e terminar.
Sabemos que é uma rotina puxada. Por isso, sugiro que tenha bem clara a sua motivação para prestar o concurso público: é a estabilidade profissional? É a sua vocação? Como se imagina depois de aprovado? Quando sentir que está desanimando, lembre-se da sua motivação. Isso ajuda muito a manter o foco e o entusiasmo nos estudos.
Como estudar com eficiência?
O primeiro passo é fazer sua autoanálise franca e estabelecer a sua área de interesse: é pouco eficaz olhar para todos os lados e estudar para vários concursos diferentes ao mesmo tempo. Tenha foco. A partir daí, trace seu plano de estudos. Isso é o básico.
Entenda que mais importa a qualidade das suas horas de estudo do que a quantidade delas. Então, quanto melhor for o seu plano de estudos, mais proveitoso será o seu aprendizado.
Uma boa dica que a gente emprega nas consultorias da LS Concursos é sobre a criação de metas e objetivos a serem alcançados. Trabalhamos com metas semanais, que são previstas no cronograma de cada aluno. Acho esta uma boa periodicidade pois possibilita avaliar o que tem dado certo e quais estratégias devem ser repensadas.
Intercalar os estudos com um tempo de lazer é muito saudável e eficaz. É preciso espairecer, e amigos e família muitas vezes dão um valioso apoio moral ao concurseiro na rotina de estudos. Recomendo sempre fazer exercícios físicos e manter uma alimentação equilibrada, pois isso aumenta a disposição e melhora o sono (e é durante o sono que retemos as informações na memória. Não adianta estudar horas a fio se o cérebro não conseguir guardar o aprendizado).
As pessoas pensam que devem se privar de toda a parte relaxante e divertida de suas rotinas para ter um bom aproveitamento dos estudos. Não concordo. Dessa forma, você só encara o aprendizado como algo negativo e deixa de se sentir feliz estudando. A saúde, tanto física quanto mental, é primordial para manter uma rotina de estudos positiva, sustentável e estimulante.
Concurso TCE-RJ: órgão assina contrato com Cebraspe e edital deve sair em 15 dias
O edital do próximo concurso público do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) já pode ser publicado. Foi divulgado nesta sexta-feira (10/1) o extrato de contrato entre o órgão e o entro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Com a assinatura do documento, o edital tem um prazo de 15 dias para ser lançado.
Em maio, foi autorizado o regulamento do concurso público, que vai ofertar 40 vagas para analista de controle externo. As chances serão para as áreas de ciências contábeis (9), controle externo (16), direito (8) e tecnologia da informação (7).
O Cebraspe foi escolhido como banca organizadora em setembro, conforme anunciado pelo Papo de Concurseiro. Na ocasião, o conselheiro Rodrigo Nascimento, vice-presidente do Tribunal e presidente da comissão organizadora, informou que a previsão para o lançamento do edital de abertura das inscrições era de 15 dias úteis após a assinatura do contrato.
Os candidatos serão avaliados por prova objetiva, prova discursiva e avaliação de títulos. O servidor investido no cargo cumprirá estágio probatório de três anos e, durante esse interregno, somente poderá ser lotado nas unidades da Secretaria-Geral de Controle Externo (SGE).
Para assumir o cargo é necessário ter idade mínima de 18 anos, ter concluído curso em nível superior específico, de acordo com a especialidade do cargo, ressalvada a especialidade Controle Externo, em que se admitirá curso de nível superior em qualquer área de formação e comprovar pelo menos dois anos de prática profissional.
O documento também estabelece a reserva de vagas para pessoas com deficiência, negros e índios e hipossuficientes economicamente. Para os candidatos com deficiência ficam reservadas 5% do total de vagas reservadas a cada especialidade. Já para os candidatos negros e índios serão reservadas 20% das vagas, no mesmo critério.
Segundo destacou o conselheiro Rodrigo Melo, a realização do concurso visa atender à urgente necessidade de reposição de vagas de Analista de Controle Externo, evitando o comprometimento das atividades de controle a cargo do Tribunal, em especial a execução de auditorias governamentais.
TJRJ também vai abrir concurso
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) definiu na última quinta-feira (9/1) que o Cebraspe também vai organizar o próximo concurso do órgão. Estão previstas 100 vagas para técnicos de atividade judiciária (sem especialidade) e analistas judiciários (com e sem especialidade). A previsão é de que o edital seja publicado ainda neste mês.
Leia também: TJRJ escolhe banca e tem chuva de memes na internet: ”Eu quero chorar”
TJRJ escolhe banca e tem chuva de memes na internet: ”Eu quero chorar”
Logo após a disponibilização do nome da banca organizadora, que será responsável pelo próximo concurso público do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), no Diário Eletrônico do órgão desta quarta-feira (8/1), choveu memes na internet. O motivo, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) foi o escolhido, um velho conhecido dos brasilienses, mas nem tanto dos cariocas.
O certame é um dos mais esperados da carreira jurídica, desde que foi autorizado, em agosto de 2019. Estão previstas 100 vagas para técnicos de atividade judiciária (sem especialidade) e analistas judiciários (com e sem especialidade). A previsão é de que o edital seja publicado ainda neste mês!
Confira as melhores reações:
MEU DEUS O TJ DEFINIU A CESPE pic.twitter.com/qyfZdMucp8
— Graci ? (@LikeFawkes) January 9, 2020
CESPE escolhida pro TJRJ pic.twitter.com/pQwAWxt9ex
— Left Phalange (@joaquilenes) January 9, 2020
O TJ-RJ é Cespe e eu só queria que a Hebe me levasse. pic.twitter.com/4KGjbfvi4b
— Álvaro (@alvaroventura23) January 9, 2020
Aí você descobre que a banca do TJRJ que tanto aguardava vai ser a CESPE pic.twitter.com/LWLj8vjl2r
— Patricia Giovanetti (@PatyGiovanetti) January 9, 2020
Maconha // Cocaína // TJ RJ é cespe pic.twitter.com/fzA4AOTKP4
— Anike Ferreira (@quiconcurseira) January 9, 2020
To rindo de nervoso que a banca do tjrj é cespe e eu só lembro do meu professor de tge no primeiro período dando prova estilo cespe de marca uma errada e anula uma certa.
Suspeito que foi nesse momento que comecei a desenvolver ansiedade kkkkkkkkkkk cada k é uma lágrima
— Caroline está em oto patamar (@crfbarreto) January 9, 2020
A banca do tjrj será a CESPE pic.twitter.com/SXgaShkQd3
— Gabs ? (@Gabrielle_Fer) January 9, 2020
A banca do TJRJ vai ser a Cespe. Eu quero chorar
— ✨mel (@_memorylanee) January 8, 2020
acordei hoje e a primeira coisa que pensei foi “cespe é a banca do tj-rj” pic.twitter.com/DYhG8EfND5
— tamara (@concurseirita) January 9, 2020
a banca do tjrj é a cebraspe ou seja, lascou
— silva (@_eupoly) January 9, 2020
Cebraspe será a banca do concurso do TJ RJ. Então, né? RJ, não volto pra vc nem tão cedo, amor! pic.twitter.com/1lby7UxhwL
— web não tão diva camila (@CerescomS) January 9, 2020
Saiu a banca do concurso e agora mais do que nunca eu tô nervosa. Jurava que seria FGV e vem a CESPE de rasteira em geral. Vem tranquilo 2020!!!
— Ana S. (@DefenestradaP) January 9, 2020
E a CESPE volta com tudo! pic.twitter.com/vxNHMCgq19
— Éricα мσυrα (@tuitterica) January 9, 2020
Contrato com o Cebraspe
Cargos do TJRJ
O regulamento do concurso já foi publicado em novembro passado. Assim, as chances serão para técnico de atividade judiciária (sem especialidade), de nível médio e analista judiciário – sem especialidade, contador, execução de mandados, psicólogo, assistente social, comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso, médico, médico psiquiatra, analista de negócios, analista de infraestrutura, analista de projetos, analista de segurança da informação, analisa de sistemas e analista em gestão de TIC.
A seleção dos candidatos será realizada por prova objetiva, prova discursiva, exame de títulos, comprovação de sanidade física e mental e comprovação de requisitos à investidura no cargo.
Para os cargos de técnico é preciso ter formação em nível médio completo ou curso técnico equivalente. Já para analistas é preciso ser graduado em nível superior completo, para os cargos com ou sem especialidade, com a formação acadêmica estabelecida no edital do concurso.
CRO-SP divulga nova comissão organizadora do próximo concurso
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) divulgou, nesta quinta-feira (9/1), a nova comissão organizadora do próximo concurso público do órgão. A informação foi publicado no Diário Oficial da União.
De acordo com o documento, caberá à comissão a supervisão, orientação e acompanhamento da execução do concurso pela organizadora RBO Serviços Públicos e Projetos Municipais, banca escolhida anteriormente conforme já anunciado pelo Papo de Concurseiro.
O número de vagas e os cargos ainda não foram divulgados. Mas, já se sabe que serão cargos de nível médio e superior. O valor das inscrições também já foi divulgado. Para os cargos de nível médio o cadastro custará R$ 41,70 e para nível superior, R$ 51,70.
O último concurso realizado pelo Conselho foi realizado em 2015, com 39 vagas imediatas e formação de cadastro reserva. Os aprovados receberam remunerações de R$ 1.378,74 a R$ 5.000. As chances foram para os cargos de auxiliar administrativo, auxiliar de serviços gerais, motorista, telefonista, advogado júnior, analista de suportes, assistente administrativo, assistente contábil, bibliotecário, fiscal e programador.
Outros conselhos regionais terão concurso em breve
Core/PR
Um novo certame será realizado e o Instituto Quadrix foi a banca organizadora contratada para organização do concurso. Ainda não há previsão de quantas vagas e cargos serão ofertados ou data para publicação do edital. Confira aqui o contrato completo.
Em 2007, foi realizado o último concurso do órgão, com duas vagas para assistente e supervisor administrativos, com remunerações de R$ 567 e 773, respectivamente. As lotações foram para a cidade de Cascavel/PR. Os candidatos foram avaliados por prova objetiva, com disciplinas de língua portuguesa, matemática básica, informática básica e conhecimentos específicos.
Core/MG
O Conselho já teve a banca organizadora contratada para planejamento, organização, divulgação e execução de concurso. O responsável pelo certame será o Instituto Universal de Desenvolvimento Social (Iuds). O objetivo do concurso é preenchimento de vagas existentes para posse e exercício na sede do Core/MG, e suas Delegacias Regionais estabelecidas no interior do Estado, nas cidades de Governador Valadares, Uberlândia e Varginha. De acordo com a assessoria, porém, ainda não há previsão de quando o edital será publicado.
O último concurso foi realizado em 2009 e ofertou oito vagas para os cargos de fiscal, auxiliar de limpeza, supervisor de limpeza, assistente – administrativo e técnico de informática. As remunerações variaram de R$ 600 a R$ 1.700. Os aprovados foram lotados em Belo Horizonte, Divinópolis e Uberlândia.
Presidente do STJ publica salários de ministros e servidores no DOU
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, publicou no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (9/1), os salários dos ministros e servidores do órgão. Na verdade, o reajuste dos ministros foi aprovado em janeiro do ano passado, mas os valores e sua composição só foram divulgados agora.
Assim, o teto para os ministros do STJ está fixado em R$ 37.328,65. Cargos em comissão podem ter retribuição integram de até R$ 14,6 mil e funções comissionadas podem receber até R$ 3 mil.
Analistas judiciários têm remunerações de entrada de R$ 11.398,39, podendo chegar a 18.701,52. E os técnicos judiciários, por sua vez, entram na carreira com R$ 7.591,37, podendo chegar a R$ 11.398,39.
Já os analistas judiciários (oficiais de justiça avaliador federal e (inspetor de segurança judiciária) começam a carreira com R$ 14.271,69 com possibilidade de ganhar até R$ 21.428,82. E os técnicos judiciários (agente de segurança judiciária), por sua vez, podem receber de R$ 8.698,44 a R$ 13.060,65, ao longo da carreira.
Atualmente, o STJ tem 1.162 analistas e 75 cargos vagos e 1572 técnicos e 121 cargos vagos.
Veja a progressão completa aqui.
Profissões mirabolantes foram previstas em 1988 para 2020; veja o que de fato aconteceu
Há décadas especialistas de diversas áreas tentavam prever o que aconteceria em 2020, um ano que parecia distante e futurístico. Um artigo publicado em 1988, no jornal americano Press and Sun-Bulletin, falava com várias pessoas sobre como seriam os trabalhos e profissões deste ano. Aqui estamos, 32 anos depois, e astrônomos lunares, item citado no arquivo, ainda está bem distante da realidade.
Entretanto, quase todos os itens da lista foram realmente concretizados. Outras previsões são de coisas mirabolantes, que estão longe de serem aplicadas na prática. Entre os itens estão gerente de hotel no oceano e treinador de robôs. Veja quais eram as previsões da época:
Gerente de hotel no oceano
Já pensou? Essa profissão previa que atualmente já teríamos cidades abaixo do oceano e com grandes hotéis construídos, que precisariam de uma boa gerência e de muitos funcionários.
Consultor de bem-estar
Esta aqui condiz muito com a realidade, não é mesmo? Profissionais dedicados a lídar com questões de saúde e qualidade de vida das pessoas.
Especialista em direito esportivo
Também já é uma realidade. Existem advogados que precisam recorrer à legislações esportivas específicas e também à Constituição Federal para resolver alguns casos.
Astrônomo lunar
Esta aqui ainda está bem distante! Viagens para a Lua, embora cobiçadas há décadas, ainda não são realidade. E profissões relacionadas a este tipo de jornada, não se tornaram tão necessárias.
Treinador de robôs
Estamos chegando mais perto! Os robôs de diversos tipos e tamanhos estão, aos poucos, se misturando na nossa realidade. E um trabalho relacionado a treinar as máquinas não é mais tão absurdo assim.
Autoburger
Essa profissão previa que algumas redes de fast food teriam filiais super automatizadas, com caixas para pedidos controlados apenas por máquinas. Já temos isso, certo? Entretanto ainda são necessários várias humanos para controlar todo o trabalho.
Expectativas para o presente
Uma pesquisa realizada por uma empresa em Recursos Humanos, a Luandre Soluções, aponta que 2020 será o ano de carreiras relacionadas à tecnologia e saúde. Veja a lista promissora:
Tecnologia
- Desenvolvedor de Softwares
- Analista de Softwares
- Desenvolvedor de Aplicativos
- Analista de Sistemas
- Cientista de Dados
- Analista de Dados
- Analista de Banco de Dados e Rede
Saúde
- Supervisor de Enfermagem
- Enfermeiro do Trabalho
- Instrutor Clínico
- Médico da Familia
E os próximos anos?
A Fundação Instituto de Administração fez uma pesquisa para prever quais serão as profissões do futuro, agora que já estamos em 2020. Algumas áreas como inteligência artificial, genética, criptomoeda são os destaques.
- Programador de machine learning
- Consultor financeiro de criptomoeda
- Analista de big data
- Engenheiro de inteligência artificial
- Geneticista
Entenda como 2020 pode ser o ano de transformação para servidores e concursos públicos
O ano de 2020 pode ficar registrado como um verdadeiro divisor de águas na história do funcionalismo brasileiro
Se depender das intenções da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, liderada pelo ministro Paulo Guedes, benefícios como estabilidade e altos salários, que encabeçam a lista dos grandes chamarizes da carreira pública, devem sofrer drásticas reduções e a forma como vemos a figura do servidor e, consequentemente, dos concursos públicos, poderá mudar permanentemente. Tudo em nome da contenção de gastos públicos e do desequilíbrio fiscal atual da União.
Para se ter uma ideia, o governo prevê um gasto de R$ 336,6 bilhões apenas com servidores ativos no Orçamento de 2020. É a segunda maior despesa, atrás apenas dos benefícios previdenciários, que acabaram de passar por reforma. Um estudo divulgado pelo Banco Mundial, em outubro passado, vai ao encontro do pensamento poupador do atual governo ao apontar que o governo federal emprega cerca de 12% dos servidores públicos brasileiros e despende com salários cerca de 25% do gasto total com o funcionalismo público. Esse valor cresceu a uma taxa média de 2,9% ao ano de 2008 a 2018, representando 22% de suas despesas primárias. Nesse período também houve crescimento real médio da folha de pagamentos de servidores ativos do governo federal de 2,5% ao ano, passando de R$ 105,4 bilhões para R$ 132,7 bilhões. Além disso, a contratação de novos servidores apresentou taxa de 1,29 novo servidor para cada aposentado, aumentando o número total de funcionários.
Por conta disso, mexer no funcionalismo e, no mundo dos concursos públicos, tem sido alvo de mudanças desde o início do governo atual. Após apenas três meses da posse, em março passado, a forma de solicitação de concursos e seleções simplificadas pelos órgãos públicos foi alterada por decreto de Bolsonaro, dando ao Ministério da Economia maior controle dos processos e quase todo o poder de decisão de abertura de editais ao ministro da pasta.
Guedes, por sua vez, já foi a público confirmando que o governo optou por não promover concursos públicos no Poder Executivo nos próximos anos, exceto em casos excepcionais. Segundo ele, cerca de 40% do funcionalismo federal atual deve se aposentar em até cinco anos, mas a intenção não é repor esse pessoal, já que na sua maioria (cerca de dois terços) são profissionais de nível auxiliar e intermediário, e que poderão ser substituídos por avanços tecnológicos (veja quadro abaixo). A tática adotada agora é a de identificar as áreas onde sobram trabalhadores e transferí-los para setores onde há falta de mão de obra.
Ingresso de servidores por concursos e seleções
2018: 57.062 (todo o ano)
2019: 52.083 (até novembro – primeiro ano do governo Bolsonaro)
Saldo: – 4.979 servidores
2015: 53.351 (primeiro ano do governo Dilma)
Aposentadorias
2018: 18.837 (todo o ano)
2019: 36.024 (até novembro)
Saldo entrada (concursos e seleções) x saídas (aposentadorias): – 22.059 servidores
2015: 16.714 (todo o ano)
Pessoal ativo
2018: 1.272.847
2019: 1.274.905
Saldo: + 2.058 servidores
* Fonte: PEP
* Novembro foi o último mês com dados liberados pelo Ministério da Economia para o PEP
Novas propostas
Agora, estão em elaboração e análise propostas de emenda à Constituição e várias reformas que vão impactar em cheio a carreira pública federal. Como a Proposta de Emenda à Constituição 186, chamada de PEC Emergencial, que foi entregue ao Congresso no último novembro e já tramita no Senado Federal. Como o nome já diz, trata-se de medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias para abrir espaço a investimentos.
Para tanto, a intenção é permitir que sejam acionados automaticamente mecanismos de estabilização e ajuste fiscal quando forem realizadas operações de crédito que excedam à despesa de capital. Assim, seriam vedadas ao Poder Executivo, Judiciário, Legislativo e ao Ministério e Defensoria Públicas:
- aumento salarial de servidores;
- criação de cargo, emprego ou função com aumento de despesa;
- alteração de estrutura de carreira com aumento de despesa;
- admissão ou contratação de pessoal, ressalvadas as reposições de cargos de chefia e direção que não acarretem aumento de despesa e aquelas decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
- realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias;
- de progressão e da promoção funcional em carreira de servidores públicos, com exceções de dos membros do Ministério Público, Serviço Exterior Brasileiro, carreiras policiais, entre outros.
A medida ainda permite a redução da carga horária de trabalho em até 25%, com adequação proporcional de subsídios e vencimentos.
Em dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a PEC 438/2018, que altera a chamada regra de ouro, que impede o governo de se endividar para custear despesas como folha salarial, manutenção de órgãos e programas sociais.
Entre as medidas que podem ser aplicadas estão a redução dos salários dos servidores por um ano, com diminuição de jornada; interrupção do pagamento do abono salarial do PIS/Pasep e a demissão de servidores que não têm estabilidade e de comissionados. Além disso, o governo também poderá suspender a realização de concursos públicos e a criação de cargos. A implementação dos dispositivos poderá ser feita toda vez que as operações de crédito atingirem 95% das despesas de capital. A PEC ainda será analisada por uma comissão especial e depois pelo plenário.
Já a reforma administrativa em si, que promete ser a mais bombástica de todas, ainda não foi oficialmente apresentada para análise do Congresso Nacional. Mas a intenção é que já no começo deste ano o texto seja entregue pelo governo federal. Entre os diversos pontos polêmicos, a lista de possibilidades que está em avaliação pelo governo é encabeçada pelo fim da estabilidade de novos servidores públicos – está em estudo a contratação pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em que os funcionários podem ser demitidos (desde que a dispensa seja motivada) e o trabalhador tem direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é uma espécie de seguro para demissão sem justa causa. Além disso, os critérios para estabilidade dos atuais servidores podem ser revistos, com a garantia alcançada apenas após 10 anos de estágio probatório e somente para aqueles que se mostrarem produtivos – hoje a estabilidade é garantida pela Lei 8.112 ao servidor que completa dois anos de exercício efetivo, o servidor estável só perde o cargo em virtude de sentença transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe é assegurada ampla defesa.
Outras possibilidades, não menos retumbantes, são: a diminuição do número de carreiras (de 117 para cerca de 20 ou 30); a redução do salário de entrada dos servidores; além da aproximação dos valores ao dos trabalhadores da iniciativa privada em funções ou formação acadêmica semelhantes; revisão do sistema de licenças e gratificações; o fim da progressão automática por tempo de serviço; a determinação das férias de no máximo 30 dias para todas as carreiras, já que hoje categorias como as de juízes e membros do Ministério Público têm direito a férias de 60 dias; e o aprimoramento das formas de avaliação de desempenho dos servidores. O texto ainda deve permitir que o presidente da República altere por decreto a estrutura do Poder Executivo e até declare extintos órgãos e ministérios.
Preocupação
Com mudanças tão profundas, não é de se estranhar a manifestação de entidades e lideranças do funcionalismo. De acordo com Oton Pereira Neves, secretário geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindsep/DF), o governo Bolsonaro quer acabar com o Estado brasileiro e com o serviço público. “Vemos com extrema preocupação a aprovação de todas essas propostas, não apenas com relação à situação do servidor como trabalhador, mas o maior prejudicado será a população brasileira. O Estado precisa do serviço público, e o governo está deixando-o em uma precariedade total. Estamos há três anos com salários congelados devido a Emenda à Constituição 95, e agora ele quer diminuir em até 25% os salários e a carga horária, isso significa menos trabalhador prestando serviço, quando o Estado necessita é de mais contratações”.
Para o líder sindicalista, a estabilidade do servidor é uma garantia não apenas para ele, mas para população também. “O servidor é agente do Estado, não é trabalhador do governo, sem a estabilidade ele fica vulnerável ao pedido do chefe, o quê representa um desastre pro serviço público. A suspensão dos concursos públicos é um absurdo, eles são uma conquista da sociedade brasileira, para contratar quem detém maior capacidade por mérito próprio, agora vem o governo irresponsável e tira isso. Se a estabilidade acabar vai haver substituição em massa de servidor por apadrinhados e milicianos”.
Apesar das propostas, Neves se diz esperançoso para reverter o quadro. “Dia 8 de fevereiro vamos ter uma reunião com a Frente Parlamentar Mista do Serviço Público no Congresso Nacional. O objetivo é fazer greve nacional em 18 de março e até lá vamos sensibilizar as categorias para lutar”.
Os protestos feitos até agora tiveram certo resultado e provocaram uma pequena abertura no discurso do governo para o diálogo. Bolsonaro chegou a dizer que a reforma “será a mais suave possível”, sugerindo que o governo poderá ceder às pressões dos servidores, “desidratando” a proposta e preservando privilégios.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, por sua vez, já declarou que a pauta é prioridade da Casa e a intenção é votar a reforma administrativa até julho. Para Maia, o objetivo é melhorar e estimular a qualidade do serviço prestado, garantindo “o mínimo de meritocracia possível”. Para o parlamentar, a estabilidade no serviço público deve estar condicionada a regras mais firmes. “Concurso não pode ser a garantia de estabilidade. A garantia tem que ser a qualidade do serviço que ele [funcionário público] presta à sociedade,” disse.
Já o Ministério da Economia, informou apenas que “a proposta da Nova Administração Pública faz parte do Projeto de Transformação do Estado e está em construção. Ela está sendo desenhada, desde o início, com base em dados, evidências e boas práticas mundiais. Todos os conceitos e propostas que a constituem estão baseados nos elementos acima e são resultado de ampla e profunda reflexão. O encaminhamento ao Congresso se dará em data oportunamente divulgada e servirá para ampliar o debate sobre o tema, que tem o objetivo de transformar a administração pública civil, prepará-la para o futuro e promover uma melhor entrega de serviços para a população”.
Análise
De acordo com Antônio Isidro, coordenador do Laboratório de Inovação e Estratégia em Governo da Universidade de Brasília (UnB), a reforma pode ser aprovada em virtude da situação de emergência ou de risco fiscal que temos de gasto público. “De fato algo precisa ser feito em curto prazo, mas não se torna sustentável se não houver complementação de ganhos de produtividade e melhoria das relações com o setor público. Valorizar, motivar e preparar o servidor para um governo mais inovador e estado mais eficiente é imprescindível, só a economia de gastos não resolve, isso geraria apenas uma sensação falsa de economia e eficiência. O importante é que sejam adotadas medidas paralelas, como investimento em novas tecnologias”.
O especialista defende que o primeiro aspecto que precisamos destacar na reforma, do ponto de vista do orçamento, é que o Estado brasileiro tenha equilíbrio. “Sempre que a despesa de pessoal aumentar é importante adotar medidas para sanar. Mas não temos muita margem para isso dentro regramento jurídico dos servidores atualmente, não temos muita alternativa se não for pela impossibilidade de novos concursos e segurar os reajustes anuais e progressões. Não são as melhores saídas do ponto de vista do servidor, mas são emergenciais e, se nada for feito, causaria um dano maior”.
Além disso, Isidro frisa que é preciso investir em inovação para que o custo dos processos burocráticos sejam mais baixos. “Se nada for suficiente, o último recurso seria alteração nas remunerações para os servidores atuais. Para os funcionários futuros, ainda tem que se discutir se as medidas anunciadas são viáveis. Mas nunca perdendo foco quanto ao respeito e a motivação para com o servidor, já que quando se estabelece esse tipo de medidas, desgaste, desmotivação e desconfiança são gerados na relação do servidor com o governo”.
“É preciso destacar que o potencial humano dos servidores pode ser melhor aproveitado. Muitas carreiras hoje impedem que o servidor possa ter uma mobilidade maior, muitas vezes se recorre ao concurso, não porque é a melhor alternativa, mas porque em virtude dos planos existentes não se pode aproveitar o servidor em outra área. Esse é um ponto interessante que tem sido adotado pelo Ministério da Economia, aumentar a flexibilidade de alocação das pessoas, considerando as suas capacidades, e assim minimizar os efeitos de novas contratações. O segundo ponto importante é que nos últimos anos o Estado tem buscado a digitalização, para ter mais eficiência, com canais digitais de atendimento e automação de rotinas. Isso gera economia importante para preservar o servidor e fazer com que ele cumpra sua função para com a sociedade”.
Concursos abertos, autorizados e previstos
Apesar das discussões sobre reformas e mudanças que podem afetar os concursos públicos, especialistas dizem que 2020 será um ano de muitas oportunidades também. Segundo eles, o ano promete abertura de seleções em diversas áreas como nas carreiras policiais, fiscais, em tribunais e também para órgãos que possuem alto déficit de servidores e que estão sempre na mira dos concurseiros. Saiba mais em -> Para todos os gostos: veja lista completa de concursos abertos e previstos para 2020!
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