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Troca de Onyx por general Ramos pode prejudicar reforma da Previdência

Coluna Brasília-DF

A troca de comando na coordenação política do governo, que passa hoje das mãos do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para o novo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, ameaça o cronograma da reforma da Previdência.

Líderes dos partidos de centro, que comandam o processo na Câmara, ponderam que não adianta selar compromissos de texto com Onyx Lorenzoni, que, depois, não serão reconhecidos pelo novo coordenador.

Ainda que Bolsonaro tenha garantido que Lorenzoni permanece como o negociador da reforma, há pontos, tais como não vetar partes da proposta e outros, que precisam ser mantidos pelo futuro coordenador político.

O livro que falta

Quem acompanha o painel de votações da Câmara dos Deputados garante que o atual governo não tem nem montou um quadro de votações da reforma previdenciária como aquele mantido por Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil nos tempos do presidente Michel Temer.

O livro que falta II

Padilha sabia tudo dos potenciais aliados do governo. Preferências por cargos, ou por emendas, municípios onde eram votados e tudo o mais. No atual governo, dizem os líderes, essa radiografia deixa a desejar.

No escuro

Entre os principais pontos do relatório, a tragédia de Brumadinho, o senador Carlos Viana (MG) destaca três a serem acompanhados com urgência.

O primeiro deles é a falta de segurança nas barragens. Em 72% delas, cerca de 3.500, a Agência Nacional de Águas (Ana) simplesmente não tem informações disponíveis.

No bem-bom

A tributação também deixa a desejar. São 3,5% de contribuição federal sobre exploração mineral. Agora, a ordem é preparar uma base legal para cobrar participação especial.

Na cobrança

Também há a expectativa de estabelecer o “ecocídio”, ou seja, obrigatoriedade de pagamento de multas elevadas ao erário pela morte de animais.

Juntos em 2022/ O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes estão em rota de aproximação com vistas a alianças no futuro. Falta definir os papéis de cada um nas próximas eleições.

Alguém vai sobrar/ O desafio é organizar o palanque e saber como fica o PT. O governador Camilo Santana, petista e aliado de Ciro e do senador Cid Gomes (CE), terminará seu segundo mandato e Tasso, o de senador, em janeiro de 2023. Há apenas uma vaga ao Senado na próxima eleição para o Parlamento.

É chute/ Ninguém confirma o placar de 330 votos a favor da reforma da Previdência, relatado por Onyx à coluna. Esse número só ficará mais claro depois da votação na comissão especial.

4 de julho/ Nunca tantos compareceram à tradicional comemoração da Embaixada dos Estados Unidos. Sinal de relações mais próximas.

Denise Rothenburg

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