A crie politica volta oficialmente esta semana, com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso retomando suas atividades, sob uma saraivada de delações premiadas. Além da Odebrecht, homologada hoje de manhã, vem aí o depoimento do empresário Eike Batista. Nas entrelinhas das declarações de Eike percebe-se que ele tem muito a dizer. A fala inicial deixa claro que ele pagou propina para prospectar seus negócios nas esferas governamentais. Como da primeira vez em que foi chamado a dar esclarecimentos ele contou da missa a metade, agora terá que rezar o terço completo. Ainda não se mencionou, por exemplo, o ex-secretário do governo Cabral Regis Fichtner, advogado que ocupou a suplência de Cabral no Senado. Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho alertou em dezembro que Fichtner era, por decreto do governador, o “único a autorizar a compensação de dívidas e pagamento de impostos atrás de precatórios”. Nos bastidores há quem diga que isso está sendo investigado.
Geralmente, as pessoas começam o ano cheias de esperanças no futuro. A classe política, entretanto, mudou o discurso de otimismo para frases do tipo, “pior que o hoje, só o amanhã”.
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