A votação que escolherá o candidato do MDB à Presidência do Senado não será tranquila, nem para Renan Calheiros nem para Simone Tebet. Quem vencer, será por sete votos dos 13 que devem compor o colegiado (inclui-se aí o senador Eduardo Gomes, que se elegeu pelo PSD, mas vai para o MDB). E isso se o resultado sair ainda hoje. Assim, quem perder estará à vontade para concorrer dentro do plenário na sexta-feira.
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Na guerra dos bastidores em busca dos votos, a sensação é de que a unidade não virá. Enquanto Renan diz de público que Simone tem o apoio de Eduardo Cunha, aliados dela se referem a Renan como “a última Geni”, ou seja, eleger o senador alagoano seria manter a tensão na Casa. É nesse clima que o partido se reúne a partir das 15h.
A Vale que se prepare: Há consenso no Judiciário e no Executivo a respeito da forma de fazer com que a empresa seja totalmente rigorosa na prevenção de novos acidentes. Punição exemplar no caso de Brumadinho, algo que não houve em Mariana.
No caso de Mariana, o dano ao meio ambiente foi maior. Desta vez, o drama é o número de mortos. Ninguém engole um refeitório justamente no local por onde a lama escoaria, em caso de rompimento.
Se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quiser tirar algum concorrente de combate, terá que oferecer algo em troca. Arthur Lira (PP-AL) resiste hoje a deixar a disputa por promessa de apoio futuro. Teme que a conjuntura mude e aí o acordo vá para espaço.
Deputados acreditam que os candidatos a presidente da Câmara Fábio Ramalho (MDB), Arthur Lira (PP) e JHC (PSB) têm juntos 220 votos. Somados aos de Marcelo Freixo (PSol), Marcel Van Hatten (Novo) e Ricardo Barros são outros 50. Ou seja, Rodrigo Maia ainda não completou os 257 para vitória no primeiro turno.
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi aconselhado a não forçar a barra para presidir a sessão de escolha do futuro presidente da Casa, uma vez que será candidato. Já há inclusive questão de ordem para evitar que ele fique no comando da sessão. Se forçar a barra, perderá votos.
O apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a Alcolumbre é citado nos bastidores como “miopia política”. Se o senador do DEM vencer ou perder — e a segunda opção é a mais provável — a vingança será em cima do governo.
Água benta/ O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) chamou D. Sérgio para benzer o gabinete que ele ocupará no 11º andar no anexo I. Na legislatura que termina dia 31, o espaço foi ocupado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Área nobre/ Izalci queria o gabinete ocupado por Zezé Perrela (PSDB-MG), estrategicamente posicionado ao lado da sala da Liderança do MDB, próximo ao plenário, porém, o local ficou para a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de necessidades especiais. Assim, ela poderá dispensar o uso do elevador para se deslocar até o plenário.
Falem bem, falem mal…/ mas falem de mim. É isso que está movendo as candidaturas em série a presidente do Senado. Reguffe, por exemplo, que teve a candidatura antecipada pela coluna, conseguiu o feito de chamar a atenção para toda a economia de recursos que fez ao longo do mandato, algo inédito na Casa. De quebra, ainda obrigou os candidatos a prepararem propostas para apresentar ao longo da semana.
Enquanto isso, em São Paulo…/ O sucesso da cirurgia do presidente Jair Bolsonaro é uma tensão a menos no país. Ele já avisou a amigos que acompanhará a eleição para presidente da Câmara e do Senado, pronto para receber, em breve, os vencedores para tratar da agenda das reformas.
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