Coluna Brasília-DF/Por Leonardo Cavalcanti (Interino)
Os militares integrantes do governo Bolsonaro passaram o dia de ontem tensos com o anúncio do texto da reforma para os integrantes das Forças Armadas. O motivo da apreensão não era propriamente sobre o teor do projeto encaminhado ao Congresso, mas qual seria a percepção da sociedade em relação à “cota de sacrifício” do pessoal da caserna. A economia prometida pelo governo com a reforma dos militares será de R$ 10,4 bilhões em 10 anos. A proposta original previa poupança superior a R$ 90 bilhões em uma década.
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A questão é uma só. A imagem dos militares diante da população se consolidou como positiva ao longo do último período democrático, como mostram as pesquisas, mas, ao mesmo tempo, eles sabem que se a opinião pública não ficar convencida sobre a “cota de sacrifício”, o trabalho será dobrado. Explica-se: além de convencer a caserna da necessidade da reforma, será necessário quebrar a resistência do restante dos trabalhadores.
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Pelos cálculos de integrantes da cúpula militar, a aposentadoria da caserna passará por três períodos distintos com a implantação da reforma e da reestruturação das carreiras. O primeiro: com o projeto aprovado, a arrecadação elevará a capacidade de pagamento das Forças Armadas até 2021. Num segundo momento, entre 2022 e 2029, a reestruturação da carreira resultará em deficit no caixa. Na terceira etapa, com tudo consolidado, aparecerá saldo positivo.
Bateu fundo no Palácio do Planalto a mais recente pesquisa do Ibope, que mostrou queda de 15 pontos percentuais no índice de aprovação do governo. Para auxiliares de Jair Bolsonaro, o governo queimou capital político muito rápido, efeito, sobretudo, das trapalhadas provocadas pelos filhos do presidente, em especial, o vereador Carlos.
No entender do Planalto, também pesaram muito para a queda de popularidade de Bolsonaro — em janeiro, quando tomou posse, 62% confiavam nele; agora, são 49% — as ações ideológicas dos ministérios da Educação, do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos e de Relações Exteriores. Os comandantes dessas pastas assustaram os moderados que apoiavam o presidente com ressalvas.
O senador José Serra (PSDB-SP) usou o plenário ontem para desancar a decisão do governo de abrir mão dos benefícios dados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em prol de uma adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Essa medida é prejudicial ao comércio exterior, na medida em que o Brasil perde instrumentos de barganha. Perde, por exemplo, prazo adicional para se adequar aos compromissos exigidos pelos acordos na OMC”, diz.
Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara convocou Robson Andrade, presidente afastado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para que esclareça tudo sobre a Operação Fantoche, da Polícia Federal, que investiga fraudes no Sistema S. Será a oportunidade para ele fazer a sua defesa perante os congressistas depois da prisão.
Vaidoso/ Assim que fez seu check-in no hotel em Washington, o ministro Paulo Guedes (foto) saiu em busca de uma farmácia para comprar barbeador e creme de barbear. Voltou com uma sacolinha de uma famosa loja de cosméticos, a Sephora. No dia seguinte, explicou: “Comprei um perfume, e nem foi o que eu mais gosto”.
Best friends forever/ O presidente Donald Trump deu a Jair Bolsonaro o número de seu telefone pessoal. “Ligue quando quiser”. Bolsonaro registrou a mensagem.
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