O desfile de peemedebistas no Rio de Janeiro ontem foi visto por muitos aliados do presidente em exercício, Michel Temer, como inapropriado para esse momento, em que o vice declara quase que diariamente que está do lado de Dilma Rousseff e que ela não vai cair. É que o movimento do Rio, avaliam os próprios peemedebistas, permite várias leituras, que vão além da obviedade de o partido querer apresentar Eduardo Paes como um dos nomes para 2018 por causa de sua capacidade de preparar a cidade para uma Olimpíada, o que ainda carece de comprovação. Depois da visita às obras do parque olímpico, o jantar, onde todos se reuniram em torno de Michel Temer, dá a entender que o partido se diz pronto para, se necessário, assumir a gestão de projetos, leia-se do Brasil. E é aí que mora o perigo: o PT, que já anda pra lá de desconfiado do PMDB, agora é que vai achar que onde há fumaça, há fogo.
Aposta geral
A aparente calmaria da sexta-feira não significa que a situação do governo melhorou. Do ponto de vista do PT, Dilma saiu da toca ao dar entrevista e não se furtar a falar dos problemas. Mas isso não basta. Precisa atrair a simpatia popular. Da ótica da oposição, não houve nem haverá refresco. E, se comprovado que alguma despesa de campanha foi paga diretamente pela UTC, a situação ficará pior. É atrás dessa suspeita que os oposicionistas estão há dias. Acreditam que o efeito de algo assim pode ser semelhante ao Fiat Elba que colocou Fernando Collor fora do Planalto em 1992.
Palpite peemedebista
Aliados de Renan Calheiros suspeitam que a abertura de ação de improbidade contra o presidente do Senado pelo escândalo que veio a público em 2007 tem o objetivo de tentar colocar o congressista alagoano na defensiva e baixar a bola das críticas que ele invariavelmente tem feito ao governo. A aposta de muitos é a de que não vai colar. A expectativa é a de que Renan jogue pesado a partir de agora contra o Poder Executivo.
Dirceu, o imponderável
Os amigos do ex-ministro são praticamente unânimes em afirmar que ele anda meio cansado de carregar a culpa do partido nas costas. Novidades virão em breve, especialmente, agora em que fracassaram todas as tentativas dele de obter uma distância segura de um novo pedido prisão.
Cid & Ciro
Antes de fechar a saída do Pros, os irmãos Cid e Ciro Gomes pediram ao presidente do Pros, Eurípedes Júnior, o poder de indicar, pelo menos, metade da Executiva Nacional do partido para influir diretamente em todas as decisões sobre o futuro da sigla. Júnior recusou. Difícil será obter algo semelhante no PDT, onde Carlos Lupi comanda com mão de ferro.
Por falar em Lupi…
Os senadores pedetistas Cristovam Buarque (DF), José Reguffe (DF) e Lasier Martins (RS) têm pronta uma carta pedindo o afastamento do partido do governo Dilma Rousseff. A hora é de apostar num caminho próprio, diz Cristovam.
Temer, o discreto/ Explica-se a ausência de Michel Temer na visita que os peemedebistas fizeram às obras do parque Olímpico: manter o jeito discreto. Se ele fosse participar da visita, ruas seriam fechadas, trânsito desviado ao longo do dia. Enfim, aquelas coisas que só serviriam para deixar os cariocas e turistas irritadíssimos numa sexta-feira, quando circular pela cidade maravilhosa é sempre complicado.
Perguntinha indigesta/ É bom essas pessoas acostumadas a encontrar os amigos e perguntar automaticamente “E aí, tudo tranquilo?” reformularem o cumprimento quando o interlocutor for integrante da base do governo Dilma. Dia desses, o senador Jorge Viana (foto), respondeu: “Tranquilo para quem? Até aqui, na Comissão de Relações Exteriores, está tranquilo só hoje!”, afirmou.
À deriva/ O deputado Wellington Prado (PT-MG) foi excluído do WhatsApp da bancada petista desde que votou contra o ajuste fiscal. Agora, não é chamado nem para reuniões nem informado do que foi decidido.
Escala/ Se for cumprir a programação prevista, a presidente Dima Rousseff mal fará uma escala em Brasília hoje e, amanhã de manhã estará no Paraguai para a missa do papa Francisco. Realmente, dizem seus amigos, ela precisa de reza forte.
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