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Partidos de centro já escolheram nome para 2026: Tarcísio de Freitas

Coluna Brasília-DF publicada no domingo 29 de junho, por Denise Rothenburg e Eduarda Esposito — Os mesmos partidos de centro que fazem o confronto com o governo já escolheram o caminho que desejam seguir em 2026. Embora ainda não tenham colocado todas as cartas sobre a mesa, é voz corrente no Parlamento que a torcida dos centristas está, hoje, sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Tarcísio será obrigado a fazer o que ele mais quer, que é concorrer à Presidência da República”, diz o deputado Alceu Moreira (MDB-RS). O parlamentar prepara, junto com o ex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo, o programa de governo do MDB, a ser apresentado aos candidatos ao Planalto. E, assim como muitos dentro da legenda, torce pela federação MDB-Republicanos, o que possibilitará usar essa parceria a fim puxar Tarcísio para a campanha presidencial.

Os partidos de centro estão convencidos de que, embora as pesquisas apontem os potenciais candidatos com sobrenome Bolsonaro como muito competitivos, o sentimento dos políticos é de que será muito difícil emplacar um parente do ex-presidente no Planalto — e isso “estreitaria a campanha” à direita. Tarcísio é quem largaria com maior número de apoios. Falta convencer a família Bolsonaro.

Expectativa

Dentro do PT, a avaliação do campo majoritário é de que está tudo encaminhado para a eleição ocorrer sem surpresas e o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, sair vitorioso no próximo domingo. Ele tem o perfil para tentar atrair mais apoios de centro-esquerda para o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vai sobrar para o Geraldo

Com os movimentos do MDB rumo a uma federação mais ao centro, muita gente no PT diz que não dá para confiar no partido de Michel Temer, presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP). Melhor segurar o PSB do que ver o MDB voando.

Enquanto isso, entre os juristas…

A aposta de muita gente tarimbada do direito constitucional é de que o governo tem tudo para reverter a derrota do IOF no Supremo Tribunal Federal (STF). É que a regulação desse imposto é privativa do Poder Executivo e a segunda versão do decreto estava exatamente dentro desse contexto.

E a LCI, hein?

O setor imobiliário tem alertado sobre os possíveis efeitos da tributação de 5% na Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Especialistas calculam que haverá aumento nas taxas de financiamento, mas o Minha Casa Minha Vida não sofrerá impacto devido às fontes próprias de captação e taxas controladas do programa. “Corretores de imóveis e imobiliárias terão de ficar atentos às novas condições de financiamento. As novas regras terão impacto mais forte nos imóveis de alto padrão, mas afetarão, também, os compradores de classe média”, afirma João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, que fiscaliza e regula a profissão de corretores de imóveis.

CURTIDAS

Crédito: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Anistia, o retorno/ Um projeto de lei paralelo de anistia deve ser apresentado nesta semana. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ, foto), disse à coluna que o texto está “guardado a sete chaves” e está sendo construído em conjunto pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Voz discordante/ A Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) se posiciona contra a criação de um exame nacional de medicina ao final da graduação. De acordo com a Abem, é uma solução simplista para um problema complexo. A associação sugere como alternativas a melhoria da avaliação e da formação médica ao longo do curso, com exames seriados e maior responsabilidade das instituições de ensino, em vez de um filtro final que poderia levar à prática ilegal da medicina e ao colapso do SUS, dada a imensa necessidade de profissionais no país. (Leia mais no Blog da Denise).

Combate ao crime organizado/ A premissa do Follow the Money foi o foco do estudo do Instituto Esfera sobre o Crime Organizado no Brasil, realizado em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao comparar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com outras instituições internacionais que têm a mesma função, nos Estados Unidos, na França e no Reino Unido, os estudiosos sugeriram, por exemplo, a criação de uma carreira de Estado para os servidores do Coaf que analisam os dados bancários sensíveis.

Carreira própria/ Atualmente, o órgão tem cerca de 90 servidores, mas todos cedidos de outras instituições — como, por exemplo, Polícia Federal (PF) e Banco Central (BC). Na visão dos institutos, seria crucial a criação de uma carreira exclusiva para o COAF, como forma de manter a análise das operações financeiras mais rápidas. Entretanto, a criação de uma carreira de Estado depende da aprovação do Congresso, de acordo com o Art. 48 da Constituição.

Ronayre Nunes

Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). No Correio Braziliense desde 2016. Entusiasta de entretenimento e ciências.

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