Coluna Brasília-DF
Os mais atentos observadores da política acreditam que, além da manifestação desse domingo (26/5), as diferenças entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, serão um dos movimentos políticos que merecem ser observados. O ministro tenta arregimentar votos e apoiadores para ficar com o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sob a sua administração direta. O presidente, por sua vez, diante do curto prazo para aprovar a Medida Provisória 870, deixou claro, nos últimos dias, que o importante é aprovar a estrutura de governo incluída na MP, ainda que, para isso, o Coaf fique com a área econômica. Até aqui, dizem alguns, há todos os sinais de que Bolsonaro começa a largar Moro. O PSL, não.
Essa é a terceira diferença entre Moro e Bolsonaro. A primeira foi a nomeação de Illana Slabó para o conselho de Segurança Pública, vetada pelo presidente. A segunda, o fato de o presidente deixar dito nas entrelinhas que Moro aceitou ser ministro diante do compromisso de ser indicado mais adiante para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para muitos, Bolsonaro quer Moro forte, mas não fazendo sombra à Presidência da República.
… em Cancún. A Caixa Seguradora premiou gestores com uma viagem ao Caribe mexicano de 23 a 29 de maio. Sinal de que, ali, não tem crise. Só dinheiro que deixa de circular dentro do Brasil.
O destino do Coaf estará em discussão no Senado justamente agora, que o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, ganha novos contornos. Muitos senadores prometem registrar todos os movimentos e expressões de 01 no Plenário da Casa.
Até aqui, o presidente Jair Bolsonaro e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, não tiveram aquela conversa para estabelecer a parceria numa política de boa vizinhança. Nesses cinco meses, os encontros foram protocolares, em solenidades oficiais. Em todos os governos anteriores, os comandantes do GDF e da União trataram de se aproximar logo na largada.
No popular/ Para que todos entendam, tem gente dividindo os bolsonaristas assim: Quem compareceu à manifestação é Bolsonaro Raiz. Quem não foi, é Bolsonaro Nutella.
Os incomodados/ O governador de São Paulo, João Doria, aproveita esse momento pré-convenção tucana convidando quem não estiver satisfeito a deixar o partido. Se forçar muito a barra, corre o risco de terminar com uma legenda bem menor, o que não vai ajudar seus planos.
Batman & Robin/ Aliados de Rodrigo Maia começaram a acompanhar o número de acessos das fotos e vídeos do presidente com seus visitantes. Até agora, quem mais “bombou” foi o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ganhou até do presidente Jair Bolsonaro.
Mais um partido/ Jocelin Azambuja já foi vereador na década de 1990 pelo PTB e agora peregrina pelo país atrás de apoio para a criação de outra sigla: o Partido da Educação Brasileira (PEB). Nos últimos dias, conversou com prefeitos e agora vai atrás de órgãos como CNTE e Andes, sempre com o discurso de que a educação deve estar acima de ideologias.
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